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Entenda o que é o estágio mais grave da doença periodontal, seus principais sintomas e as opções de tratamento para controlar a infecção.

Imagine notar um pouco de sangue na escova de dentes ou no fio dental. No início, pode não parecer algo grave, mas com o tempo, você percebe que suas gengivas estão mais recuadas e um ou mais dentes parecem um pouco frouxos. Essa é uma jornada comum para quem descobre a periodontite avançada, uma condição séria que exige atenção imediata.
A periodontite avançada representa o estágio mais severo da doença periodontal. É uma inflamação crônica que destrói progressivamente os tecidos que dão suporte aos dentes, como o osso e o ligamento periodontal, sendo considerada a principal causa de perda dentária. Sem tratamento, essa condição pode levar à formação de bolsas periodontais, à perda óssea e, consequentemente, à queda dos dentes.
Nesta fase, a destruição desses tecidos é significativa. O osso que ancora os dentes é progressivamente reabsorvido pelo organismo na tentativa de se afastar da infecção, causando inflamação e, em alguns casos, abscessos. Como resultado, os dentes perdem sua base de sustentação, ficam moles e, sem tratamento, podem cair ou precisar de extração. No entanto, os tratamentos buscam controlar essa destruição.
Endodontistas são os especialistas que podem acompanhar esse tipo de quadro. A Rede Américas possui profissionais de renome no Brasil inteiro.
A doença periodontal raramente começa em seu estágio avançado. Sua evolução costuma seguir um padrão:
No estágio avançado, os sintomas da periodontite são mais evidentes e não devem ser ignorados. Esta condição inflamatória crônica se manifesta com sinais claros nas gengivas e na estrutura de suporte dos dentes, podendo causar gengivas sangrando, inchaço e dor.
Fique atento se você apresentar um ou mais dos seguintes sinais:
A causa raiz da periodontite é a placa bacteriana. Contudo, diversos fatores podem acelerar sua progressão para um estágio avançado, aumentando a suscetibilidade do indivíduo ou dificultando a resposta do corpo à infecção.
A periodontite não é apenas um problema bucal. Em casos avançados, a área inflamada na boca pode ser tão grande quanto a palma da sua mão. Essa inflamação crônica e as bactérias presentes permitem que substâncias inflamatórias entrem na corrente sanguínea e afetem a saúde do corpo todo. Estudos científicos associam a doença periodontal a um risco aumentado para diversas condições sistêmicas.
A relação mais bem estabelecida é com o diabetes, em uma via de mão dupla: o diabetes dificulta o controle da periodontite, e a periodontite pode desregular os níveis de glicose no sangue.
Além disso, há correlações estudadas com doenças cardiovasculares, complicações na gravidez e doenças respiratórias. Dados do Instituto do Coração (Incor), apontam que 36% das mortes em decorrência de problemas cardíacos são de origem dental. Em relação a prevalência em doenças cardíacas, problemas dentais têm 46% de incidência. O levantamento foi informado no Jornal da USP (2019).
Sem o devido tratamento, os riscos podem ser gravíssimos para o corpo inteiro. Não subestime a importância do acompanhamento médico periódico.
Sim, existe tratamento. O objetivo principal é frear a progressão da doença, eliminar a infecção bacteriana e, sempre que possível, preservar os dentes. O plano de tratamento é complexo e depende do grau de destruição, sendo conduzido por um dentista ou, mais especificamente, um periodontista.
Vale dizer que o sucesso de qualquer tratamento depende fundamentalmente do comprometimento do paciente com uma rotina rigorosa de higiene bucal e com as consultas de manutenção periódica, geralmente a cada 3 ou 4 meses.
Esta é uma das principais dúvidas de quem enfrenta o problema. A periodontite, uma vez instalada, não tem "cura" no sentido de reverter completamente todos os danos. A perda óssea e a retração gengival são, em grande parte, permanentes.
No entanto, o tratamento consegue paralisar a progressão da destruição. Além disso, procedimentos regenerativos como enxertos ósseos e a RTG podem, em casos selecionados, recuperar parte do suporte perdido, melhorando o prognóstico do dente. A viabilidade desses procedimentos deve ser avaliada individualmente por um especialista.
Após o tratamento da periodontite avançada, o foco se volta para a prevenção e manutenção. O controle da doença é um esforço para toda a vida.
A periodontite avançada é uma condição desafiadora, mas com diagnóstico correto e tratamento adequado, é possível controlar a doença, manter seus dentes e proteger sua saúde geral.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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