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Um marcador-chave para avaliar as reservas de ferro do corpo, essencial no diagnóstico e acompanhamento de diversas condições de saúde.

Aquele cansaço persistente que não melhora com o descanso, uma palidez notada por amigos ou a sensação de fraqueza ao subir um lance de escadas. Esses sinais, muitas vezes atribuídos ao estresse do dia a dia, podem ter uma origem metabólica. Para investigar quadros assim, um dos exames mais solicitados pelos médicos é a dosagem de ferritina.
A ferritina é uma proteína complexa cuja principal função é armazenar ferro de forma segura dentro das células do corpo, principalmente no fígado, baço e medula óssea. Ela age como uma reserva estratégica, liberando o ferro de maneira controlada quando o organismo precisa dele para funções vitais.
Essa proteína é o principal meio de armazenamento de milhares de átomos de ferro nas células, sendo crucial para o equilíbrio do mineral no corpo e servindo como um biomarcador essencial para avaliar suas reservas no organismo.
O ferro, por sua vez, é um mineral essencial para a produção de hemoglobina, a molécula presente nos glóbulos vermelhos responsável por transportar oxigênio dos pulmões para todos os tecidos. Sem ferro suficiente, a produção de hemoglobina é comprometida, o que pode levar à anemia.
Assim, o exame de ferritina sérica (realizado a partir de uma amostra de sangue) é um indicador indireto, porém muito confiável, dos estoques totais de ferro no corpo.
Hematologistas são os especialistas indicados para esse tipo de acompanhamento. A Rede Américas possui profissionais renomados no Brasil inteiro.
Embora ambos avaliem o status do ferro no organismo, eles medem coisas diferentes. A confusão entre os dois é comum, mas a distinção é fundamental para um diagnóstico preciso.
Uma analogia simples ajuda a entender: pense no ferro sérico como o dinheiro que você carrega na carteira para uso imediato e na ferritina como o dinheiro guardado na sua conta bancária.
O primeiro reflete a quantidade de ferro circulando no sangue naquele momento, que pode variar bastante ao longo do dia. Já a ferritina mostra o tamanho da sua reserva, oferecendo uma visão mais estável e de longo prazo.
O exame de ferritina é particularmente útil porque ele indica a maneira como o corpo armazena o ferro, detalhando se ele está sendo guardado lentamente em grandes quantidades ou se está sendo rapidamente disponibilizado para uso pelas células.
Por isso, um médico pode solicitar ambos os exames para ter um panorama completo da situação do ferro no seu corpo.
A solicitação do exame de ferritina geralmente ocorre durante a investigação de condições relacionadas à deficiência ou ao excesso de ferro.
É uma ferramenta diagnóstica importante quando o paciente apresenta sintomas sugestivos, como:
Além disso, o exame é utilizado para monitorar pacientes com doenças crônicas que podem afetar os níveis de ferro, como doença renal crônica, doenças inflamatórias intestinais e alguns tipos de câncer, ou para acompanhar a eficácia de tratamentos de suplementação de ferro.
Os valores de referência para a ferritina podem variar ligeiramente entre laboratórios, mas o médico sempre interpretará o resultado com base no seu histórico de saúde, idade e sexo.
É importante ressaltar que o exame de ferritina no sangue é essencial para avaliar os estoques de ferro do corpo, indicando deficiência quando os níveis estão baixos ou excesso quando estão altos. De modo geral, os desvios indicam dois cenários principais.
Um nível de ferritina abaixo do normal é o indicador mais precoce de que as reservas de ferro do corpo estão se esgotando. Isso pode ocorrer antes mesmo que o hemograma aponte anemia.
As principais causas para a ferritina baixa incluem:
Níveis elevados de ferritina podem, de fato, indicar uma sobrecarga de ferro, condição conhecida como hemocromatose, que pode ser genética ou adquirida. Nesse quadro, o excesso de ferro se deposita em órgãos como fígado, coração e pâncreas, causando danos.
Contudo, é fundamental saber que a ferritina também é uma "proteína de fase aguda". Isso significa que seus níveis podem aumentar em resposta a processos inflamatórios ou infecciosos no corpo, mesmo que não haja excesso de ferro.
Portanto, outras causas de ferritina alta são:
Por essa razão, o médico frequentemente solicita outros exames, como a proteína C-reativa (PCR), para diferenciar se a elevação da ferritina se deve a uma inflamação ou a uma real sobrecarga de ferro.
Na maioria dos casos, o exame de ferritina não exige um preparo especial. No entanto, alguns laboratórios podem recomendar um jejum de 4 a 8 horas. É importante seguir as orientações fornecidas pelo seu médico ou pelo laboratório.
Informe sempre sobre os medicamentos e suplementos que você utiliza, pois alguns podem interferir no resultado. A coleta é simples e rápida, feita a partir de uma amostra de sangue venoso, geralmente do braço.
O tratamento não visa corrigir apenas o número do exame, mas sim a causa do desequilíbrio. Se a ferritina está baixa devido à deficiência de ferro, o médico pode indicar a suplementação oral ou endovenosa de ferro e orientar ajustes na dieta.
Se a ferritina está alta, a abordagem dependerá do diagnóstico. Em casos de sobrecarga de ferro, pode ser necessária a flebotomia (sangria terapêutica). Se a causa for uma inflamação ou outra doença, o foco será tratar essa condição primária.
Em todos os casos, a avaliação médica é indispensável para interpretar corretamente os resultados e definir a conduta mais segura e eficaz.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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