14/08/2025
Revisado em: 28/08/2025
Nem sempre a dor que indica que há algo errado, o mal estar também pode ser um sinal de câncer.
O mal-estar geral, ou indisposição, associado ao câncer é um conjunto complexo de sintomas que podem surgir em diferentes estágios da doença, impactando significativamente a qualidade de vida do paciente.
Diferente de um cansaço comum, a sensação de mal-estar oncológico é frequentemente persistente, debilitante e pode não melhorar com o repouso.
As manifestações do mal-estar podem variar conforme o tipo, localização e estágio do câncer, bem como a resposta individual do organismo.
No entanto, algumas características são frequentemente observadas:
É um dos sintomas mais prevalentes. Não se trata de um cansaço passageiro, mas uma exaustão avassaladora que interfere nas atividades diárias, mesmo após longos períodos de descanso.
Essa fadiga pode ser causada pela própria doença, tratamentos (quimioterapia, radioterapia), anemia, dor, desnutrição ou alterações metabólicas.
Uma diminuição significativa do peso corporal sem mudanças na dieta ou rotina de exercícios pode ser um sinal de alerta.
O câncer pode alterar o metabolismo, levando à perda de massa muscular e gordura, fenômeno conhecido como caquexia.
A presença de febre de origem desconhecida, especialmente se for persistente ou recorrente e não estiver associada a infecções claras, pode indicar a presença de células cancerígenas.
Suores noturnos intensos, que encharcam a roupa de cama, também são sintomas preocupantes.
A dor é um sintoma comum em muitos tipos de câncer, podendo ser localizada (no sítio do tumor) ou generalizada.
Ela pode ser leve ou intensa, constante ou intermitente, e varia de acordo com a localização do tumor e seu impacto em tecidos circundantes, nervos ou órgãos.
O mal-estar pode incluir distúrbios gastrointestinais. Náuseas e vômitos podem ser causados pelo próprio tumor, pela compressão de órgãos adjacentes ou como efeito colateral de tratamentos.
A perda de apetite, ou anorexia, é comum e contribui para a perda de peso.
Muitos tipos de câncer, ou seus tratamentos, podem levar à anemia (baixa contagem de glóbulos vermelhos), resultando em palidez, falta de ar, tontura e uma sensação constante de fraqueza e lassidão.
Alguns pacientes relatam "névoa cerebral" (dificuldade de concentração e memória) e alterações de humor, como irritabilidade, ansiedade e depressão, contribuindo para a sensação geral de mal-estar.
O mal-estar no câncer é multifatorial. Pode ser resultado direto do crescimento tumoral, que consome recursos do corpo, libera substâncias inflamatórias (citocinas), ou afeta o funcionamento de órgãos essenciais.
Os tratamentos oncológicos frequentemente causam efeitos colaterais que contribuem para a indisposição geral. O impacto psicológico do diagnóstico e tratamento também desempenha um papel importante na percepção do mal-estar.
É fundamental que qualquer pessoa que experiencie esses sintomas de forma persistente e inexplicável procure avaliação médica. O diagnóstico precoce é crucial para a eficácia do tratamento e a melhoria da qualidade de vida.
Bibliografia
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. Manual de controle da dor em cuidados paliativos. Rio de Janeiro: INCA, 2012. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/manual_dor.pdf. Acesso em: 25 jul. 2025.
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