Revisado em: 03/06/2025
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Inflamação dos tendões do manguito rotador, frequentemente ligada a movimentos repetitivos ou envelhecimento, causa dor e limita movimentos
Sabe aquela dorzinha chata no ombro que aparece quando você tenta pegar algo no alto, pentear o cabelo ou até mesmo na hora de dormir? Muitas vezes, por trás desse incômodo está a chamada tendinite no ombro.

A condição pode afetar pessoas de todas idades, desde atletas até quem trabalha muito tempo em uma mesma posição. Mas o que exatamente causa essa dor e, mais importante, como podemos identificá-la e encontrar alívio? Siga a leitura e conheça melhor a condição e as opções de tratamento.
Você sabe o que são tendões? Eles são como cordas fibrosas e resistentes que conectam os músculos aos ossos, permitindo que a gente se movimente. E a tendinite, de forma geral, é a inflamação ou irritação de um tendão. Portanto, a tendinite no ombro é a inflamação de um ou mais tendões localizados na articulação do ombro.
Essa região do nosso corpo é complexa e possui vários tendões importantes. Os mais frequentemente afetados pela tendinite são os do chamado manguito rotador. O manguito rotador é um grupo de quatro músculos e seus respectivos tendões (supraespinhal, infraespinhal, redondo menor e subescapular) que envolvem a cabeça do úmero (osso do braço), ajudando a estabilizar o ombro e permitindo uma ampla gama de movimentos, como levantar e girar o braço. O tendão do músculo supraespinhal é um dos mais comumente inflamados.
Além dos tendões do manguito rotador, o tendão da cabeça longa do bíceps, que passa pela frente do ombro, também pode inflamar e causar dor.
A inflamação dos tendões do ombro não costuma surgir do nada. Ela geralmente é resultado de um processo que pode envolver diferentes fatores, sendo os mais comuns:
Os sintomas da tendinite no ombro podem variar de pessoa para pessoa e conforme o tendão afetado e a gravidade da inflamação, mas o principal deles seria a dor no ombro. Geralmente, ela é descrita como uma dor surda, um incômodo persistente, que pode ser sentida na parte da frente, lateral ou de trás do ombro.
Há ainda outros sintomas bastante característicos:
Para confirmar o diagnóstico de tendinite no ombro e descartar outras possíveis causas para a dor, o médico irá fazer uma anamnese na consulta, e deve questionar quando a dor começou, como ela é, o que melhora ou piora, quais atividades o paciente realiza no dia a dia (trabalho, esportes), se houve alguma lesão recente e o histórico de saúde geral.
Então, ele examinará o ombro, observando a aparência, palpando áreas em busca de sensibilidade e realizando testes específicos para avaliar a amplitude de movimento (ativo e passivo), testar a força muscular do ombro e do braço e também provocar a dor em certos movimentos ou posições para identificar qual tendão pode estar afetado.
Os exames de imagem nem sempre são necessários de imediato, mas podem ser solicitados para confirmar o diagnóstico, avaliar a extensão da lesão ou descartar outros problemas. Dentre eles, temos:
Com base nessas informações, o médico poderá fechar o diagnóstico e indicar o tratamento mais adequado para o seu caso.
O tratamento para tendinite no ombro, na grande maioria dos casos, é conservador, ou seja, não envolve cirurgia. O objetivo é aliviar a dor, reduzir a inflamação, restaurar a função do ombro e prevenir novas crises. Entre as principais abordagens, temos:
A maioria das pessoas com tendinite no ombro responde bem ao tratamento conservador, mas a recuperação pode levar algumas semanas ou meses, exigindo paciência e dedicação ao programa de reabilitação.
A cirurgia para tendinite no ombro não é a primeira opção e geralmente é considerada apenas se o tratamento conservador bem realizado (incluindo fisioterapia e medicamentos) não trouxer alívio significativo dos sintomas após um período considerável. Mas há situações em que ela pode ser indicada, como:
O tipo de cirurgia dependerá da causa específica do problema e da extensão da lesão. Muitas vezes, os procedimentos podem ser feitos por artroscopia, que é uma técnica minimamente invasiva, utilizando pequenas incisões e uma câmera para guiar os instrumentos. As cirurgias podem envolver a remoção de tecido inflamado (desbridamento), o reparo de um tendão rompido, ou a remoção de parte do osso (acromioplastia) para aliviar o impacto.
Os exercícios fazem parte da recuperação da tendinite no ombro, devendo sempre ser iniciados e guiados por um fisioterapeuta. O programa de reabilitação geralmente começa com movimentos suaves para restaurar a amplitude de movimento, como exercícios pendulares e de mobilização passiva ou ativo-assistida, seguidos por exercícios isométricos para ativar a musculatura sem sobrecarregar o tendão inflamado. O objetivo inicial é aliviar a dor e recuperar a mobilidade de forma gradual e segura.
Na medida em que o quadro evolui, são introduzidos progressivamente exercícios de fortalecimento para os músculos do manguito rotador e da escápula, muitas vezes com o auxílio de faixas elásticas ou pesos leves, além de alongamentos específicos para os músculos ao redor do ombro e pescoço.
É fundamental que todo esse processo seja personalizado e acompanhado por um profissional, pois a tentativa de realizar exercícios por conta própria ou de forma inadequada pode agravar a condição e retardar a recuperação funcional.
Depois de tratar uma tendinite no ombro, ou mesmo para quem nunca teve, mas quer evitar, algumas medidas podem ajudar a prevenir o problema ou novas crises:
A cura da tendinite no ombro geralmente envolve uma abordagem combinada que inclui repouso das atividades que causam dor, aplicação de gelo, uso de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos (prescritos por um médico) e, fundamentalmente, um programa de fisioterapia com exercícios específicos para alongar e fortalecer os músculos do ombro.
A tendinite piora se o paciente continuar realizando atividades que causam dor, especialmente movimentos repetitivos de elevação do braço acima da cabeça sem o devido preparo ou descanso, má postura ao trabalhar ou dormir, carregar peso excessivo de forma incorreta, e ignorar os sintomas iniciais, tentando "aguentar a dor" sem procurar tratamento adequado.
O tempo de recuperação varia muito de pessoa para pessoa e depende da gravidade da tendinite, da rapidez com que o tratamento foi iniciado e da adesão às recomendações. Casos leves podem melhorar em algumas semanas com os cuidados adequados. Já tendinites mais crônicas ou graves podem levar vários meses de tratamento e reabilitação para uma melhora significativa
Não existe um "melhor" anti-inflamatório que sirva para todos os casos de tendinite. A escolha do medicamento (como ibuprofeno, naproxeno ou outros anti-inflamatórios não esteroides) deve ser feita por um médico, que levará em conta a intensidade da dor e inflamação, o histórico de saúde do paciente (outras doenças, alergias, uso de outros remédios) e os possíveis efeitos colaterais.
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