28/02/2025
Revisado em: 24/04/2025
Diagnóstico é feito com base no relato dos sintomas e endoscopia
O refluxo gastroesofágico é uma condição comum que afeta milhões de pessoas, muitas vezes sem que elas percebam a gravidade do problema. Além de impactar a qualidade de vida, a doença pode levar a consequências graves se não for tratada corretamente.
Neste artigo, você entenderá melhor o que é o refluxo gastroesofágico, seus sintomas, causas e as principais formas de tratamento.
A doença do refluxo gastroesofágico é uma alteração que causa o retorno involuntário e repetitivo do suco gástrico ao esôfago e à boca. De acordo com a Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia (SBMDN), cerca de 20% dos brasileiros vivem com refluxo. Muitos deles, no entanto, apresentam sintomas, mas não os relacionam com a doença.
Segundo o Dr. Henrique Sérgio Coelho, hepatologista e gastroenterologista do Hospital São Lucas Copacabana, o esôfago é um tubo que conecta a faringe (garganta) ao estômago e faz parte do sistema digestório – formado também pela boca, esôfago, intestinos delgado e grosso e ânus. Ele tem como função extrair os nutrientes dos alimentos e auxiliar na produção de energia, ações que ficam prejudicadas quando há algo errado, como no refluxo.
Os sinais do refluxo gastroesofágico são divididos em dois tipos: típicos (esofágicos) e atípicos (extraesofágicos). Saiba como identificá-los.
As causas de refluxo gastroesofágico mais frequentes são:
A doença do refluxo gastroesofágico, quando não tratada, pode trazer sérias complicações para o paciente, como:
O diagnóstico é feito com base no relato dos sintomas ao médico, que pode solicitar a realização de endoscopia digestiva alta, manometria esofagiana (medida da pressão do esfíncter esofagiano inferior) e/ou pHmetria esofágica (inserção de uma sonda fina que analisa o refluxo de suco gástrico por um período de 24 horas).
“Esses exames podem ser indicados quando houver dúvida diagnóstica, nos casos mais graves resistentes ao tratamento clínico ou no preparo para cirurgia corretiva. Com medidas higieno-dietéticas e posturais e medicação, é possível controlar e até mesmo curar a esofagite de refluxo”, afirma o Dr. Henrique Sergio.
Existem duas abordagens possíveis para a cura do refluxo gastroesofágico: clínica ou cirúrgica.
A primeira é feita com
que reduzem a produção de ácido no estômago, em conjunto com adaptações na dieta para evitar o consumo de carboidratos, cafeína, frituras, alimentos processados e bebidas alcoólicas ou gaseificadas.
Outras recomendações são: fracionar a dieta (comer em menor quantidade a cada três horas), não se deitar logo depois das refeições e dormir com a cabeceira elevada.
“Já a intervenção cirúrgica é indicada para os quadros mais graves, em que o paciente não responde bem à primeira abordagem, sendo então necessário confeccionar uma válvula antirrefluxo, que consiste numa correção plástica do esfíncter, tornando-o mais competente, e melhorar a posição do estômago no caso de hérnia de hiato esofagiano”, explica o médico.
O refluxo gastroesofágico pode parecer um problema simples, mas quando não tratado adequadamente, pode resultar em complicações severas.
Felizmente, com um diagnóstico correto e mudanças no estilo de vida, como ajustes na alimentação e uso de medicamentos específicos, é possível controlar os sintomas e até evitar a progressão da doença.
Se você apresenta sintomas recorrentes de refluxo, procurar um especialista é essencial para evitar complicações futuras e garantir uma melhor qualidade de vida.
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