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Estatísticas mostram que a chance de cura do câncer de próstata pode chegar a 98% quando a doença é diagnosticada logo no início.

O câncer de próstata é o segundo tipo de tumor mais comum entre os homens no Brasil. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima mais de 71 mil novos casos por ano no triênio 2023-2025 (INCA, 2025).
Se for descoberto cedo, a chance de cura é altíssima, podendo chegar a 98% (SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA apud ALMEIDA, 2025).
Ao analisar possíveis sinais do câncer, é comum surgir a dúvida sobre qual o tamanho da próstata em risco de câncer.
Na maioria das vezes, o tamanho da próstata não tem relação direta com o tumor maligno. Entenda a seguir a relação entre o tamanho e o câncer, e no que realmente prestar atenção para se prevenir e procurar o diagnóstico.
Em geral, não existe uma relação direta entre o tamanho da próstata e o risco de desenvolver câncer (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2025). Como analogia para entender a diferença, pense na próstata como uma maçã.
O crescimento da próstata que causa o aumento de volume é conhecido como Hiperplasia Prostática Benigna, ou HPB. Trata-se de um processo natural do envelhecimento, comum após os 50 anos.
A HPB cresce na região central da glândula, que é justamente a “polpa” da maçã. Ela aperta uretra (o canal da urina) e causa sintomas urinários. Essa condição é benigna (não cancerosa) e não se transforma em câncer (Ministério da Saúde, 2025).
O câncer de próstata é um tumor maligno que, na maioria das vezes, nasce na região periférica da glândula. Ou seja, nasce na “casca” da maçã e é aí que mora o perigo.
Como nasce na borda, o tumor não aperta a uretra e logo não dá nenhum sinal.
O fato de sua próstata estar grande (HPB) não anula o risco de ter câncer, pois o câncer pode estar crescendo silenciosamente na casca.
A próstata pode estar grande e ter um pequeno câncer ao mesmo tempo. O diagnóstico precoce independe do volume da glândula.
A próstata é uma glândula que faz parte do sistema reprodutor masculino. Em homens jovens geralmente ela tem o tamanho de uma noz.
O aumento natural da próstata (HPB) acontece com o envelhecimento e pode causar sintomas devido à compressão da uretra. Os principais sinais são:
O câncer de próstata é conhecido por ser assintomático na fase inicial. Quando os sintomas aparecem eles podem ser semelhantes aos da HPB, mas podem incluir outros sinais.
É o caso de dores para urinar e presença de sangue na urina ou no sêmen (Ministério da Saúde, 2025).
Embora o aumento benigno cause sintomas urinários, o câncer inicial é silencioso. A ausência de sintomas não significa a ausência da doença.
Como o câncer inicial não dá sintomas, a única forma de identificá-lo em tempo é fazendo o rastreamento de forma regular. O rastreamento é a busca por sinais da doença em pessoas que não sentem nada.
O diagnóstico precoce é feito com a combinação de dois exames simples e essenciais (Sociedade Brasileira de Urologia, 2014), que devem ser analisados em conjunto pelo urologista:
Este é um exame de sangue que mede uma proteína produzida pela próstata. Se o valor de referência estiver muito alto, é um sinal de alerta. O nível de PSA sobe quando há problema na próstata, como infecção, aumento do tamanho ou o próprio câncer.
O PSA sozinho não define o diagnóstico. É necessário outros exames para a confirmação, como o toque retal.
É um exame rápido, feito no consultório pelo urologista, que dura poucos segundos. O médico consegue sentir a textura, o tamanho e a consistência da próstata. Este exame é muito importante, pois permite detectar nódulos (caroços) na parte de trás da glândula.
Esses caroços podem aparecer mesmo que o exame de PSA esteja normal. Se houver suspeita após a avaliação desses dois exames, o médico poderá solicitar exames de imagem e encaminhar para a biópsia.
A biópsia é o procedimento onde o médico retira pequenos pedacinhos do tecido da próstata e manda para análise em laboratório. É o exame que confirma a presença de células cancerosas.
A combinação do PSA e do toque retal aumenta a precisão do diagnóstico precoce. O toque é importantíssimo, uma vez que pode detectar tumores que o exame de sangue não capta (Sociedade Brasileira de Urologia, 2014).
