13/08/2025
Revisado em: 13/08/2025
Manter a caderneta de vacinação atualizada é um cuidado com a saúde e com a vida.
Para os idosos, ter uma carteira de vacinação atualizada é crucial, mas para aqueles que vivem com uma ou mais comorbidades – condições crônicas de saúde como diabetes, doenças cardíacas, respiratórias ou autoimunes – a importância da imunização se intensifica.
Essas condições podem enfraquecer ainda mais o sistema imunológico, tornando o idoso mais vulnerável a infecções e a complicações graves, inclusive com risco de óbito. Diante desse cenário, o calendário vacinal pode sofrer adaptações e algumas vacinas ganham um destaque ainda maior.
Doenças crônicas, tratamentos imunossupressores (como quimioterapia, uso prolongado de corticoides) ou condições que afetam diretamente a imunidade (como HIV) podem comprometer a resposta do organismo a infecções.
Assim, um idoso com comorbidades não só tem um risco maior de contrair certas doenças, como também de desenvolver formas mais severas, com maior necessidade de hospitalização e maior probabilidade de sequelas ou desfechos desfavoráveis. Por isso, a vacinação deve ser ainda mais criteriosa e individualizada.
As mudanças no calendário vacinal para idosos com comorbidades geralmente envolvem:
Pessoas idosas com comorbidades fazem parte de um grupo mais vulnerável a infecções graves e complicações de saúde. Por isso, o calendário vacinal para essa população inclui imunizantes específicos que ajudam a prevenir doenças respiratórias, bacterianas e virais.
A seguir, veja as principais vacinas recomendadas para esse público e quando elas devem ser aplicadas, de acordo com orientações do Ministério da Saúde e sociedades médicas especializadas.
Estas vacinas são de suma importância. Idosos com doenças pulmonares crônicas (como DPOC, asma grave), doenças cardíacas, diabetes, doença renal crônica, alcoolismo, doenças hepáticas crônicas, ou condições que afetam o baço (asplenia) têm risco elevado para doenças invasivas pneumocócicas (pneumonia, meningite, sepse).
A gripe pode descompensar doenças crônicas e levar a hospitalização e óbito em idosos com comorbidades.
O risco de desenvolver herpes zóster e sua complicação mais dolorosa, a neuralgia pós-herpética, aumenta com a idade e é ainda maior em idosos imunocomprometidos ou com certas doenças crônicas.
Recentemente lançada, essa vacina é importante para idosos com condições respiratórias ou cardíacas crônicas, pois o VSR pode causar infecções respiratórias graves, como bronquiolite e pneumonia.
Para idosos com doenças hepáticas crônicas (como cirrose, hepatites C), a vacinação contra Hepatite B é essencial, caso não tenham imunidade prévia.
Além da proteção contra difteria e tétano, a fração contra coqueluche (dTpa) é importante para idosos com doenças respiratórias crônicas, protegendo-os e evitando a transmissão para outros grupos vulneráveis, como bebês.
É imperativo que idosos com comorbidades conversem detalhadamente com seu médico geriatra, infectologista ou clínico geral.
Somente o profissional de saúde poderá avaliar o estado de saúde geral, os medicamentos em uso, o grau de imunossupressão (se houver) e o histórico de vacinação para traçar um plano de imunização personalizado e seguro.
O objetivo é maximizar a proteção e minimizar os riscos de complicações por doenças infecciosas.
Bibliografia
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