20/08/2025
Revisado em: 27/08/2025
Em caso de perceber qualquer sinal, procure um médico imediatamente
A dor ao urinar não é apenas um incômodo passageiro. Para muitos, é o primeiro de vários sintomas de infecção urinária que, se ignorados, podem evoluir rapidamente para quadros mais sérios, como uma infecção renal.
A condição é uma das mais comuns nos consultórios médicos, especialmente entre mulheres, e pode atingir pessoas de qualquer idade. Reconhecer cedo os sinais é a diferença entre uma recuperação simples e complicações que exigem internação.
A infecção urinária, ou infecção do trato urinário (ITU), acontece quando bactérias, na maioria das vezes a Escherichia coli, alcançam a uretra e se multiplicam. As mesmas podem se instalar na bexiga, subir até os ureteres e, nos casos mais graves, atingir os rins.
Embora o corpo tenha mecanismos de defesa para eliminar microrganismos, algumas situações favorecem a infecção, como:
Existem três diferentes tipos de infecções urinárias: uretrite, cistite e pielonefrite. A primeira é a inflamação localizada na uretra. Os sintomas costumam ser ardor intenso e aumento da frequência urinária, mesmo com pouco volume de urina.
Já a cistite, atinge a bexiga e é a forma mais comum. Provoca dor ao urinar, urgência para ir ao banheiro e, muitas vezes, sensação de peso na parte inferior do abdômen. Enquanto a pielonefrite é a infecção nos rins. Além dos sintomas da cistite, provoca febre alta, calafrios, náuseas e dor nas costas. Esse quadro exige atendimento imediato.
Entre os sintomas de infecção urinária mais relatados estão ardor ou dor ao urinar, sensação constante de bexiga cheia e urgência para ir ao banheiro mesmo após ter urinado há pouco tempo. Alterações na urina também são frequentes:
Quando a infecção se limita à bexiga, a febre - se presente - costuma ser baixa. Mas, se a bactéria avança para os rins, surgem febre alta, calafrios, dor lombar e mal-estar geral. Esses sinais não devem ser ignorados, porque são considerados sinais de infecção urinária de maior gravidade.
Em crianças, o quadro pode ser mais silencioso, mas pode dar um alerta através de irritabilidade, perda de apetite ou choro durante a micção. Já em idosos, a infecção pode causar confusão mental e quedas, mesmo sem queixas urinárias evidentes.
Em caso de infecção urinária, não espere que os sintomas desapareçam sozinhos. Ao notar qualquer sintoma que indique esse tipo de doença, procure atendimento.
Vale ressaltar que em gestantes, a atenção deve ser redobrada, porque infecções não tratadas aumentam o risco de parto prematuro e baixo peso ao nascer.
Existem várias formas de tratamentos, porque cada cuidado é indicado para cada tipo de infecção urinária, incluindo o grau da gravidade.
Nas infecções não complicadas, o médico costuma prescrever antibióticos orais por períodos que variam de dose única a 5 ou 7 dias. Cada remédio é escolhido conforme o perfil do paciente e o padrão de resistência bacteriana da região.
Para casos graves ou de pielonefrite, a internação com antibióticos intravenosos e monitoramento clínico pode ser necessária. Apenas medicamentos como analgésicos específicos podem ajudar a aliviar a dor, mas não substituem o tratamento antibiótico.
É importante ressaltar a necessidade de seguir o tempo de tratamento indicado, mesmo que os sintomas melhorem rapidamente. Interromper antes da hora aumenta o risco da resistência bacteriana.
Embora não seja possível evitar todos os casos, alguns hábitos reduzem o risco de desenvolver a infecção:
Manter uma boa ingestão de líquidos - em média entre 1,5 e 2 litros de água por dia - é fundamental para a saúde urinária. A água dilui a urina, o que a torna menos concentrada e menos propícia ao crescimento bacteriano.
Outra vantagem é que o aumento do volume urinário ajuda a “lavar” todo o trato urinário. Assim, expulsa microrganismos antes que se fixem nas paredes da uretra ou da bexiga.
Em regiões de clima quente ou para pessoas que praticam atividades físicas regularmente, essa quantidade pode precisar ser ajustada para compensar a perda de líquidos pelo suor.
Nas mulheres, a uretra é mais curta e próxima da região anal, o que facilita a migração de bactérias intestinais para o trato urinário. Por isso, a limpeza após urinar ou evacuar deve sempre ser feita da frente para trás, o que evita que esses microrganismos sejam empurrados para a entrada da uretra.
É recomendável usar papel higiênico macio e, se possível, realizar a higiene com água e sabonete íntimo de pH equilibrado, evitando produtos perfumados ou agressivos, que podem facilitar infecções.
Durante o ato sexual, o contato físico e a fricção podem transportar bactérias da região genital ou anal para a uretra. Urinar logo após a relação também ajuda a expulsar esses microrganismos.
Essa prática é especialmente importante para mulheres que apresentam infecções urinárias recorrentes e pode ser combinada com uma higiene suave da região logo após o ato.
O uso de roupas íntimas de algodão permite melhor ventilação e absorção de umidade, mantendo a região genital mais seca. Já peças sintéticas ou calças muito apertadas retêm calor e umidade, o que cria condições ideais para proliferação de microrganismos.
Alternar o uso de roupas justas e evitar ficar o dia todo com roupas de banho molhadas também ajuda na prevenção.
Segurar a urina por longos períodos dá mais tempo para que as bactérias presentes na bexiga se multipliquem, aumentando o risco de infecção. O ideal é esvaziar a bexiga a cada três a quatro horas, mesmo que a vontade não seja intensa.
Além de prevenir a multiplicação bacteriana, esse hábito ajuda a manter a musculatura da bexiga saudável e funcional.
É importante reconhecer logo os sintomas de infecção urinária, porque essa é a forma mais segura de impedir que a condição se agrave. Ardor, urgência e alterações na urina são sinais claros de que seu corpo não está bem.
Por isso, buscar orientação médica, seguir o tratamento indicado e adotar medidas preventivas ajudam a preservar a saúde urinária e evitam complicações sérias.
Referências bibliográficas:
DASA. Sintomas de infecção urinária: saiba como identificar. Nav Dasa, 19 jun. 2023. Atualizado em 10 jul. 2025. Disponível em: https://nav.dasa.com.br/blog/sintomas-de-infeccao-urinaria. Acesso em: 11 ago. 2025.
MERCK & CO., Inc. Considerações gerais sobre infecções do trato urinário (ITUs). MSD Manuals – Versão Saúde para a Família, jan. 2024. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-renais-e-urin%C3%A1rios/infec%C3%A7%C3%B5es-do-trato-urin%C3%A1rio-itus/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-infec%C3%A7%C3%B5es-do-trato-urin%C3%A1rio-itus. Acesso em: 11 ago. 2025.
MERCK & CO., Inc. Bacterial Urinary Tract Infections. MSD Manual – Professional Edition, jan. 2024; jul. 2025. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/professional/genitourinary-disorders/urinary-tract-infections-utis/bacterial-urinary-tract-infections. Acesso em: 11 ago. 2025.
POPULARES EM SINTOMAS
Os conteúdos mais buscados sobre Sintomas
Descubra os sintomas de câncer de pulmão e saiba quando procurar ajuda médica para diagnóstico precoce e tratamento eficaz.
Leia maisTontura pode ser sinal de pressão alta, mas não é o único motivo. Saiba os principais sintomas e quando procurar um médico.
Leia maisSaiba quais são as causas mais comuns de um caroço na gengiva e aprenda a identificar os sinais de alerta que exigem uma avaliação profissional.
Leia mais