25/08/2025
Revisado em: 25/08/2025
Esse tipo de procura é muito comum dentro das consultas com os dermatologistas
A pele oleosa é uma das maiores queixas nos consultórios de dermatologia. O brilho excessivo, os poros dilatados e a maior propensão a acne costumam incomodar quem convive com esse tipo de pele.
Mas, ao contrário do que muitos acreditam, controlar a oleosidade não depende de soluções mirabolantes. O tratamento de pele oleosa começa na rotina diária, com escolhas corretas de produtos e hábitos simples, e pode se aprofundar em procedimentos específicos quando necessário.
A oleosidade é resultado da produção aumentada de sebo pelas glândulas sebáceas. Essa secreção tem função protetora, mas quando ocorre em excesso, acaba deixando a pele brilhante e favorecendo o surgimento de cravos e espinhas.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, existem fatores que influenciam nessa produção como:
Em cidades de clima quente e úmido, como muitas no Brasil, a tendência é que a oleosidade seja ainda mais intensa.
Vale alertar que lavar o rosto repetidas vezes ao dia não resolve o problema. Pelo contrário, pode estimular o efeito rebote: a pele se sente agredida e responde com ainda mais produção de sebo.
A rotina é o primeiro passo do tratamento. O trio limpeza, hidratação e proteção solar é considerado essencial, como o uso de sabonetes específicos, sérum oil-free e filtros solares de toque seco que ajudam a manter o equilíbrio sem agredir a pele.
E, sim, a hidratação é indispensável. Quando a pele fica ressecada, aumenta a oleosidade como mecanismo de defesa.
Há ainda pequenos ajustes na rotina que também fazem a diferença, como:
Embora a rotina de cuidados seja a base, existem ativos e procedimentos que fazem diferença no tratamento de pele oleosa. Eles ajudam a controlar o brilho, prevenir cravos e até reduzir inflamações. Veja como cada um funciona:
É um dos mais conhecidos quando o assunto é pele oleosa, porque consegue entrar nos poros e remover o excesso de sebo, ajudando a evitar a formação de cravos e espinhas.
Também tem leve ação anti-inflamatória, o que o torna um aliado para quem sofre com acne. Você pode encontrá-lo em sabonetes, tônicos ou até em peelings feitos no consultório.
Esse ativo é derivado da vitamina B3 e ganhou espaço nos séruns oil-free. Ele ajuda a equilibrar a produção de oleosidade, diminui vermelhidões e melhora a textura da pele.
Outro ponto positivo é que costuma ser bem tolerado, até por quem tem pele sensível, podendo ser usado tanto de manhã quanto à noite.
O ácido glicólico atua como uma esfoliação química suave, acelerando a renovação da pele. O resultado é um rosto mais liso e com poros menos aparentes.
Em concentrações baixas, aparece em cremes e loções de uso em casa. Já em doses mais altas, é usado em peelings no consultório, ajudando também a clarear manchas causadas pela acne.
Clássico no tratamento da acne, combate as bactérias que agravam o processo inflamatório. Também desobstrui os poros, mas precisa ser usado com cautela, já que pode causar ressecamento ou irritação se aplicado sem orientação.
Além desses ativos, existem procedimentos realizados por dermatologistas que potencializam os resultados:
Feitos com substâncias como ácido salicílico ou glicólico, eles promovem uma descamação controlada da pele. Isso ajuda a controlar a oleosidade, melhorar manchas e deixar a pele mais uniforme.
Uma tecnologia que faz uma limpeza profunda, enquanto hidrata e aplica ativos ao mesmo tempo. É indicada para quem quer controlar o brilho sem agredir a pele, já que o procedimento é suave e indolor.
Em alguns casos, os médicos indicam essas tecnologias para reduzir a atividade das glândulas sebáceas. Elas ajudam a controlar tanto a oleosidade quanto a acne inflamada.
Essas opções são eficazes, mas a escolha depende do tipo de pele e do grau de oleosidade de cada pessoa.
É por isso que a orientação do dermatologista é fundamental, porque ele sabe indicar o que realmente faz sentido para você, sem riscos de irritações ou efeitos indesejados.
Apesar das inúmeras opções disponíveis no mercado, não existe uma fórmula única. O que funciona para uma pessoa pode não ter o mesmo efeito em outra. Por isso, a orientação médica é determinante.
O dermatologista avalia o grau de oleosidade, a presença ou não de acne, a sensibilidade da pele e até a rotina de vida do paciente. A partir desse diagnóstico, monta o protocolo adequado, que pode variar de um simples ajuste na rotina até a associação de ativos e procedimentos em consultório.
Tratar a pele oleosa não significa lutar contra ela, mas aprender a equilibrá-la. Quando bem cuidada, esse tipo de pele pode envelhecer mais devagar, já que a oleosidade natural oferece certa proteção contra rugas precoces.
O desafio aqui está em encontrar o ponto de equilíbrio. Um tratamento de pele oleosa bem orientado combina ciência, rotina consistente e escolhas adequadas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA. Tipos de pele. Disponível em: https://www.sbd.org.br/cuidados/tipos-de-pele/. Acesso em: 20 ago. 2025.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA – REGIONAL RIO DE JANEIRO. Como cuidar da pele oleosa. Disponível em: https://sbdrj.org.br/como-cuidar-da-pele-oleosa/. Acesso em: 20 ago. 2025.
DRAELOS, Zoe Diana. The effect of 2% niacinamide on facial sebum production. Journal of Cosmetic and Laser Therapy, v. 8, n. 2, p. 96-101, 2006. DOI: 10.1080/14764170600723101. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22211382/. Acesso em: 20 ago. 2025.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA. Cuidados diários com a pele. Disponível em: https://www.sbd.org.br/cuidados/cuidados-diarios-com-a-pele/. Acesso em: 20 ago. 2025.
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