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O que é bom para gastrite nervosa, como aliviar os sintomas e previnir

Entenda a relação entre suas emoções e o estômago e descubra estratégias eficazes para controlar os sintomas no dia a dia.

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Aquele dia de trabalho intenso, uma reunião estressante ou uma preocupação que não sai da cabeça e, de repente, a queimação no estômago ataca. Se essa cena é familiar, você pode estar vivenciando um quadro de gastrite nervosa, uma condição que ilustra perfeitamente a forte conexão entre mente e sistema digestivo.

Embora o nome seja popular, o termo técnico mais adequado é dispepsia funcional. Trata-se de um desconforto gástrico real, cujos sintomas são intensificados ou desencadeados por fatores emocionais, como estresse e ansiedade. Não é preciso que haja uma inflamação ou ferida visível na parede do estômago, como ocorre na gastrite clássica. 

Além do estresse, refeições gordurosas, horários de alimentação irregulares, sono insuficiente e a falta de atividade física são fatores que podem agravar significativamente esses sintomas.

O que é exatamente a gastrite nervosa?

A gastrite nervosa é um distúrbio funcional do sistema digestivo. Isso significa que, embora os sintomas sejam muito reais e incômodos, não há uma lesão física detectável no estômago através de exames como a endoscopia. A causa está na comunicação entre o cérebro e o intestino, conhecida como eixo cérebro-intestino.

Quando estamos sob estresse ou ansiedade, o corpo libera hormônios como o cortisol. Essas substâncias podem alterar a motilidade gástrica, aumentar a produção de ácido clorídrico e até mesmo tornar o estômago mais sensível à dor, resultando nos sintomas clássicos da condição.

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Quais são os principais sintomas?

Os sinais da gastrite nervosa podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente se manifestam durante ou após picos de estresse. Os mais comuns incluem:

  • Queimação ou dor na parte superior do abdômen;
  • Sensação de estômago cheio logo no início da refeição;
  • Inchaço abdominal e excesso de gases;
  • Azia e eructações (arrotos) frequentes;
  • Náuseas e, em alguns casos, vômitos.

É importante observar que esses sintomas podem ser semelhantes aos de outras condições gástricas. Por isso, a avaliação médica é fundamental para um diagnóstico preciso.

O que é bom para gastrite nervosa?

A dieta desempenha um papel central no controle da gastrite nervosa. O objetivo é nutrir o corpo sem sobrecarregar ou irritar o sistema digestivo. 

Pequenas mudanças nos hábitos alimentares podem fazer uma grande diferença, como comer devagar, mastigar bem os alimentos e evitar refeições muito volumosas.

Alimentos recomendados para acalmar o estômago

Prefira alimentos de fácil digestão. A preparação também importa: cozidos, assados ou grelhados são sempre melhores opções do que frituras. Inclua na sua rotina:

  • Frutas com baixa acidez: banana, maçã, pera e mamão.
  • Legumes e verduras cozidas: abobrinha, chuchu, cenoura e batata.
  • Carnes magras: frango ou peixe grelhados ou cozidos.
  • Cereais integrais: arroz integral e aveia.
  • Laticínios com baixo teor de gordura: iogurte natural e queijos brancos, como o cottage.

Alimentos e bebidas que devem ser evitados

Certos alimentos podem agravar a produção de ácido ou a irritação gástrica. É recomendável reduzir ou eliminar o consumo dos itens a seguir, especialmente durante as crises. Além disso, é importante evitar horários de refeição irregulares, pois isso também pode contribuir para o desconforto.

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O que evitar?

 

Bebidas

Café, refrigerantes, bebidas alcoólicas e sucos cítricos (laranja, limão, abacaxi).

Alimentos gordurosos

Frituras, carnes gordas, embutidos (salsicha, linguiça) e queijos amarelos.

Processados e condimentos

Alimentos ultraprocessados, molhos prontos (ketchup, mostarda), pimenta e temperos industrializados.

