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Entenda as manifestações mais comuns da SOP, desde alterações menstruais até mudanças na pele, e saiba quando a avaliação médica é crucial.

A menstruação que não vem, uma espinha persistente que surge antes de um evento importante ou o aumento de pelos em locais inesperados. Muitas mulheres normalizam esses sinais, atribuindo-os ao estresse ou a flutuações normais do corpo. Contudo, quando esses eventos se tornam recorrentes, podem ser um indicativo da Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP).
A Síndrome dos Ovários Policísticos é um distúrbio endócrino-metabólico que afeta o funcionamento dos ovários. Ela é caracterizada por um desequilíbrio hormonal que interfere no processo de ovulação. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a SOP afeta um número significativo de mulheres em idade fértil mundialmente.
Essa condição pode levar à formação de múltiplos pequenos cistos (folículos que não se desenvolveram) na parte externa dos ovários. Vale dizer que, apesar do nome, nem toda mulher com SOP apresenta ovários com essa aparência ao ultrassom.
Os sintomas da SOP variam muito de uma mulher para outra, tanto em tipo quanto em intensidade. Geralmente, eles são agrupados com base em sua origem: alterações na ovulação, excesso de hormônios androgênicos e problemas metabólicos. Entre os sinais mais comuns estão as irregularidades menstruais, manifestações de excesso de hormônios masculinos como pelos em excesso (hirsutismo) e acne, além de dificuldades reprodutivas, como a infertilidade.
O sinal mais clássico da SOP é a irregularidade menstrual. Isso acontece porque o desequilíbrio hormonal impede que a ovulação ocorra de forma previsível. As manifestações incluem:
Níveis elevados de hormônios masculinos, como a testosterona, causam várias alterações visíveis na pele e nos pelos. Esse quadro é conhecido como hiperandrogenismo.
A SOP está fortemente ligada a alterações metabólicas, principalmente a resistência à insulina. O corpo produz insulina, mas as células não respondem a ela adequadamente. Para compensar, o pâncreas produz ainda mais insulina, o que agrava o desequilíbrio hormonal.
Devido a essas alterações metabólicas, a SOP é considerada uma condição complexa que pode levar a riscos cardiovasculares a longo prazo. Por isso, a investigação e o acompanhamento médico contínuo são essenciais para gerenciar a saúde e prevenir complicações futuras.
Além dos sintomas físicos e metabólicos, a Síndrome dos Ovários Policísticos também impacta a saúde mental das mulheres. Estudos indicam que mulheres com SOP têm uma probabilidade 65% maior de desenvolver depressão e 42% maior de apresentar ansiedade, quando comparadas a mulheres sem a condição.
Este dado reforça a importância de considerar a saúde mental como parte da investigação e do acompanhamento dos sintomas da SOP, garantindo um cuidado integral à paciente.
A causa exata da SOP ainda não é totalmente compreendida, mas acredita-se que seja uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Histórico familiar da síndrome é um fator de risco importante. Além disso, a resistência à insulina e a inflamação de baixo grau no corpo parecem desempenhar um papel central no desenvolvimento e na perpetuação dos desequilíbrios hormonais da condição.
A dor pélvica crônica não é um sintoma típico listado nos critérios de diagnóstico da SOP. No entanto, algumas mulheres relatam sentir desconforto ou cólicas fora do período menstrual. A dor pode estar associada a ovários aumentados de volume ou à ovulação dolorosa (mittelschmerz), quando ela ocorre. É fundamental relatar qualquer dor persistente ao seu médico para investigar outras possíveis causas.
É fundamental procurar um ginecologista para investigar a SOP se você apresentar pelo menos duas das características principais de diagnóstico, como ovários policísticos, menstruação irregular ou ausente, ou excesso de hormônios masculinos. Os sinais clínicos mais comuns que indicam a necessidade de avaliação são menstruações muito irregulares ou ausentes, excesso de pelos faciais ou corporais (hirsutismo), acne persistente ou queda de cabelo. Atrasos menstruais esporádicos podem ser normais, mas um padrão de irregularidade deve ser avaliado. Procure um ginecologista se você notar:
O diagnóstico da SOP é clínico e baseado em critérios internacionais, conhecidos como Critérios de Rotterdam. Para confirmar a síndrome, o médico precisa identificar pelo menos dois dos três achados a seguir:
O profissional também solicitará exames para descartar outras condições com sintomas semelhantes, como problemas na tireoide ou na glândula suprarrenal. O diagnóstico correto é o primeiro passo para um plano de tratamento individualizado que visa controlar os sintomas e reduzir os riscos de complicações a longo prazo, como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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