27/08/2025
Revisado em: 28/08/2025
A taxa de sobrevida relativa em 5 anos ultrapassa 99% para câncer de próstata
O câncer de próstata é um dos tumores mais comuns entre homens, mas também está entre os que têm maior chance de cura quando descoberto cedo. Os avanços da medicina ampliaram as possibilidades de tratamento da próstata, que hoje vão desde técnicas minimamente invasivas até terapias de alta precisão, capazes de preservar funções importantes e reduzir efeitos colaterais.
A escolha da abordagem depende do estágio da doença, da agressividade do tumor e das condições de saúde do paciente, buscando equilibrar qualidade de vida.
O câncer de próstata é um tumor maligno que se desenvolve na glândula prostática, geralmente alimentado por testosterona. Em estágios iniciais, cresce lentamente e pode não apresentar sintomas.
A detecção precoce, por meio de Antígeno Prostático Específico (PSA) ou exames de imagem, aumenta muito as chances de controle ou cura. Já em estágios avançados, a doença pode se espalhar, exigindo tratamentos mais agressivos.
Hoje em dia, existem diversas formas de tratamento da próstata. A escolha da melhor opção varia de acordo com cada quadro, até mesmo podendo combinar mais de um tipo de terapia.
A cirurgia mais comum para tratar o câncer de próstata é a prostatectomia radical. Aqui, o médico retira toda a próstata, as vesículas seminais e, em alguns casos, alguns gânglios próximos.
Antes, essa cirurgia era feita por um corte maior no abdômen, mas hoje a prostatectomia robótica tem ganhado espaço. Nessa técnica, o cirurgião usa um equipamento com braços robóticos, que permite movimentos muito precisos. Isso ajuda a preservar nervos e vasos importantes e diminui o risco de incontinência urinária ou problemas de ereção depois da operação.
A terapia hormonal, também chamada de bloqueio androgênico, reduz ou bloqueia a ação da testosterona (hormônio que ajuda o câncer de próstata a crescer).
Esse tratamento pode ser feito de duas formas principais:
Essa abordagem é essencial para tumores que ainda dependem de hormônios para crescer, seja em estágios iniciais junto à radioterapia ou em casos mais avançados.
A radioterapia usa radiação para destruir as células do tumor. Pode ser indicada como tratamento principal, combinada com terapia hormonal ou feita depois da cirurgia, caso exista risco de o câncer voltar.
Entre as opções disponíveis estão:
Existe ainda a radioterapia focal, que trata apenas a parte afetada pelo tumor, sendo mais indicada para casos iniciais e de baixo a médio risco. Essa técnica tende a ter menos impacto na função urinária e sexual.
A quimioterapia não costuma ser o primeiro tratamento para câncer de próstata localizado, mas é muito importante nos casos avançados, quando a doença não responde mais à terapia hormonal.
O tratamento usa medicamentos que circulam pelo corpo e destroem as células cancerosas que se multiplicam rapidamente. O objetivo é reduzir o tamanho do tumor, aliviar sintomas e, em alguns casos, prolongar a vida do paciente.
Os efeitos colaterais mais comuns incluem queda de cabelo, cansaço intenso, náuseas, anemia e maior risco de infecções, já que a quimioterapia pode baixar a imunidade.
Se o câncer atingir os ossos, o tratamento pode incluir corticosteróides para aliviar inflamações e medicamentos para fortalecer os ossos e reduzir dores.
A imunoterapia tem o objetivo de “treinar” o sistema imunológico para reconhecer e combater as células do câncer de próstata. Uma das estratégias é o uso de vacinas terapêuticas, que estimulam as defesas do corpo a atacar o tumor.
Hoje, a imunoterapia para câncer de próstata é indicada apenas em situações específicas ou dentro de estudos clínicos.
Nem todo câncer de próstata precisa ser tratado imediatamente. Em tumores de baixo risco e crescimento lento, muitos médicos indicam a chamada vigilância ativa.
Nesse caso, o paciente passa por acompanhamento regular com exames de PSA, ressonâncias e, às vezes, biópsias. O objetivo é intervir apenas se houver sinais de que o tumor está evoluindo. Assim, é possível evitar ou adiar os efeitos colaterais de tratamentos mais agressivos, sem comprometer a segurança do paciente.
A escolha do tratamento da próstata depende do estágio do câncer, da saúde geral e do impacto na qualidade de vida. Médicos avaliam os riscos e benefícios e podem combinar abordagens, como cirurgia com radioterapia ou hormonioterapia com quimioterapia.
Converse com seu médico sobre opções adequadas ao seu caso. O tratamento da próstata evoluiu e hoje permite tratar com precisão, segurança e foco na sua vida.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
AMERICAN CANCER SOCIETY. Survival Rates for Prostate Cancer, disponível em: https://www.cancer.org/cancer/types/prostate-cancer/detection-diagnosis-staging/survival-rates.html. Acesso em: 27 ago. 2025.
NATIONAL CANCER INSTITUTE – SEER. SEER Stat Fact Sheets: Prostate Cancer, disponível em: https://seer.cancer.gov/statfacts/html/prost.html. Acesso em: 27 ago. 2025.
ZERO PROSTATE CANCER. Treatment Options for Prostate Cancer, disponível em: https://zerocancer.org/treatment-options. Acesso em: 27 ago. 2025.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Câncer de próstata, disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/prostata. Acesso em: 27 ago. 2025.
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