Revisado em: 14/10/2025
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A pressão baixa ocorre quando os níveis de pressão arterial caem para menos de 90/60 mmHg
Também conhecida como hipotensão, a pressão baixa é uma condição que nem sempre provoca mal-estar. No entanto, muitas pessoas que convivem com esse problema relatam sintomas desconfortáveis, como tontura e até desmaios – embora o caso nem sempre seja considerado grave.

É difícil, no entanto, precisar quantas pessoas apresentam o problema, que é mais frequente entre pessoas mais velhas: estima-se que 5% da população tenha pressão baixa aos 50 anos e 30% após mais 70 anos.
Mas vale ressaltar que, em situações agudas, como grandes traumas ou infarto, a hipotensão pode, sim, estar relacionada a problemas que colocam a vida em risco, necessitando de atendimento médico de emergência.
A pressão arterial é a força com que o sangue é bombeado pelo coração e circula pelas artérias do corpo. Ela é medida em dois valores: a pressão sistólica (quando o coração se contrai) e a pressão diastólica (quando o coração relaxa entre as batidas).
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), é considerada normal a pressão arterial que marca 120/80 mmHg (popularmente chamado de “12 por 8”). No entanto, quando os níveis caem para menos de 90/60 mmHg, temos um quadro de hipotensão ou pressão baixa, que se torna importante quando provoca sintomas.
A hipotensão pode ocorrer de forma ocasional, devido a fatores como desidratação ou longos períodos em pé, mas também pode ser um problema crônico e ligada a outros problemas de saúde, além de um sinal de alerta para determinadas doenças.
Vale lembrar que, para algumas pessoas, ter pressão mais baixa é natural e não gera nenhum impacto significativo em sua qualidade de vida, desde que não existam sintomas associados.
Normalmente, quando a pressão baixa é uma condição crônica e sem gravidade, os sintomas podem variar de pessoa para pessoa. Entre os sinais mais comuns que podem estar associados a esta condição, estão:
Por outro lado, vale dizer que a hipotensão também pode ocorrer em situações que colocam a vida em risco, como em quadros de arritmia, embolia pulmonar, infarto e colapso dos pulmões. Quadros de anafilaxia (reações alérgicas extremas) ou sepse também podem provocar uma queda brusca na pressão arterial.
Portanto, o significado da pressão baixa é variável conforme o contexto, podendo esta condição não estar relacionada a nada grave, ou, em situações específicas, estar relacionada à potencial risco de vida.
Embora não seja tão falada como a hipertensão arterial, a pressão baixa ou hipotensão também precisa ser avaliada por um médico cardiologista e receber acompanhamento especializado, especialmente se houver sintomas frequentes.
Para idosos, esse risco é ainda mais significativo, já que um desmaio ou até uma tontura momentânea podem levar a complicações graves e ao risco de queda, por exemplo.
Já em casos de pressão baixa por problemas graves, a queda de fluxo sanguíneo para os órgãos vitais, como coração, cérebro e rins, podem levar a complicações graves como choque – quando não há circulação de sangue suficiente para manter os órgãos funcionando.
É o caso, por exemplo, da síndrome do choque da dengue, complicação grave da doença causada pela grande perda de líquidos que a infecção causa e que pode levar à morte.
A pressão arterial em si não é considerada uma doença. No entanto, ela pode estar relacionada a outras condições de saúde, tais como:
Quedas de pressão também podem acontecer quando uma pessoa se levanta rapidamente depois de muito tempo sentada ou deitada. Isso é causado por uma condição chamada hipotensão postural ou ortostática e ocorre por um déficit momentâneo na irrigação do cérebro por causa do retorno venoso mais lento e do subsequente débito cardíaco.
Geralmente, o problema está associado à desidratação ou doenças de bases que predispõem o indivíduo a essa condição.
Outra situação comum que pode provocar pressão baixa é a hipotensão neuralmente mediada, que ocorre quando a pessoa fica muito tempo em pé e parada; ou se depara com uma experiência de grande impacto emocional.
A história clínica do paciente pode direcionar a investigação médica para estes casos.
Se a pressão baixa é acompanhada de sintomas frequentes ou intensos, como desmaios e tonturas severas, é aconselhável buscar orientação médica. Além disso, qualquer queda repentina ou não usual da pressão deve ser avaliada, principalmente se for persistente.
A visita ao médico também é importante quando a pressão baixa está associada a condições de saúde preexistentes, como doenças cardíacas, diabetes ou problemas renais.
O tratamento da pressão baixa depende da sua causa. Aumentar a ingestão de líquidos, especialmente em dias mais quentes, pode ajudar a prevenir e até melhorar quadros já estabelecidos de pressão baixa. E nas ameaças de desmaio, deitar o paciente e elevar os membros inferiores pode aumentar o retorno venoso e auxiliar nesta correção imediata.
E, ao contrário do que se diz, colocar sal debaixo da língua não ajuda os quadros agudos de queda de pressão. Embora o sal, de fato, aumente a pressão arterial, seu efeito não é imediato. Por isso, a hidratação, especialmente com isotônicos ou água de coco, pode ajudar mais.
Por outro lado, o jejum prolongado também pode provocar queda de pressão e desidratação. Neste caso, vale a pena ingerir algo leve e caprichar na hidratação.
No entanto, caso as crises de pressão baixa sejam frequentes e/ou acompanhadas de outros sintomas, é importante buscar orientação médica para realizar exames e saber se existe a necessidade de controlar o problema com medicamentos.
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