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Muitas vezes silenciosa, a doença renal crônica pode se manifestar por meio de sinais sutis no dia a dia. Saiba reconhecê-los.
Você nota que seus tornozelos estão mais inchados ao final do dia, e a disposição para as tarefas diárias já não é mais a mesma. Um cansaço persistente parece ter se instalado sem um motivo claro. Esses sinais, facilmente atribuídos ao estresse ou a uma noite mal dormida, podem, na verdade, ser os primeiros indícios de que seus rins não estão funcionando como deveriam.
A doença renal crônica (DRC) é uma condição na qual os rins perdem progressivamente a capacidade de filtrar resíduos e excesso de líquidos do sangue. Essa perda de função ocorre de forma lenta e gradual, ao longo de meses ou anos.
A DRC é reconhecida como uma condição séria que impacta significativamente a vida dos pacientes, exigindo acompanhamento contínuo para gerenciar seus diversos aspectos de saúde. Quando os rins não conseguem mais realizar suas tarefas, toxinas se acumulam no organismo, causando diversos problemas de saúde.
As principais causas da DRC estão associadas a outras condições de saúde muito comuns, como a hipertensão arterial e o diabetes mellitus. A resistência à insulina, uma condição onde o corpo não utiliza a insulina de forma eficaz, é um sinal inicial frequentemente observado em pacientes com doença renal crônica.
Essa resistência tende a aumentar à medida que a doença progride, destacando a conexão entre o metabolismo do açúcar e a saúde renal. Segundo o Ministério da Saúde, o controle dessas doenças é um passo fundamental na prevenção de complicações renais. O histórico familiar também é um fator de risco importante.
Nos estágios iniciais, a doença renal crônica é frequentemente silenciosa, não apresentando sintomas claros. Em alguns casos, indivíduos com doença renal crônica em fases mais avançadas podem não apresentar sintomas óbvios, percebendo a seriedade da condição apenas quando o tratamento, como a diálise, se torna necessário.
Quando os sinais começam a aparecer, eles podem ser vagos e facilmente confundidos com outras condições. Ficar atento a eles é crucial para um diagnóstico precoce.
Um dos primeiros sinais pode ser percebido ao urinar. Como os rins são responsáveis pela produção de urina, qualquer alteração em seu funcionamento pode se manifestar aqui.
Fique atento a:
Quando os rins não conseguem eliminar o excesso de sódio e líquidos do corpo, ocorre o acúmulo de fluidos nos tecidos. Esse inchaço, conhecido como edema, é mais comum nos seguintes locais:
A fadiga extrema é um dos sintomas mais comuns e debilitantes da DRC. Ela ocorre por dois motivos principais. Primeiro, o acúmulo de toxinas no sangue afeta o funcionamento geral do corpo. Segundo, rins saudáveis produzem um hormônio chamado eritropoetina, que estimula a produção de glóbulos vermelhos. Com a falha renal, a produção desse hormônio diminui, levando à anemia, que causa fraqueza, palidez e falta de ar.
À medida que a função renal diminui, os sintomas tendem a se tornar mais intensos e evidentes. O acúmulo de resíduos metabólicos no sangue, chamado de uremia, afeta múltiplos sistemas do corpo.
A pele pode se tornar extremamente seca e causar coceira intensa (prurido). Isso acontece porque os rins não conseguem mais equilibrar os minerais no sangue. Além disso, o acúmulo de ureia pode ser liberado no suor e na saliva, causando um hálito com cheiro de amônia, conhecido como hálito urêmico.
Náuseas, vômitos e perda de apetite são comuns em estágios mais avançados, podendo levar à perda de peso não intencional. As cãibras musculares e espasmos, especialmente nas pernas, podem ocorrer devido a desequilíbrios de eletrólitos como cálcio e fósforo, que os rins doentes não conseguem regular adequadamente.
A esses sintomas, somam-se a sensação de formigamento, muitas vezes percebida nas mãos e nos pés, e dores diversas, que são manifestações comuns do desequilíbrio metabólico causado pela doença renal crônica.
É fundamental procurar avaliação médica se você apresentar um ou mais dos sintomas mencionados, especialmente se tiver fatores de risco como diabetes, hipertensão, histórico familiar de doença renal, obesidade ou idade superior a 60 anos. A detecção precoce é a melhor ferramenta para gerenciar a doença.
O diagnóstico da DRC é feito por meio de exames simples de sangue, como a dosagem de creatinina, e de urina, para verificar a presença de proteína. Além dos exames tradicionais, estudos mostram que um marcador no sangue, conhecido como KIM-1 (molécula de lesão renal tipo 1), pode indicar lesões renais e até prever a progressão para a falência dos rins.
A identificação precoce desses marcadores reforça a importância do monitoramento contínuo e da intervenção médica. A partir desses resultados, o médico pode calcular a Taxa de Filtração Glomerular (TFG), que indica o quão bem os rins estão funcionando.
Não ignore os sinais do seu corpo. Um acompanhamento médico regular permite o controle dos fatores de risco e o tratamento adequado para preservar a saúde dos seus rins e garantir sua qualidade de vida.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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