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Entenda a relação entre suas emoções e o estômago e descubra estratégias eficazes para controlar os sintomas no dia a dia.

Aquele dia de trabalho intenso, uma reunião estressante ou uma preocupação que não sai da cabeça e, de repente, a queimação no estômago ataca. Se essa cena é familiar, você pode estar vivenciando um quadro de gastrite nervosa, uma condição que ilustra perfeitamente a forte conexão entre mente e sistema digestivo.
Embora o nome seja popular, o termo técnico mais adequado é dispepsia funcional. Trata-se de um desconforto gástrico real, cujos sintomas são intensificados ou desencadeados por fatores emocionais, como estresse e ansiedade. Não é preciso que haja uma inflamação ou ferida visível na parede do estômago, como ocorre na gastrite clássica.
Além do estresse, refeições gordurosas, horários de alimentação irregulares, sono insuficiente e a falta de atividade física são fatores que podem agravar significativamente esses sintomas.
A gastrite nervosa é um distúrbio funcional do sistema digestivo. Isso significa que, embora os sintomas sejam muito reais e incômodos, não há uma lesão física detectável no estômago através de exames como a endoscopia. A causa está na comunicação entre o cérebro e o intestino, conhecida como eixo cérebro-intestino.
Quando estamos sob estresse ou ansiedade, o corpo libera hormônios como o cortisol. Essas substâncias podem alterar a motilidade gástrica, aumentar a produção de ácido clorídrico e até mesmo tornar o estômago mais sensível à dor, resultando nos sintomas clássicos da condição.
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Os sinais da gastrite nervosa podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente se manifestam durante ou após picos de estresse. Os mais comuns incluem:
É importante observar que esses sintomas podem ser semelhantes aos de outras condições gástricas. Por isso, a avaliação médica é fundamental para um diagnóstico preciso.
A dieta desempenha um papel central no controle da gastrite nervosa. O objetivo é nutrir o corpo sem sobrecarregar ou irritar o sistema digestivo.
Pequenas mudanças nos hábitos alimentares podem fazer uma grande diferença, como comer devagar, mastigar bem os alimentos e evitar refeições muito volumosas.
Prefira alimentos de fácil digestão. A preparação também importa: cozidos, assados ou grelhados são sempre melhores opções do que frituras. Inclua na sua rotina:
Certos alimentos podem agravar a produção de ácido ou a irritação gástrica. É recomendável reduzir ou eliminar o consumo dos itens a seguir, especialmente durante as crises. Além disso, é importante evitar horários de refeição irregulares, pois isso também pode contribuir para o desconforto.
Alguns chás são conhecidos por suas propriedades calmantes e digestivas, podendo ser aliados no manejo dos sintomas. Eles funcionam como um complemento às mudanças de estilo de vida e ao tratamento médico, não como substitutos.
As opções mais indicadas são:
Além dos chás, alguns estudos sugerem que óleos de hortelã-pimenta (peppermint) e cominho (caraway) podem ser úteis.
Eles demonstraram potencial para reduzir significativamente o desconforto e melhorar o bem-estar geral em aproximadamente um mês. No entanto, é fundamental que o uso desses óleos seja sempre feito sob orientação de um profissional de saúde.
É recomendável consumir os chás mornos e sem açúcar. Vale lembrar que, mesmo sendo naturais, algumas plantas podem ter contraindicações. Consulte um profissional de saúde antes de iniciar o uso regular.
Tratar a gastrite nervosa exige olhar para além do prato. Como o gatilho é emocional, aprender a gerenciar o estresse é a parte mais importante do tratamento a longo prazo. Ações que acalmam o sistema nervoso central têm impacto direto na saúde do estômago.
Incorporar pequenas pausas ao longo do dia para relaxar pode prevenir o início de uma crise. Considere práticas como:
Exercícios físicos moderados são excelentes para reduzir os níveis de cortisol e liberar endorfinas, que promovem o bem-estar.
A prática de exercícios aeróbicos regulares é fortemente recomendada como uma medida inicial de tratamento para a dispepsia funcional, popularmente conhecida como gastrite nervosa. Atividades como caminhada, ioga, natação ou ciclismo, praticadas de forma consistente, ajudam a regular o humor e, consequentemente, a acalmar o sistema digestivo.
A automedicação e o autodiagnóstico são perigosos. Se os sintomas são persistentes, intensos ou acompanhados de outros sinais de alerta, a busca por um gastroenterologista é indispensável. Procure um médico se você apresentar:
O médico poderá realizar os exames necessários para descartar outras condições e indicar o tratamento mais adequado, que pode incluir medicamentos para controlar a acidez ou melhorar a motilidade gástrica.
O acompanhamento com um psicólogo ou terapeuta pode ser fundamental para desenvolver ferramentas de enfrentamento para o estresse e a ansiedade.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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