12/08/2025
Revisado em: 13/08/2025
Você está prestes a iniciar esse tratamento crucial e uma dúvida vem à mente: "radioterapia dói?" É natural sentir essa apreensão.
Muitos pacientes imaginam o momento da sessão como algo doloroso, mas a realidade surpreende. Durante o procedimento em si, você não sentirá uma dor penetrante.
Entretanto, alguns efeitos colaterais podem surgir ao longo do tratamento, causando desconfortos específicos. Vamos entender juntos o que realmente acontece e como minimizar esses desconfortos para que possa enfrentar esse momento com mais confiança e bem-estar.
A radioterapia em si é um procedimento completamente indolor no ato da aplicação. Você não sente calor, ardor ou fisgadas à medida que a radiação atinge seu corpo.
Durante a sessão, que normalmente dura entre 10-20 minutos:
É uma experiência surreal, mas não dolorosa naquele momento. Durante a radioterapia o paciente não sentirá nenhuma dor. Contudo, dependendo da área tratada, algumas sensações físicas podem emergir posteriormente.
A região irradiada frequentemente desenvolve reações cutâneas entre 2-4 semanas após o início do tratamento:
A boa notícia? Essas reações costumam atingir seu pico até a 5ª semana e geralmente diminuem significativamente 2-4 semanas após o término do tratamento.
Embora a aplicação não cause dor imediata, certas dores específicas podem surgir dependendo da área tratada e reações corporais:
A dor neuropática merece atenção especial: lesões nervosas podem ocorrer quando a irradiação afeta estruturas do sistema nervoso periférico ou medula espinhal.
Embora dores moderadas sejam gerenciáveis em casa, certos sintomas exigem report imediato à sua equipe médica:
A dúvida “radioterapia dói?” é muito comum entre pacientes que estão prestes a iniciar o tratamento. A resposta direta é que o procedimento em si costuma ser indolor, ou seja, o paciente não sente dor enquanto está sendo irradiado.
No entanto, ao longo das sessões, podem surgir efeitos colaterais que causam desconforto ou dor, dependendo da área tratada, da sensibilidade individual e da dose acumulada de radiação.
Por isso, é fundamental adotar estratégias que ajudem a aliviar ou prevenir esses sintomas. O objetivo é garantir que o paciente consiga seguir o tratamento com mais conforto, mantendo a qualidade de vida durante essa fase delicada.
A primeira estratégia é também a mais importante: relatar qualquer dor ou incômodo ao médico. Muitos pacientes, por medo ou receio, não mencionam que estão sentindo dor, o que atrasa intervenções que poderiam melhorar muito o bem-estar.
A equipe multidisciplinar, formada por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e nutricionistas, pode propor ajustes nas medicações, hidratação cutânea, pausas entre sessões ou encaminhamentos para terapias complementares, como fisioterapia ou acupuntura.
Um dos efeitos mais comuns da radioterapia é a radiodermite, que provoca vermelhidão, ressecamento, coceira ou até mesmo descamação da pele. Em regiões mais sensíveis, isso pode gerar ardência ou dor local.
Para minimizar esses efeitos:
Esses cuidados simples ajudam a reduzir o desconforto local e a prevenir lesões mais graves que poderiam interromper o tratamento.
Se a dor já está presente, seja por inflamação, feridas na mucosa (como em tratamentos de cabeça e pescoço) ou pelo impacto da radiação em órgãos internos, o médico pode prescrever analgésicos, anti-inflamatórios ou, em casos mais intensos, opioides leves.
O importante é que o uso da medicação seja sempre orientado e acompanhado. Automedicar-se pode interferir na resposta ao tratamento ou mascarar sintomas importantes.
Em alguns casos, a dor é reflexo de mucosite (inflamação nas mucosas da boca e garganta), o que torna difícil mastigar ou engolir. Essa condição é comum em pacientes que fazem radioterapia na região da cabeça e pescoço.
Adaptar a alimentação nesses casos pode aliviar o desconforto:
O acompanhamento com um nutricionista oncológico pode ajudar a montar um cardápio que respeite essas limitações sem comprometer a ingestão de nutrientes.
A percepção da dor é influenciada por fatores emocionais. Ansiedade, medo, angústia ou estresse constante podem amplificar o desconforto físico. Por isso, o suporte psicológico é uma estratégia importante para quem sente dor durante o tratamento.
Além da psicoterapia, práticas como meditação, relaxamento guiado, acupuntura e auriculoterapia têm sido utilizadas com bons resultados no alívio da dor em pacientes oncológicos. Várias dessas abordagens são oferecidas gratuitamente em centros públicos de saúde com foco em cuidados integrativos.
Movimentar-se dentro do limite de cada paciente pode ajudar a reduzir dores musculares e articulares que surgem durante ou após o tratamento. A fisioterapia oncológica atua na reabilitação do corpo, melhora da postura, circulação e controle da dor crônica.
Alongamentos leves e exercícios respiratórios, quando indicados, também contribuem para o relaxamento e alívio da tensão corporal.
Embora a radioterapia não doa durante a aplicação, os efeitos posteriores podem causar desconfortos que variam de pessoa para pessoa. O mais importante é não sofrer em silêncio. Existem diversas formas de aliviar a dor, desde ajustes na rotina até medicações e terapias complementares. Conversar com a equipe de saúde e relatar os sintomas é o primeiro passo para enfrentar o tratamento com mais conforto e segurança.
Bibliografia
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. Radioterapia. Brasília: INCA, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tratamento/radioterapia. Acesso em: 25 jul. 2025.
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