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Sintomas de problemas no intestino grosso: o que seu corpo quer dizer?

Entenda os sinais do seu intestino e saiba quando é o momento certo de procurar ajuda médica especializada para proteger sua saúde digestiva.

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Sabe aquela sensação incômoda de inchaço após uma refeição, ou quando o ritmo do seu intestino simplesmente não parece normal? Muitas vezes, esses pequenos sinais podem ser ignorados no dia a dia. No entanto, o intestino grosso, uma parte vital do nosso sistema digestório, envia mensagens importantes quando algo não vai bem.

Compreender esses sinais é o primeiro passo para cuidar da sua saúde intestinal. Este artigo aborda os principais sintomas que podem indicar problemas no intestino grosso e quando você deve procurar um especialista para uma avaliação.

Qual a função do intestino grosso no seu corpo?

O intestino grosso, também conhecido como cólon, é a última porção do nosso sistema digestório. Sua principal função é absorver água e eletrólitos dos alimentos não digeridos, transformando o que resta em fezes.

Além disso, ele abriga uma vasta comunidade de bactérias benéficas, a microbiota intestinal, que desempenha um papel crucial na saúde, incluindo a produção de vitaminas e a proteção contra patógenos. Qualquer alteração nesse órgão pode impactar significativamente seu bem-estar geral.

Quais são os sintomas comuns de problemas no intestino grosso?

Os problemas no intestino grosso podem manifestar-se de diversas formas, desde desconfortos leves até sinais mais graves. É fundamental estar atento à frequência e intensidade desses sintomas.

Alterações no hábito intestinal: diarreia e constipação

Um dos sinais mais diretos de que algo pode estar errado no intestino grosso são as mudanças no padrão de evacuações. A diarreia crônica, caracterizada por fezes moles ou líquidas e evacuações frequentes por semanas, ou a constipação persistente, com dificuldade para evacuar e fezes ressecadas, são indicadores importantes.

Ambas as condições podem ser sintomas de diversas doenças, desde as mais leves até as mais sérias. É importante notar que alterações persistentes no hábito intestinal, como diarreia ou constipação, são sinais que podem indicar a necessidade de uma avaliação médica imediata. Monitorar a consistência das fezes, conforme a Escala de Bristol, pode fornecer pistas valiosas.

Dor e desconforto abdominal

Dores na região abdominal, especialmente na parte inferior, são queixas comuns. Essas dores podem se manifestar como cólicas, sensação de inchaço constante ou gases excessivos (flatulência).

O desconforto pode ser difuso ou localizado, e muitas vezes alivia após a evacuação. A presença de dores abdominais persistentes, especialmente se acompanhadas de outros sintomas, indica a necessidade de avaliação médica.

Sangramentos e alterações nas fezes

A presença de sangue nas fezes é um sinal de alerta que nunca deve ser ignorado. O sangue pode ser vermelho vivo (indicando sangramento mais próximo do ânus ou reto) ou escuro e alcatroado (sugerindo sangramento em partes mais altas do trato digestivo).

Além do sangue, observe a presença de muco nas fezes, que pode indicar inflamação. A sensação de evacuação incompleta, conhecida como tenesmo, também é um sintoma a ser observado, podendo indicar inflamação no reto.

A persistência de sangramento retal, seja ele de cor vermelha viva ou escura, exige atenção médica imediata.

Sintomas sistêmicos e perda de peso

Alguns problemas no intestino grosso podem afetar o corpo de forma mais ampla. A perda de peso não intencional, ou seja, emagrecer sem mudar a dieta ou a rotina de exercícios, é um sinal preocupante e pode indicar a necessidade de avaliação médica imediata.

Fadiga e fraqueza constantes, mesmo com repouso adequado, podem indicar anemia, muitas vezes resultante de sangramentos intestinais crônicos. Em casos mais graves, febre, náuseas e vômitos também podem acompanhar os sintomas gastrointestinais, sinalizando infecções ou obstruções.