Existem idades pré-definidas para iniciar o rastreamento como forma de prevenção ao câncer de próstata. São baseadas no risco individual e é orientada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) em conjunto com outras entidades (SBU et al., 2023).
As recomendações atuais são:
Ir ao urologista é um ato de amor próprio e responsabilidade com você mesmo e com as pessoas que você ama. Sua família também se preocupa com a sua saúde. Não é sobre coragem, é sobre prevenção e longevidade para viver mais e melhor.
Leia também: meu pai teve câncer, eu posso ter? Entenda sobre hereditariedade
Embora o câncer inicial seja assintomático, se você notar algum dos seguintes sintomas, procure um médico imediatamente. Os seguintes sinais podem indicar que a doença já está mais avançada:
Em casos mais avançados, pode ocorrer dor nos ossos, indicando metástase.
Mesmo sem sintomas, a partir dos 45 ou 50 anos, consultar o urologista anualmente é altamente recomendado. Fazer o rastreamento regularmente é a única forma de garantir altas taxas de cura (Sociedade Brasileira de Urologia et al., 2023).
Não há uma vacina ou algo que evita o câncer de próstata, mas existem alguns hábitos que ajudam a diminuir os riscos e a agressividade da doença (Sociedade Brasileira de Urologia, 2014). As principais recomendações são:
A maior ação de prevenção é a detecção precoce, feita pelos exames de rotina.
O tratamento do câncer de próstata é sempre individualizado e definido pelo urologista. A decisão leva em conta o estágio da doença, a agressividade do tumor, a idade e as condições gerais de saúde do paciente (INCA, 2025).
As principais formas de tratamento incluem:
Indicada para tumores de baixo risco e que crescem muito lentamente. O paciente é monitorado de perto com exames frequentes, mas não é tratado de imediato.
É como "ficar de olho" no tumor para só intervir se ele se tornar perigoso (INCA, 2025).
É a remoção cirúrgica de toda a glândula prostática e das vesículas seminais. É um tratamento comum para a doença localizada.
Utiliza radiação de alta energia para destruir as células cancerosas. Pode ser feita de forma externa (máquina) ou interna (braquiterapia).
Usada para bloquear a testosterona, o principal hormônio que alimenta o crescimento do tumor. É frequentemente utilizada em casos avançados ou combinada com outros tratamentos.
Em casos de doença avançada ou metastática, o tratamento pode combinar terapia hormonal, quimioterapia e novas terapias (INCA, 2025).
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
ALMEIDA, G. L. (Especialista da Sociedade Brasileira de Urologia - SBU). Cura de câncer de próstata pode chegar a até 98%. Agência Brasil, Rio de Janeiro, 2025. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2025-10/cura-de-cancer-de-prostata-pode-chegar-ate-98. Acesso em: 27 out. 2025.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (INCA). Câncer de Próstata: Tratamento. Portal Inca, Rio de Janeiro, 2025. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/prostata/tratamento. Acesso em: 27 out. 2025.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (INCA). Estimativa 2023-2025: Incidência de Câncer no Brasil. Revista Brasileira de Cancerologia, Rio de Janeiro, v. 69, n. 1, 2023. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/3700/2644. Acesso em: 27 out. 2025.
MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS). Câncer de Próstata. Portal Gov.br, Brasília, 2025. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/cancer-de-prostata. Acesso em: 27 out. 2025.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA (SBU). Diretrizes Sobre Câncer da Próstata. Portal da Urologia, 2014. Disponível em: https://sbu.org.br/pdf/diretrizes/novo/cancer_de_prostata_diagnostico.pdf. Acesso em: 27 out. 2025.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA (SBU); SOCIEDADE BRASILEIRA DE ONCOLOGIA CLÍNICA (SBOC); SOCIEDADE BRASILEIRA DE RADIOTERAPIA (SBRT). Posicionamento sobre o Rastreamento do Câncer de Próstata. 2023. Disponível em: https://portaldaurologia.org.br/area-da-saude/noticias/posicionamento-da-sbu-sboc-e-sbrt-sobre-o-rastreamento-do-cancer-de-prostata. Acesso em: 27 out. 2025.
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