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A doença, popularmente chamada de cobreiro, não se transmite da mesma forma que a catapora. Conheça os detalhes do contágio.

Uma faixa de bolhas dolorosas surge em um lado do corpo, geralmente no tronco ou no rosto. Além do desconforto intenso, uma dúvida comum e urgente aparece: "posso transmitir isso para meus filhos, meu parceiro ou outras pessoas com quem convivo?".
A preocupação é válida e esclarecer essa questão é fundamental para proteger quem está ao seu redor. A comunidade científica reconhece o herpes zoster como uma condição comum e séria, e trabalha para corrigir equívocos frequentes sobre como ocorre o contágio.
O herpes zoster, ou cobreiro, é uma infecção causada pela reativação do vírus varicela-zóster (VVZ). Este é o mesmo vírus que causa a catapora, geralmente na infância. Após a pessoa se curar da catapora, o vírus não é eliminado do corpo; ele permanece inativo (latente) em gânglios nervosos próximos à medula espinhal e ao cérebro.
Anos ou décadas depois, uma queda na imunidade pode permitir que o vírus "acorde" e viaje pelos nervos até a pele, causando as lesões características do herpes zoster. Fatores como idade avançada (acima de 50 anos), estresse, uso de medicamentos imunossupressores ou outras doenças podem desencadear essa reativação.
Infectologistas podem acompanhar o tratamento de herpes zoster de acordo com o tipo. A Rede Américas possui especialistas renomados atendendo em vários hospitais brasileiros.
A principal fonte de confusão é acreditar que se "pega" herpes zoster de alguém. Isso não acontece. O herpes zoster, conhecido como cobreiro, não é adquirido por contato direto com outra pessoa que tenha catapora ou zoster.
Ele é resultado da reativação do vírus Varicela Zóster que já estava latente no corpo desde a infância, quando causou a catapora. Por isso, uma pessoa com herpes zoster não transmite a doença em si, mas pode transmitir o vírus varicela-zóster para pessoas suscetíveis.
A única forma comprovada de transmissão é através do contato direto com o fluido presente dentro das vesículas (bolhas) da erupção cutânea. Se uma pessoa que nunca teve catapora ou não foi vacinada contra ela tocar nesse fluido, ela pode se infectar com o vírus. Assim, ela desenvolverá catapora, e não herpes zoster.
É crucial entender essa diferença: o contato com as lesões de zoster em uma pessoa vulnerável causa uma infecção primária pelo vírus, que se manifesta como catapora. Apenas quem já teve catapora no passado pode, um dia, desenvolver o herpes zoster por reativação do próprio vírus já presente em seu corpo.
A transmissão pelo ar, por meio de tosse ou espirro, não é comum para o herpes zoster localizado, ao contrário da catapora, que é altamente contagiosa por via respiratória. O contágio por objetos, como toalhas ou roupas, também é considerado raro, mas a precaução é recomendada. A principal via de contágio continua sendo o toque direto nas lesões ativas.
O período de transmissão começa com o surgimento das primeiras bolhas e termina quando todas elas formam crostas (casquinhas) e secam completamente. Enquanto houver lesões com líquido, o risco de transmitir o vírus para pessoas suscetíveis existe. Geralmente, este processo leva de 7 a 10 dias.
Após a cicatrização completa, mesmo que a dor neuropática (neuralgia pós-herpética) persista, a pessoa não é mais contagiosa.
Alguns grupos devem evitar rigorosamente o contato com pacientes na fase contagiosa do herpes zoster, pois as consequências da infecção pelo vírus varicela-zóster podem ser mais graves. Os principais grupos de risco são:
Adotar medidas simples de higiene e cuidado é a forma mais eficaz de prevenir a disseminação do vírus durante a fase ativa da doença. Para um controle eficaz do herpes zoster, o tratamento antiviral deve ser iniciado o mais rápido possível após o diagnóstico, idealmente em até 72 horas.
Esse início precoce ajuda a parar a replicação viral, limitando a disseminação da doença e o aparecimento de novas lesões. O tratamento com antivirais, prescrito por um médico, também ajuda a acelerar a cicatrização e reduzir o período de contágio.
O isolamento completo, como o necessário para a catapora, geralmente não é exigido para casos de herpes zoster localizado, desde que as lesões possam ser mantidas totalmente cobertas. Contudo, é fundamental que o paciente evite o contato físico próximo com pessoas dos grupos de risco mencionados anteriormente.
Em casos de herpes zoster disseminado (quando as lesões se espalham pelo corpo) ou em pacientes imunocomprometidos, a internação hospitalar com isolamento pode ser indicada pela equipe de saúde, conforme diretrizes do Ministério da Saúde.
A prevenção é uma ferramenta importante. A vacina contra o herpes zoster é recomendada para pessoas a partir de 50 anos e para adultos com 18 anos ou mais que possuam risco aumentado para a doença.
Ela fortalece o sistema imunológico contra o vírus varicela-zóster, reduzindo significativamente o risco de reativação e o desenvolvimento do cobreiro e de suas complicações, como a neuralgia pós-herpética.
Apesar da importância da vacinação, a aceitação para receber a vacina do herpes zoster (HZV) tem sido baixa entre os adultos. Estudos indicam que apenas cerca de 16,57% das pessoas demonstram vontade de se vacinar, o que indica a necessidade de reforçar a promoção da saúde para melhorar a prevenção.
Converse com seu médico para saber se a vacina é indicada para você. A proteção é a melhor estratégia contra o desconforto e os riscos associados ao herpes zoster.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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