Quais as principais condições que afetam o intestino grosso?

Os sintomas mencionados podem estar relacionados a diversas condições, desde as mais funcionais até as inflamatórias e neoplásicas.

Síndrome do Intestino Irritável (SII)

A SII é um distúrbio funcional que afeta o intestino grosso, causando dor abdominal, inchaço, gases e alterações no hábito intestinal (constipação, diarreia ou ambos). Seus sintomas tendem a ser crônicos, mas não causam danos estruturais ao intestino.

Doenças Inflamatórias Intestinais (DII)

As DII, como a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa, são condições crônicas que causam inflamação e úlceras no trato digestivo. Os sintomas incluem dor abdominal intensa, diarreia (muitas vezes com sangue ou muco), perda de peso, febre e fadiga.

Essas condições podem levar à inflamação crônica no intestino grosso, aumentando o risco de complicações sérias como sangramento, megacólon tóxico e perfuração, além de um risco maior de câncer colorretal. São doenças autoimunes que exigem acompanhamento médico contínuo.

Diverticulite

A diverticulite ocorre quando pequenas bolsas (divertículos) que se formam na parede do intestino grosso inflamam ou infeccionam. Os sintomas incluem dor abdominal forte (geralmente no lado esquerdo inferior), febre, náuseas e alterações no hábito intestinal.

Câncer colorretal

O câncer colorretal, que afeta o intestino grosso e o reto, pode apresentar sintomas semelhantes aos de outras condições intestinais, como alterações no hábito intestinal, sangramento nas fezes, dor abdominal, perda de peso e fadiga devido à anemia. A detecção precoce é crucial para o sucesso do tratamento.

Infecções e outras causas

Infecções bacterianas, virais ou parasitárias podem causar colite (inflamação do cólon) com diarreia, febre e dor. Além disso, pólipos (crescimentos na parede do intestino), obstruções intestinais ou efeitos colaterais de medicamentos também podem gerar sintomas similares.

Quando procurar um médico? Sinais de alerta que exigem atenção

Embora muitos sintomas intestinais sejam passageiros, alguns sinais indicam a necessidade de uma avaliação médica imediata. Procure um especialista — como um gastroenterologista ou proctologista — se você apresentar:

  • Sintomas persistentes: Qualquer alteração no hábito intestinal (diarreia ou constipação) que dure mais de algumas semanas.
  • Sangramento: Sangue visível nas fezes, fezes escuras e alcatroadas, ou presença de muco.
  • Perda de peso inexplicada: Emagrecimento sem mudanças na dieta ou no nível de atividade física.
  • Dor abdominal intensa: Dores fortes, contínuas e que não aliviam.
  • Febre e fadiga: Acompanhando outros sintomas gastrointestinais, especialmente com cansaço excessivo e sinais de anemia.
  • Histórico familiar: Se há casos de câncer colorretal ou DII na família.

Como é feito o diagnóstico de problemas no intestino grosso?

Ao procurar um médico, ele realizará uma anamnese detalhada sobre seus sintomas e histórico de saúde. Em seguida, poderá solicitar exames complementares para chegar a um diagnóstico preciso.

Entre os exames mais comuns estão:

  • Exames de fezes: Para identificar sangramentos ocultos, infecções ou inflamações.
  • Exames de sangue: Para verificar anemia, marcadores inflamatórios ou outras condições sistêmicas.
  • Colonoscopia: Procedimento no qual um tubo flexível com câmera é inserido pelo reto para visualizar o intestino grosso e, se necessário, realizar biópsias.
  • Exames de imagem: Como tomografia computadorizada ou ressonância magnética, que fornecem imagens detalhadas do abdômen.

O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento eficaz de qualquer problema no intestino grosso. Não hesite em buscar ajuda médica se os sintomas persistirem ou forem preocupantes.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

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