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Tratamento da dor crônica: medicamentos e abordagens integradas

A dor crônica vai além do desconforto físico. Veja quais tratamentos ajudam a recuperar a qualidade de vida com segurança e acompanhamento adequado.

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A dor que persiste além de três meses, classificada como crônica, atinge cerca de 37% dos brasileiros segundo o Ministério da Saúde. 

Neste artigo, veremos os tratamentos farmacológicos e estratégias complementares para manejar essa condição física e emocionalmente desgastante.

Tipos de dor e suas medicações específicas

Nem toda dor é igual e o tratamento também não deve ser. Entender o tipo de dor que o paciente apresenta é essencial para escolher a medicação mais eficaz. 

De forma geral, a dor pode ser classificada como nociceptiva, neuropática ou mista, cada uma com mecanismos e respostas diferentes a analgésicos, anti-inflamatórios ou outros fármacos específicos.

O tratamento adequado depende da origem da dor:

  • Dor nociceptiva (tecidual): Responde a anti-inflamatórios como ibuprofeno ou cetoprofeno
  • Dor neuropática (nervosa): Requer anticonvulsivantes (gabapentina) ou antidepressivos (duloxetina)
  • Dor mista: Combinações terapêuticas, como pregabalina com analgésicos

Classes de medicamentos para manejo da dor crônica

O controle da dor crônica exige uma abordagem cuidadosa e, muitas vezes, combinada. Existem diferentes classes de medicamentos que podem ser indicadas conforme a intensidade da dor, sua origem e o perfil do paciente. 

Abaixo, veja as principais categorias utilizadas no manejo farmacológico da dor de longa duração.

Analgésicos básicos

Esses são os medicamentos mais utilizados para o alívio de dores leves a moderadas no dia a dia. 

Agem principalmente bloqueando a transmissão de sinais de dor no sistema nervoso central e, em geral, têm bom perfil de segurança quando usados corretamente.

  • Dipirona: Para dores leves, efeito rápido
  • Paracetamol: Alternativa gastrointestinalmente segura

Anti-inflamatórios Não Esteroidais (AINEs)

Os AINEs são indicados quando a dor está relacionada a processos inflamatórios, como em casos de artrite, lesões musculares ou dores articulares. Embora sejam eficazes, seu uso deve ser controlado, especialmente em pacientes com histórico de problemas gástricos ou renais.

Cetoprofeno, naproxeno e ibuprofeno reduzem a inflamação associada à dor. Atenção: risco gástrico com uso prolongado.

Opioides

Em situações de dor intensa, que não responde a analgésicos comuns, os opioides podem ser necessários. Eles atuam diretamente no sistema nervoso central, modificando a percepção da dor. 

Por isso, devem ser usados com cautela, sempre sob supervisão médica, devido ao risco de efeitos colaterais e dependência.

Para dores moderadas a graves:

Medicamento

Indicação

Precauções

Tramadol

Dores moderadas

Risco de dependência

Codeína

Tosse/dor pós-operatória

Pode causar constipação

Morfina

Dores severas

Uso hospitalar controlado

 

Moduladores do Sistema Nervoso Central

Algumas medicações atuam diretamente no sistema nervoso central, modulando a forma como o corpo percebe e processa a dor. Esses fármacos são especialmente úteis no tratamento da dor neuropática, um tipo de dor que surge por disfunção nos nervos. 

Antidepressivos tricíclicos, como a amitriptilina, e anticonvulsivantes, como a gabapentina, têm mostrado eficácia na redução da dor em condições como fibromialgia, neuralgias e neuropatias diabéticas. 

Essas substâncias não agem como analgésicos comuns, mas ajudam a “recalibrar” o sistema de dor ao longo do tempo.

  • Amitriptilina: Antidepressivo para dor neuropática
  • Gabapentina: Reduz dor neuropática e fibromialgia

Tratamento integrado: a chave para resultados duradouros

Muitas dores crônicas respondem melhor à combinação de tratamentos farmacológicos e não-farmacológicos. Seu plano terapêutico deve considerar:

  1. Diagnóstico preciso da origem da dor
  2. Histórico de respostas a medicamentos anteriores
  3. Comorbidades existentes
  4. Impacto na qualidade de vida

Perguntas Frequentes sobre Tratamento

Qual remédio é mais forte para dor crônica?

Opioides potentes como morfina ou fentanil são reservados para casos graves e câncer, sempre com acompanhamento especializado devido a riscos de dependência.

Existem injeções para controle da dor?

Infiltrações com corticosteroides ou bloqueios nervosos podem ser utilizadas para dores localizadas, aplicadas por médicos em ambiente controlado.

O que ajuda além dos medicamentos?

  • Fisioterapia: Fortalecimento muscular e técnicas posturais
  • Terapia cognitivo-comportamental: Manejo do componente emocional
  • Acupuntura: Eficaz para dores musculoesqueléticas

[BOTÃO DE AGENDAR CONSULTA]

Este conteúdo não substitui avaliação profissional. Em caso de dúvidas, procure um especialista.

 

Bibliografia

BRASIL. Ministério da Saúde. Pesquisa aponta que quase 37% dos brasileiros acima de 50 anos têm dores crônicas. Gov.br, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/dezembro/pesquisa-aponta-que-quase-37-dos-brasileiros-acima-de-50-anos-tem-dores-cronicas. Acesso em: 25 jul. 2025.

 SILVA, Rafael et al. Chronic pain in Brazilian older adults: prevalence, associated factors, and impact on daily life. medRxiv, 2024. Disponível em: https://doi.org/10.1101/2024.12.10.627344. Acesso em: 25 jul. 2025.