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Receber um diagnóstico de baixa densidade óssea pode gerar preocupação. Entenda o que cada condição significa e os passos para uma vida saudável.

O resultado do exame de densitometria óssea chega e, com ele, um termo que pode gerar dúvidas: osteopenia. Para muitas pessoas, a palavra soa parecida com osteoporose, criando uma confusão imediata sobre a gravidade da situação. Embora relacionadas, essas duas condições representam estágios diferentes da saúde óssea e exigem abordagens distintas.
Ambas as condições se referem à diminuição da densidade mineral óssea, o que torna os ossos menos resistentes. A principal distinção entre elas está no grau dessa perda. O esqueleto humano está em constante renovação, mas com o envelhecimento, o processo de reabsorção óssea pode superar o de formação, levando ao enfraquecimento.
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A osteopenia é considerada uma condição pré-clínica. Ao contrário da osteoporose, que é uma doença óssea séria, a osteopenia indica baixa massa óssea e não é categorizada como uma doença em si.
Ela indica que sua massa óssea está mais baixa que o ideal para sua idade, mas ainda não atingiu o nível crítico que caracteriza a osteoporose. Funciona como um importante sinal de alerta, mostrando que é hora de adotar medidas para frear a perda óssea e evitar a progressão para um quadro mais grave.
A osteoporose, por sua vez, é classificada como uma doença óssea séria. Nela, a perda de massa óssea é acentuada, fazendo com que os ossos se tornem porosos e extremamente frágeis.
Essa fragilidade eleva significativamente o risco de fraturas, que podem ocorrer mesmo com impactos leves ou durante atividades cotidianas, como tossir ou se abaixar. As fraturas mais comuns associadas à osteoporose ocorrem no quadril, na coluna e no punho.
Esta condição é diagnosticada quando a densidade mineral óssea (DMO) atinge um T-Score de -2,5 ou menos, indicando ossos frágeis e um risco elevado de fraturas. A osteoporose pós-menopausa, por exemplo, é uma forma grave da doença que afeta cerca de 23% das mulheres e 11,7% dos homens.
A forma mais objetiva de diferenciar as duas condições é através dos resultados da densitometria óssea. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu critérios baseados em um índice chamado T-score, que compara a densidade óssea do paciente com a de um adulto jovem e saudável.
Tanto a osteopenia quanto a osteoporose são condições silenciosas, que geralmente não apresentam sintomas até que uma fratura ocorra. Por isso, a investigação ativa através de exames é fundamental, especialmente para grupos de risco.
A densitometria óssea é o exame padrão-ouro para medir a densidade mineral dos ossos. É um procedimento rápido, indolor e não invasivo, que utiliza uma tecnologia de raios-X de baixa dose para avaliar principalmente a coluna lombar e o fêmur, áreas mais suscetíveis a fraturas graves.
O relatório do exame apresentará o T-score. A interpretação é direta:
Algumas pessoas têm maior predisposição a desenvolver baixa massa óssea. Conhecer os fatores de risco é o primeiro passo para uma prevenção eficaz.
Seja para prevenir a osteopenia ou para tratar a osteoporose já instalada, as estratégias se baseiam em pilares semelhantes. A diferença está na intensidade e na possível necessidade de intervenção medicamentosa, sempre definida por um médico.
Uma dieta balanceada é fundamental. O foco deve ser em alimentos ricos em cálcio, o principal mineral da matriz óssea, e em vitamina D, essencial para a absorção do cálcio.
Os exercícios, especialmente os de impacto e de fortalecimento muscular, estimulam a formação óssea. O osso se fortalece em resposta à tração e à carga que os músculos exercem sobre ele.
Toda atividade física deve ser iniciada após avaliação e com orientação profissional para garantir a segurança.
Em muitos casos, apenas a dieta não é suficiente para atingir os níveis adequados de cálcio e vitamina D, sendo necessária a suplementação. Para casos de osteoporose ou osteopenia com alto risco de fratura, o médico pode prescrever medicamentos específicos que atuam na redução da reabsorção óssea ou no estímulo à sua formação. A decisão sobre qual tratamento seguir é individualizada.
Além das abordagens tradicionais, a pesquisa científica explora novos caminhos para a prevenção da osteoporose. Estudos indicam que certos grupos de bactérias intestinais, como as do tipo Burkholderiales, foram associados a um risco menor de osteoporose pós-menopausa. Essas descobertas abrem portas para o desenvolvimento de futuras estratégias preventivas.
É recomendado buscar avaliação médica, como de um endocrinologista, reumatologista ou ginecologista, para investigar a saúde óssea nas seguintes situações:
Um profissional poderá solicitar a densitometria óssea e, com base nos resultados e no seu histórico clínico, traçar o melhor plano de prevenção e tratamento.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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