22/02/2025
Revisado em: 24/04/2025
Pacientes com plaquetas baixas podem apresentar hematomas, sangramento nasal, aumento do fluxo menstrual, urina ou fezes com sangue, entre outros sintomas.
Você já reparou em manchas roxas na pele ou sangramentos inesperados? Isso pode ser um sinal de plaquetas baixas, uma condição que pode dificultar a coagulação do sangue. Embora os hematomas e o sangramento nasal sejam comuns, outros sintomas, como aumento do fluxo menstrual ou sangue na urina e fezes, também podem aparecer.
A boa notícia é que, com o diagnóstico certo, é possível tratar a causa e evitar complicações. Se você está se perguntando o que pode estar por trás dessa condição, continue lendo e descubra os principais sintomas, causas e como buscar o tratamento adequado!
As plaquetas (ou trombócitos) são pedaços de células produzidas pela medula óssea. Elas se encontram no sangue e atuam sobretudo no processo de coagulação: diante de uma lesão nos vasos sanguíneos, as plaquetas se acumulam no local danificado com o intuito de interromper o sangramento, ajudando assim a evitar hemorragias mais graves.
Quando a contagem de plaquetas no sangue é inferior a 150.000 células/mm³, configura-se uma condição denominada trombocitopenia ou plaquetopenia, popularmente chamada de plaquetas baixas.
A gravidade, isto é, as manifestações clínicas decorrentes desta queda no número de plaquetas dependem da intensidade desta redução, de modo que reduções pequenas podem não causar qualquer sintoma.
Entre os fatores que podem levar à trombocitopenia, estão:
A produção de plaquetas acontece na medula óssea. Portanto, doenças que afetam o funcionamento normal da medula podem resultar na diminuição do número de plaquetas.
Isso é visto em situações complexas e graves, a exemplo da aplasia medular e de cânceres como síndrome mielodisplásica, leucemia e linfoma. Mas também pode acontecer em situações mais simples, como falta de algumas vitaminas ou alterações de hormônios.
Para além das doenças diretamente relacionadas à medula óssea, existem outras condições de saúde que podem afetar a quantidade de plaquetas no sangue.
Há situações em que o organismo, na tentativa de destruir algum micróbio ou agente agressor, usa anticorpos. Estes anticorpos podem, por engano, atacar e destruir as plaquetas. É o caso de doenças autoimunes (artrite reumatoide e lúpus, por exemplo).
Isso também pode acontecer em quadros de dengue, infecções respiratórias, infecções intestinais, entre outros. Estas situações são capazes de levar à diminuição de plaquetas, que pode ser apenas temporária.
Há ainda a possibilidade de a contagem das plaquetas no sangue estar diminuída por elas estarem represadas no baço. É o que ocorre em alguns problemas de fígado que alteram a circulação sanguínea nesta região.
Por fim, há condições caracterizadas pela formação excessiva de coágulos sanguíneos, tal qual púrpura trombocitopênica trombótica e coagulação intravascular disseminada, que utilizam mais plaquetas do que o usual. Estas situações são graves e muitas vezes acontecem com pacientes já internados.
A redução do número de plaquetas também pode estar relacionada ao uso de alguns medicamentos, como heparina, anti-inflamatórios, anticonvulsivantes e anti-hipertensivos.
A gravidade deste quadro e a necessidade de troca de medicação serão dadas pelo grau de redução do número de plaquetas.
O principal risco de ter plaquetas baixas são as hemorragias. Como a capacidade do corpo de formar coágulos fica comprometida, os sangramentos podem ocorrer com mais facilidade (após traumas leves ou mesmo de maneira espontânea) e/ou serem mais intensos.
Em casos mais graves, a diminuição no número de plaquetas é capaz de causar hemorragias internas, que podem ser fatais se não forem tratadas rapidamente.
A manifestação da trombocitopenia varia conforme a situação do paciente. Quadros em que a diminuição do número de plaquetas é pequena podem não apresentar sintomas. E entre os casos sintomáticos, há aqueles nos quais as manifestações surgem repentinamente e outros nos quais elas aparecem lentamente ao longo do tempo.
É importante dizer que, além do número de plaquetas, para um bom funcionamento da coagulação é necessário um funcionamento adequado das plaquetas.
Assim, às vezes a contagem de plaquetas nem está tão reduzida, mas o uso de alguma medicação que diminua o funcionamento das plaquetas pode também causar algum sintoma relacionado à alteração da coagulação sanguínea.
O exemplo mais comum é o ácido acetil salicílico (AAS), encontrado em inúmeras formulações.
Em geral, os sintomas relacionados à redução do número e/ou do funcionamento das plaquetas estão atrelados a alterações na coagulação, como:
O médico hematologista é o responsável por acompanhar pacientes com alterações no sangue e em órgãos associados (como medula óssea e baço). Durante a consulta, esse profissional normalmente coleta informações sobre a história clínica do paciente e conduz um exame físico.
Para avaliar possíveis quadros de plaquetas baixas, também são solicitados exames laboratoriais, como hemograma completo e exames de coagulação. Em algumas situações, pode ser recomendada a realização de biópsia da medula óssea.
Vale dizer ainda que, a depender da condição causadora da trombocitopenia, pode ser necessária a participação de outros especialistas no caso, como oncologista, infectologista e reumatologista. Na Rede América, você pode agendar consultas com nossos médicos em mais de 30 especialidades, inclusive Hematologia.
O tratamento para casos de plaquetas baixas varia de acordo com a causa e a gravidade da trombocitopenia.
De modo geral, se o risco de hemorragia for grande, pode-se recorrer a transfusões de plaquetas, o que aumenta a quantidade desses fragmentos celulares no sangue e ajuda o organismo a reagir a sangramentos com maior eficácia.
Abordagens mais específicas dependem da causa subjacente e incluem medicamentos que estimulam a medula óssea a produzir plaquetas, medicamentos para auxiliar no combate a infecções e medicamentos imunossupressores.
É fundamental que os pacientes consultem um médico para que sejam avaliados adequadamente e recebam orientações para um tratamento individualizado.
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