13/08/2025
Revisado em: 13/08/2025
A dor crônica vai além do desconforto físico. Veja quais tratamentos ajudam a recuperar a qualidade de vida com segurança e acompanhamento adequado.
A dor que persiste além de três meses, classificada como crônica, atinge cerca de 37% dos brasileiros segundo o Ministério da Saúde.
Neste artigo, veremos os tratamentos farmacológicos e estratégias complementares para manejar essa condição física e emocionalmente desgastante.
Nem toda dor é igual e o tratamento também não deve ser. Entender o tipo de dor que o paciente apresenta é essencial para escolher a medicação mais eficaz.
De forma geral, a dor pode ser classificada como nociceptiva, neuropática ou mista, cada uma com mecanismos e respostas diferentes a analgésicos, anti-inflamatórios ou outros fármacos específicos.
O tratamento adequado depende da origem da dor:
O controle da dor crônica exige uma abordagem cuidadosa e, muitas vezes, combinada. Existem diferentes classes de medicamentos que podem ser indicadas conforme a intensidade da dor, sua origem e o perfil do paciente.
Abaixo, veja as principais categorias utilizadas no manejo farmacológico da dor de longa duração.
Esses são os medicamentos mais utilizados para o alívio de dores leves a moderadas no dia a dia.
Agem principalmente bloqueando a transmissão de sinais de dor no sistema nervoso central e, em geral, têm bom perfil de segurança quando usados corretamente.
Os AINEs são indicados quando a dor está relacionada a processos inflamatórios, como em casos de artrite, lesões musculares ou dores articulares. Embora sejam eficazes, seu uso deve ser controlado, especialmente em pacientes com histórico de problemas gástricos ou renais.
Cetoprofeno, naproxeno e ibuprofeno reduzem a inflamação associada à dor. Atenção: risco gástrico com uso prolongado.
Em situações de dor intensa, que não responde a analgésicos comuns, os opioides podem ser necessários. Eles atuam diretamente no sistema nervoso central, modificando a percepção da dor.
Por isso, devem ser usados com cautela, sempre sob supervisão médica, devido ao risco de efeitos colaterais e dependência.
Para dores moderadas a graves:
Algumas medicações atuam diretamente no sistema nervoso central, modulando a forma como o corpo percebe e processa a dor. Esses fármacos são especialmente úteis no tratamento da dor neuropática, um tipo de dor que surge por disfunção nos nervos.
Antidepressivos tricíclicos, como a amitriptilina, e anticonvulsivantes, como a gabapentina, têm mostrado eficácia na redução da dor em condições como fibromialgia, neuralgias e neuropatias diabéticas.
Essas substâncias não agem como analgésicos comuns, mas ajudam a “recalibrar” o sistema de dor ao longo do tempo.
Muitas dores crônicas respondem melhor à combinação de tratamentos farmacológicos e não-farmacológicos. Seu plano terapêutico deve considerar:
Opioides potentes como morfina ou fentanil são reservados para casos graves e câncer, sempre com acompanhamento especializado devido a riscos de dependência.
Infiltrações com corticosteroides ou bloqueios nervosos podem ser utilizadas para dores localizadas, aplicadas por médicos em ambiente controlado.
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Este conteúdo não substitui avaliação profissional. Em caso de dúvidas, procure um especialista.
Bibliografia
BRASIL. Ministério da Saúde. Pesquisa aponta que quase 37% dos brasileiros acima de 50 anos têm dores crônicas. Gov.br, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/dezembro/pesquisa-aponta-que-quase-37-dos-brasileiros-acima-de-50-anos-tem-dores-cronicas. Acesso em: 25 jul. 2025.
SILVA, Rafael et al. Chronic pain in Brazilian older adults: prevalence, associated factors, and impact on daily life. medRxiv, 2024. Disponível em: https://doi.org/10.1101/2024.12.10.627344. Acesso em: 25 jul. 2025.
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