Revisado em: 28/10/2025
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A osteoporose é grave quando causa fraturas e perda da independência

Você sabe quando a osteoporose é grave e por que ela representa um risco tão alto à saúde? A osteoporose é frequentemente chamada de "doença silenciosa", pois a perda progressiva de massa óssea raramente apresenta sintomas até que ocorra uma fratura. Em estágios avançados, a gravidade da doença aumenta impactando na qualidade de vida e na sobrevida do paciente.
A osteoporose grave geralmente atinge regiões como o quadril, a coluna e o punho. O sexo feminino e a idade avançada são fatores de risco relevantes para a doença, que provoca a diminuição da massa ósssea, deixando os ossos frágeis e porosos.
A osteoporose é uma doença metabólica que se caracteriza pela diminuição da massa óssea e pela deterioração do tecido ósseo. Por causa disso ela resulta em ossos enfraquecidos, aumentando a sua fragilidade e deixando o indivíduo mais suscetível a fraturas.
A classificação da osteoporose grave se baseia na densidade mineral óssea, que mostra o quanto o osso está fraco ou forte, e na ocorrência de fratura por fragilidade.
Segundo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Osteoporose do Ministério da Saúde, a condição é considerada de muito alto risco quando o paciente apresenta um ou mais critérios a seguir:
A fratura de quadril é considerada a mais grave, podendo levar à morte. Das pessoas que sobrevivem à cirurgia, de 20% a 40% delas ficam com alguma incapacidade permanente, perdendo a sua autonomia.
Inúmeros fatores podem acelerar a perda óssea e intensificar a gravidade da osteoporose, tornando o paciente mais vulnerável a fraturas e complicações.
O processo de envelhecimento é o principal fator, já que a perda natural de massa óssea fica cada vez mais elevada com o passar dos anos. O gênero feminino também é um fator de risco. As mulheres na menopausa e na pós-menopausa, por volta dos 50 anos, perdam cerca de 10% da massa óssea por causa da queda nos níveis de estrogênio.
O estrogênio é um hormônio produzido pelo organismo feminino, que ajuda a fixar o cálcio nos ossos, contribuindo para a manutenção da densidade óssea. Com a queda na sua produção durante a menopausa, a mulher fica mais predisposta a desenvolver osteoporose em comparação aos homens.
Comorbidades como diabetes, hipotireoidismo, doenças renal e respiratória e demência também são fatores de riscos, assim como o uso regular e prolongado de corticoides. Pessoas muito magras, tabagistas e pessoas que ingerem álcool excessivamente têm risco aumentado.
A doença tem fatores sociais contribuindo para o aumento do risco de mortalidade. Sendo assim, pessoas que vivem em áreas rurais ou que têm uma renda menor, possuem um risco maior de vir a óbito após uma fratura.
A osteoporose é considerada grave quando a fragilidade óssea resulta em fratura, sobretudo se for recorrente ou acometer lugares como o quadril e a coluna vertebral.
A gravidade é medida não apenas pela fragilidade do osso, mas também pelas consequências diretas das fraturas. A correção do rompimento do osso do quadril, por exemplo, pode levar a incapacidade, diminuindo a qualidade de vida de maneira significativa.
A resposta para a pergunta: “quando a osteoporose é grave?” pode ser definida pela vulnerabilidade do paciente à morbimortalidade (o risco de morte ou do acometimento por outras doenças). Às vezes, ela pode ser até intensificada pela idade, comorbidade e pela ocorrência de fraturas prévias.
O diagnóstico costuma ser dado através dos resultados da Densitometria Mineral Óssea (DMO), exame de imagem que mede o quantitativo de osso dos indivíduos.
No entanto, em casos graves somente a evidência clínica de fratura por fragilidade pode ser suficiente para fechar o diagnóstico. Então, o médico analisa se há históricos de fraturas prévias, múltiplas ou recorrentes nos últimos 12 meses.
Exames de sangue e urina são utilizados para diagnosticar causas secundárias de osteoporose, como problemas endócrinos ou renais. Eles também servem para monitorar a segurança e eficácia do tratamento.
Fraturas vertebrais costumam ser assintomáticas e muitas vezes só são detectadas por exames de imagem. Por isso o médico pode solicitar radiografias da coluna vertebral (dorsal e lombar) para fazer a verificação.
O tratamento da osteoporose grave tem como objetivo reduzir o risco de novos rompimentos ósseos, contribuindo para diminuir a morbimortalidade e preservar a autonomia do paciente.
O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Osteoporose do Ministério da Saúde indica alguns medicamentos para o tratamento. São eles:
Além do tratamento medicamentoso, o manejo deve envolver a suplementação de cálcio e vitamina D (ajuda a fixar o cálcio nos ossos) e exercícios físicos. O exercício fortalece a musculatura e contribui para o equilíbrio, ajudando a reduzir o risco de quedas.
O que também contribui para diminuir o risco de queda é avaliar a possibilidade de problemas neurológicos e visuais e verificar a segurança da casa. A reabilitação é importante para o paciente se recuperar do rompimento ósseo, recuperando a sua mobilidade e autonomia.
Quando a osteoporose é grave ela exige atenção imediata e um plano de tratamento adequado. O diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento são fundamentais para evitar consequências graves e garantir qualidade de vida e independência.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
BRASIL. Conitec. PCDT Resumido da Osteoporose. Disponível em: https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/resumidos/PCDTResumidoOsteoporose.pdf. Acesso em: 27 out. 2025.
CNN Brasil. Por que a população precisa se preocupar com a osteoporose? Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/forum-opiniao/por-que-a-populacao-precisa-se-preocupar-com-a-osteoporose/. Acesso em: 27 out. 2025.
Saúde Américas. Tratamento de osteoporose. Disponível em: https://www.saudeamericas.com.br/post/tratamento-de-osteoporose/. Acesso em: 27 out. 2025.
Jornal da USP. Osteoporose, doença silenciosa que pode ser fatal. Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/osteoporose-doenca-silenciosa-que-pode-ser-fatal/. Acesso em: 27 out. 2025.
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