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Osteoporose e osteopenia: qual a diferença e como cuidar da saúde dos ossos?

Receber um diagnóstico de baixa densidade óssea pode gerar preocupação. Entenda o que cada condição significa e os passos para uma vida saudável.

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O resultado do exame de densitometria óssea chega e, com ele, um termo que pode gerar dúvidas: osteopenia. Para muitas pessoas, a palavra soa parecida com osteoporose, criando uma confusão imediata sobre a gravidade da situação. Embora relacionadas, essas duas condições representam estágios diferentes da saúde óssea e exigem abordagens distintas.

O que são osteopenia e osteoporose?

Ambas as condições se referem à diminuição da densidade mineral óssea, o que torna os ossos menos resistentes. A principal distinção entre elas está no grau dessa perda. O esqueleto humano está em constante renovação, mas com o envelhecimento, o processo de reabsorção óssea pode superar o de formação, levando ao enfraquecimento.

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Osteopenia: o sinal de alerta para a saúde óssea

A osteopenia é considerada uma condição pré-clínica. Ao contrário da osteoporose, que é uma doença óssea séria, a osteopenia indica baixa massa óssea e não é categorizada como uma doença em si. 

Ela indica que sua massa óssea está mais baixa que o ideal para sua idade, mas ainda não atingiu o nível crítico que caracteriza a osteoporose. Funciona como um importante sinal de alerta, mostrando que é hora de adotar medidas para frear a perda óssea e evitar a progressão para um quadro mais grave.

Osteoporose: a doença que fragiliza os ossos

A osteoporose, por sua vez, é classificada como uma doença óssea séria. Nela, a perda de massa óssea é acentuada, fazendo com que os ossos se tornem porosos e extremamente frágeis. 

Essa fragilidade eleva significativamente o risco de fraturas, que podem ocorrer mesmo com impactos leves ou durante atividades cotidianas, como tossir ou se abaixar. As fraturas mais comuns associadas à osteoporose ocorrem no quadril, na coluna e no punho.

Esta condição é diagnosticada quando a densidade mineral óssea (DMO) atinge um T-Score de -2,5 ou menos, indicando ossos frágeis e um risco elevado de fraturas. A osteoporose pós-menopausa, por exemplo, é uma forma grave da doença que afeta cerca de 23% das mulheres e 11,7% dos homens.

Qual é a principal diferença entre osteopenia e osteoporose?

A forma mais objetiva de diferenciar as duas condições é através dos resultados da densitometria óssea. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu critérios baseados em um índice chamado T-score, que compara a densidade óssea do paciente com a de um adulto jovem e saudável.

Característica

Osteopenia

Osteoporose

 

Definição

Diminuição da densidade óssea; estágio intermediário.

Doença com perda acentuada de massa óssea.

T-score

Entre -1 e -2,5 desvios-padrão.

Abaixo de -2,5 desvios-padrão.

Risco de Fratura

Aumentado, mas menor que na osteoporose.

Muito elevado, mesmo com traumas mínimos.

Classificação

Condição de alerta.

Doença estabelecida.

Como é feito o diagnóstico?

Tanto a osteopenia quanto a osteoporose são condições silenciosas, que geralmente não apresentam sintomas até que uma fratura ocorra. Por isso, a investigação ativa através de exames é fundamental, especialmente para grupos de risco.

Entendendo o exame de densitometria óssea

A densitometria óssea é o exame padrão-ouro para medir a densidade mineral dos ossos. É um procedimento rápido, indolor e não invasivo, que utiliza uma tecnologia de raios-X de baixa dose para avaliar principalmente a coluna lombar e o fêmur, áreas mais suscetíveis a fraturas graves.

O que significa o T-score no seu resultado?

O relatório do exame apresentará o T-score. A interpretação é direta:

  • T-score acima de -1: Densidade óssea normal.
  • T-score entre -1 e -2,5: Diagnóstico de osteopenia.
  • T-score igual ou abaixo de -2,5: Este resultado significa o diagnóstico de osteoporose, indicando ossos frágeis e um risco significativamente maior de fraturas.

Quais são os principais fatores de risco?

Algumas pessoas têm maior predisposição a desenvolver baixa massa óssea. Conhecer os fatores de risco é o primeiro passo para uma prevenção eficaz.

  • Envelhecimento: A perda óssea se acelera naturalmente com a idade.
  • Menopausa: A queda do estrogênio, hormônio que protege os ossos, acelera a desmineralização.
  • Histórico familiar: Ter pais com histórico de osteoporose ou fratura de quadril aumenta o risco.
  • Estilo de vida: Sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de álcool são prejudiciais.
  • Dieta pobre: Baixa ingestão de cálcio e deficiência de vitamina D.
  • Uso de medicamentos: Certos corticoides, anticonvulsivantes e hormônios para tratamento de câncer podem afetar a massa óssea.

Como prevenir e tratar a perda de massa óssea?

Seja para prevenir a osteopenia ou para tratar a osteoporose já instalada, as estratégias se baseiam em pilares semelhantes. A diferença está na intensidade e na possível necessidade de intervenção medicamentosa, sempre definida por um médico.

Alimentação para ossos fortes

Uma dieta balanceada é fundamental. O foco deve ser em alimentos ricos em cálcio, o principal mineral da matriz óssea, e em vitamina D, essencial para a absorção do cálcio.

  • Fontes de cálcio: leite e derivados (iogurte, queijos), vegetais de folhas escuras (couve, brócolos), gergelim e amêndoas.
  • Fontes de vitamina D: exposição solar moderada e segura (15 a 20 minutos por dia, fora dos horários de pico) e consumo de peixes gordurosos (salmão, sardinha) e gema de ovo.

A importância da atividade física

Os exercícios, especialmente os de impacto e de fortalecimento muscular, estimulam a formação óssea. O osso se fortalece em resposta à tração e à carga que os músculos exercem sobre ele.

  • Exercícios de impacto: caminhada, corrida leve e dança.
  • Exercícios de força: musculação e pilates, que ajudam a fortalecer a musculatura e melhorar o equilíbrio, prevenindo quedas.

Toda atividade física deve ser iniciada após avaliação e com orientação profissional para garantir a segurança.

Suplementação e medicamentos: quando são necessários?

Em muitos casos, apenas a dieta não é suficiente para atingir os níveis adequados de cálcio e vitamina D, sendo necessária a suplementação. Para casos de osteoporose ou osteopenia com alto risco de fratura, o médico pode prescrever medicamentos específicos que atuam na redução da reabsorção óssea ou no estímulo à sua formação. A decisão sobre qual tratamento seguir é individualizada.

Novas perspectivas na prevenção

Além das abordagens tradicionais, a pesquisa científica explora novos caminhos para a prevenção da osteoporose. Estudos indicam que certos grupos de bactérias intestinais, como as do tipo Burkholderiales, foram associados a um risco menor de osteoporose pós-menopausa. Essas descobertas abrem portas para o desenvolvimento de futuras estratégias preventivas.

Quando devo procurar um médico?

É recomendado buscar avaliação médica, como de um endocrinologista, reumatologista ou ginecologista, para investigar a saúde óssea nas seguintes situações:

  • Mulheres após a menopausa.
  • Homens acima dos 70 anos.
  • Pessoas que sofreram fratura por baixo impacto.
  • Indivíduos com múltiplos fatores de risco.

Um profissional poderá solicitar a densitometria óssea e, com base nos resultados e no seu histórico clínico, traçar o melhor plano de prevenção e tratamento.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

Bibliografia

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