Revisado em: 06/11/2025
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A dermatite atópica é uma condição crônica da pele muito comum principalmente na infância.

A dermatite atópica (DA), também chamada de eczema, é uma doença crônica e inflamatória da pele. Ela causa coceira forte, ressecamento e lesões. É importante que você saiba que a DA não é contagiosa, conforme ressalta a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Esta é uma das condições de pele mais comuns. Afeta cerca de 20% das crianças e 3% dos adultos, como aponta a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI, 2022). Ela geralmente coexiste na mesma família com outras doenças alérgicas. Entre elas estão a asma e a rinite alérgica.
Entenda a seguir as possíveis causas que levam à dermatite atópica, quais os principais sintomas e como funciona o tratamento.
A causa da dermatite atópica é complexa e pode envolver uma combinação de fatores, como:
A DA está ligada a diversos genes. O mais conhecido é o gene da filagrina. Esta proteína é muito importante e contribui na formação da camada de proteção da pele.
A pele de quem tem DA não consegue reter água corretamente. A falha na barreira facilita a entrada de substâncias irritantes e alérgenas e pode levar ao ressecamento e à inflamação.
O sistema imunológico do corpo reage de forma exagerada a fatores ambientais. O sistema libera substâncias inflamatórias na pele. É uma reação que pode causar inflamação e coceira.
A combinação da herança genética, a fragilidade da barreira da pele e a reação exagerada do sistema imunológico podem ajudar a explicar o que a medicina chama de marcha atópica.
A marcha atópica é uma sequência em que as doenças alérgicas podem se manifestar ao longo da vida de uma pessoa. A dermatite atópica frequentemente é a primeira a aparecer.
Depois, ela pode ser seguida por outras condições alérgicas, como a rinoconjuntivite e a asma alérgica, segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI, 2022).
As crises de dermatite atópica são disparadas por fatores externos e internos. O Protocolo Clínico do Governo Federal lista diversos fatores que podem piorar a condição (GOV.BR/CONITEC, s.d.).
São considerados gatilhos ambientais e irritantes:
É muito importante identificar e remover essas causas do dia a dia. Uma medida simples é evitar banhos longos e com água muito quente. Uma temperatura de água morna ou fria ajuda a proteger a barreira da pele, conforme ressalta o Ministério da Saúde (BVS MS, 2021).
A relação entre dermatite atópica e alergia alimentar pode ser mais complexa. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI, 2022), está mais ligada a crianças com dermatite atópica moderada a grave.
Em adultos, é muito raro que a dermatite seja causada apenas por alergia alimentar.
Os alimentos mais comuns que podem estar ligados a crises de DA são:
Qualquer suspeita de alergia alimentar que você tiver deve ser confirmada e monitorada por um médico. E lembre-se que dietas de restrição sem orientação podem causar falta de nutrientes e prejudicar o seu desenvolvimento ou da criança.
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Os sintomas da dermatite atópica variam conforme a idade e o estágio da doença. Os principais incluem:
É comum também que a doença venha junto com outras condições alérgicas, como asma ou rinite. De qualquer forma, a coceira e as alterações na pele afetam o dia a dia. Podem causar irritabilidade, ansiedade e problemas no sono.
O tratamento da dermatite atópica é um cuidado contínuo e exige disciplina para manter a pele sempre limpa, hidratada e protegida. O objetivo é controlar a coceira, reduzir a inflamação e recuperar a barreira da pele.
O tratamento deve ser orientado por um médico dermatologista. Ele se divide em três pontos principais:
Somente o médico dermatologista pode indicar a melhor forma de tratar a dermatite atópico. Não se automedique.
É importante que você saiba identificar os fatores que provocam os sintomas para evitá-los. Inclui-se aqui o controle de ácaros, evitar o contato com irritantes (detergentes) e cuidar do estresse emocional.
O tratamento deve ser seguido à risca. As doses nunca devem ser interrompidas ou alteradas sem a orientação de um médico.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
ASBAI. Dermatite Atópica: Causas, Sintomas e Tratamentos. [S.l.: Associação Brasileira de Alergia e Imunologia], 2022. Disponível em: https://asbai.org.br/dermatite-atopica-causas-sintomas-e-tratamentos/. Acesso em: 04 nov. 2025.
ASBAI. Dermatite Atópica: lendo e aprendendo. [S.l.: Associação Brasileira de Alergia e Imunologia], 2022. Disponível em: https://asbai.org.br/wp-content/uploads/2023/08/Ler-Dermatite-atopica-ABRIL-2022.pdf. Acesso em: 04 nov. 2025.
BVS MS. Dermatite atópica. In: Biblioteca Virtual em Saúde – Ministério da Saúde. [S.l.: Ministério da Saúde], 2021. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/dermatite-atopica/. Acesso em: 04 nov. 2025.
GOV.BR. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Resumido: Dermatite Atópica. S.l.: CONITEC/Governo Federal, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/resumidos/pcdt-resumido-dermatite-atopica.pdf. Acesso em: 04 nov. 2025.
SBD. Dermatite Atópica. S.l.: Sociedade Brasileira de Dermatologia, s.d.. Disponível em: https://www.sbd.org.br/dermatite-atopica/. Acesso em: 04 nov. 2025.
SBP. Consenso Brasileiro sobre Dermatite Atópica – Guias de Orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria. [S.l.: Sociedade Brasileira de Pediatria], 2021. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Consenso_-_Dermatite_Atopica_-_vol_2_n_2_a04__1_.pdf. Acesso em: 04 nov. 2025.
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