Revisado em: 14/10/2025
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Hérnia abdominal é o termo geral; a hérnia inguinal é o tipo mais comum
Você sabe qual a diferença de hérnia inguinal e abdominal? É preciso já dizer que eles não significam a mesma coisa. Ambas as condições envolvem o deslocamento de órgãos ou tecidos através de uma área enfraquecida da parede muscular, mas a localização e o tipo de hérnia determinam diagnósticos e tratamentos distintos.
A hérnia abdominal é o termo mais amplo, englobando diferentes tipos, enquanto a hérnia inguinal ocorre especificamente na virilha e é a mais comum entre os homens. Entender essas distinções ajuda não só no diagnóstico precoce, mas também na escolha da melhor abordagem cirúrgica e na prevenção de riscos como o estrangulamento da hérnia.
A hérnia abdominal é um termo genérico que descreve a protrusão, ou seja, a saída de um órgão ou tecido (geralmente uma porção do intestino ou gordura) através de um ponto fraco ou de uma abertura na parede muscular do abdômen.
A parede abdominal é composta por músculos e fáscias que, quando enfraquecidos ou com falhas, permitem que o conteúdo interno se projete para fora, formando um abaulamento (caroço) visível e palpável.
As hérnias abdominais podem ser congênitas (presentes desde o nascimento) ou adquiridas, sendo estas últimas causadas por fatores que aumentam a pressão intra-abdominal, como tosse crônica, obesidade, gravidez, esforço físico excessivo ou constipação.
Existem diversos tipos de hérnias abdominais, classificadas de acordo com sua localização:
A hérnia pode aparecer e desaparecer de forma espontânea. Pode também evoluir para complicações sérias se não for tratada adequadamente. Por isso, identificar precocemente o tipo de hérnia e buscar avaliação médica é essencial para definir o tratamento mais seguro e eficaz.
A hérnia inguinal é o tipo mais comum de hérnia abdominal, representando 75% dos casos. Ela ocorre especificamente na região da virilha (inguinal), onde o tecido se projeta através do canal inguinal.
Esta condição é significativamente mais frequente em homens, já que a parede muscular fica mais fraca por causa da passagem do testículo para a bolsa escrotal. Devido a isso, ela pode se estender para os testículos resultando na hérnia inguinoescrotal.
A hérnia inguinal é classificada em dois subtipos principais: direta ou indireta.
É o tipo mais comum. Ocorre em uma área enfraquecida pela passagem natural do testículo em direção à bolsa escrotal. Ela pode aumentar de tamanho com o tempo e se estender até o interior da bolsa, apresentando maior risco de complicações.
Este tipo é adquirido, resultante do enfraquecimento da parede abdominal, sendo mais comum em adultos mais velhos. A hérnia inguinal direta raramente causa complicações.
A principal diferença reside na classificação e na especificidade da localização. A hérnia abdominal é o termo guarda-chuva, a categoria geral. Pode ocorrer também na virilha, no umbigo ou na linha média acima do umbigo, numa cicatriz cirúrgica anterior ou abaixo da virilha.
Já a hérnia inguinal é uma subcategoria, um tipo específico de hérnia abdominal, que ocorre somente na virilha.
Em outras palavras, toda hérnia inguinal é abdominal, mas nem toda hérnia abdominal é inguinal. A distinção é vital para o planejamento cirúrgico, pois cada tipo de hérnia requer uma abordagem técnica específica.
O sintoma mais característico de qualquer hérnia abdominal, incluindo a inguinal, é o aparecimento de um abaulamento na região afetada, seja na virilha, no umbigo ou em uma cicatriz cirúrgica anterior.
Outros sintomas comuns incluem:
É importante estar atento aos sinais de complicação, como dor intensa e súbita, febre, náuseas, vômitos e o abaulamento que não desaparece. Estes podem indicar um encarceramento (a hérnia fica presa) ou estrangulamento (suprimento de sangue é interrompido) da hérnia, situações que configuram uma emergência médica e exigem cirurgia imediata.
O diagnóstico de uma hérnia, seja ela inguinal ou de outro tipo abdominal, começa com o exame clínico realizado por um médico. Durante a consulta, o profissional irá olhar e apalpar (tocar) na área suspeita, pedindo ao paciente para tossir ou fazer força (manobra de Valsalva) para evidenciar o abaulamento.
A localização exata e suas características (se é redutível, se é doloroso) são os principais fatores que ajudam o médico a determinar o tipo de hérnia. Para planejar a cirurgia ou caso o médico tenha alguma dúvida, ele pode solicitar exames complementares de imagem como uma ultrassonografia, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética.
O tratamento definitivo para a grande maioria das hérnias abdominais e inguinais é a cirurgia. O objetivo do procedimento é recolocar o órgão ou tecido herniado de volta na cavidade abdominal e, em seguida, fechar ou reforçar o defeito na parede muscular.
O procedimento cirúrgico mais comum atualmente é a hernioplastia, que envolve a colocação de uma tela (prótese) para reforçar a área enfraquecida da parede abdominal, reduzindo significativamente o risco de reincidência.
As cirurgias podem ser realizadas por diferentes abordagens:
Hérnias pequenas e sem sintomas podem ser monitoradas, mas a cirurgia é indicada para evitar complicações graves, como o estrangulamento, que exige intervenção de emergência.
Entender qual a diferença de hérnia inguinal e abdominal é fundamental para reconhecer os sinais precoces e buscar o tratamento adequado antes que ocorram complicações. Enquanto a hérnia abdominal abrange diferentes tipos e localizações, a hérnia inguinal é uma forma específica, restrita à região da virilha, é mais frequente em homens.
Apesar de ambas exigirem atenção médica, a detecção precoce e o acompanhamento com um cirurgião especializado são essenciais para evitar riscos e garantir uma recuperação segura.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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