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Entenda a diferença entre os testes de ovulação de farmácia e os exames clínicos que avaliam a saúde reprodutiva completa.

A decisão de tentar engravidar traz uma mistura de expectativa e muitas dúvidas. Uma das primeiras ferramentas que surge nesse caminho é o teste de fertilidade feminino, encontrado facilmente nas farmácias. Ele é um passo inicial importante, mas a jornada para entender a fertilidade pode ser mais complexa.
Os testes de fertilidade vendidos em farmácias são, na verdade, testes de ovulação. O objetivo deles é identificar o pico de um hormônio específico na urina: o hormônio luteinizante, mais conhecido como LH. Este hormônio é o gatilho que comanda o ovário a liberar um óvulo.
Esse pico de LH geralmente ocorre de 24 a 48 horas antes da ovulação. Ao detectar essa alta, o teste indica que você está entrando no seu período mais fértil. A utilização é simples e se assemelha a um teste de gravidez:
Uma linha de teste com cor igual ou mais forte que a linha de controle sinaliza um resultado positivo, indicando alta probabilidade de ovulação em breve. Contudo, é fundamental saber que este teste confirma apenas o pico hormonal, e não a ovulação em si ou a qualidade dos óvulos.
Procurar ajuda profissional é muito importante nessa jornada. Conte o time de profissionais da Rede Américas.
Os testes de ovulação são uma excelente ferramenta para mulheres com ciclos regulares que desejam otimizar as tentativas de concepção. No entanto, eles possuem limitações e podem não ser suficientes em diversas situações.
Se você tem utilizado os testes corretamente por vários meses, identificado o pico de LH e, mesmo assim, a gravidez não ocorre, pode ser um sinal de que outros fatores precisam ser investigados.
Para mulheres com ciclos menstruais muito irregulares, pode ser difícil determinar o momento certo para começar a testar, levando a resultados imprecisos.
A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), por exemplo, é uma das principais causas de infertilidade em mulheres, sendo responsável pelas maiores taxas globais de novos casos de infertilidade. Afeta tanto mulheres que nunca engravidaram (infertilidade primária) quanto aquelas que já tiveram gestações (infertilidade secundária).
Quando a investigação precisa ir além, um ginecologista ou especialista em reprodução humana pode solicitar uma série de exames para uma avaliação completa da saúde reprodutiva. Eles são divididos em categorias para analisar diferentes aspectos da fertilidade.
A reserva ovariana se refere à quantidade e, indiretamente, à qualidade dos óvulos disponíveis. Para medi-la, os exames mais comuns são:
Para confirmar se a ovulação de fato ocorre e se a fase lútea (pós-ovulação) é adequada para a implantação do embrião, o médico pode pedir:
Para que a gravidez aconteça, o caminho que o espermatozóide percorre até o óvulo e que o embrião faz até o útero deve estar livre. Exames de imagem são essenciais para isso:
É importante lembrar que, em alguns casos, mesmo após todos esses exames estarem normais, a gravidez não acontece. Essa condição é conhecida como infertilidade sem causa aparente ou inexplicada.
O diagnóstico de infertilidade inexplicada é dado por exclusão, ou seja, quando os testes de ovulação, a permeabilidade das trompas e a análise do sêmen do parceiro não mostram alterações.
É importante estar atenta a alguns sinais que justificam uma consulta com um especialista para uma investigação detalhada da fertilidade. Além dos pontos tradicionais, fatores metabólicos também são importantes.
Mulheres com obesidade abdominal que tentam engravidar, por exemplo, devem realizar exames como a Hemoglobina Glicada (HbA1c) e Triglicerídeos, pois esses marcadores estão associados a um maior risco de infertilidade. Da mesma forma, um aumento no colesterol LDL, conhecido como "colesterol ruim", também tem sido ligado a um risco elevado de infertilidade feminina.
A recomendação geral é procurar ajuda se:
A jornada da fertilidade é única para cada pessoa. Começar com testes de ovulação é um passo válido, mas entender quando buscar uma avaliação médica completa é fundamental.
Identificar precocemente os fatores de risco, realizar uma avaliação completa e obter um diagnóstico eficaz são passos essenciais para a medicina reprodutiva, visando enfrentar o desafio global da infertilidade. Um especialista poderá interpretar os resultados, solicitar os exames corretos e traçar o melhor plano para alcançar o sonho da maternidade com segurança e informação.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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