Doces

Chocolate, doces com muito açúcar e cremes.

Quais chás e remédios caseiros ajudam no alívio?

Alguns chás são conhecidos por suas propriedades calmantes e digestivas, podendo ser aliados no manejo dos sintomas. Eles funcionam como um complemento às mudanças de estilo de vida e ao tratamento médico, não como substitutos.

As opções mais indicadas são:

  • Chá de camomila: possui ação calmante e anti-inflamatória, ajudando a relaxar os músculos do estômago.
  • Chá de erva-doce: auxilia na redução de gases e no alívio de cólicas.
  • Chá de espinheira-santa: tradicionalmente usada para proteger a mucosa gástrica e diminuir a acidez.
  • Chá de melissa (erva-cidreira): contribui para a diminuição da ansiedade e tem efeito relaxante sobre o sistema digestivo.

Além dos chás, alguns estudos sugerem que óleos de hortelã-pimenta (peppermint) e cominho (caraway) podem ser úteis.

Eles demonstraram potencial para reduzir significativamente o desconforto e melhorar o bem-estar geral em aproximadamente um mês. No entanto, é fundamental que o uso desses óleos seja sempre feito sob orientação de um profissional de saúde.

É recomendável consumir os chás mornos e sem açúcar. Vale lembrar que, mesmo sendo naturais, algumas plantas podem ter contraindicações. Consulte um profissional de saúde antes de iniciar o uso regular.

Como gerenciar o estresse e a ansiedade para controlar as crises?

Tratar a gastrite nervosa exige olhar para além do prato. Como o gatilho é emocional, aprender a gerenciar o estresse é a parte mais importante do tratamento a longo prazo. Ações que acalmam o sistema nervoso central têm impacto direto na saúde do estômago.

Técnicas de relaxamento para o dia a dia

Incorporar pequenas pausas ao longo do dia para relaxar pode prevenir o início de uma crise. Considere práticas como:

  • Respiração diafragmática: inspire lentamente pelo nariz, expandindo o abdômen, e expire devagar pela boca. Repita por alguns minutos. A prática regular dessa respiração lenta e profunda pode aliviar os sintomas da gastrite nervosa, melhorando a tolerância a volumes de alimentos e a qualidade de vida. Além disso, esses exercícios ativam o nervo vago, o que é benéfico para a motilidade e acomodação do estômago.
  • Meditação guiada: aplicativos e vídeos podem oferecer sessões curtas de meditação para iniciantes.
  • Atenção plena (mindfulness): pratique focar sua atenção no momento presente, sem julgamentos, seja observando sua respiração ou saboreando uma refeição.

A importância da atividade física regular

Exercícios físicos moderados são excelentes para reduzir os níveis de cortisol e liberar endorfinas, que promovem o bem-estar. 

A prática de exercícios aeróbicos regulares é fortemente recomendada como uma medida inicial de tratamento para a dispepsia funcional, popularmente conhecida como gastrite nervosa. Atividades como caminhada, ioga, natação ou ciclismo, praticadas de forma consistente, ajudam a regular o humor e, consequentemente, a acalmar o sistema digestivo.

Quando é necessário procurar ajuda médica?

A automedicação e o autodiagnóstico são perigosos. Se os sintomas são persistentes, intensos ou acompanhados de outros sinais de alerta, a busca por um gastroenterologista é indispensável. Procure um médico se você apresentar:

  • Dor que não melhora com as mudanças de hábitos;
  • Perda de peso não intencional;
  • Dificuldade para engolir;
  • Vômitos frequentes ou com sangue;
  • Fezes escuras ou com sangue.

O médico poderá realizar os exames necessários para descartar outras condições e indicar o tratamento mais adequado, que pode incluir medicamentos para controlar a acidez ou melhorar a motilidade gástrica. 

O acompanhamento com um psicólogo ou terapeuta pode ser fundamental para desenvolver ferramentas de enfrentamento para o estresse e a ansiedade.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

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