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Este especialista é a peça central no tratamento de pacientes críticos, coordenando uma equipe completa para garantir o melhor cuidado possível.

A notícia de que um familiar precisou ser internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é sempre um momento de grande apreensão. Nesse ambiente complexo, repleto de equipamentos e termos técnicos, uma figura central se destaca: o médico intensivista. Ele é o especialista que lidera o cuidado do paciente nos momentos mais delicados.
O médico intensivista é um profissional com especialização em Medicina Intensiva, cuja principal característica é a atuação direta na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Sua formação o capacita a cuidar de pacientes em estado de saúde grave, ou que apresentam falência de um ou mais sistemas do corpo, necessitando de suporte artificial para manter as funções vitais.
Pense nele como o maestro de uma orquestra. Dentro da UTI, ele coordena a atuação de diversos profissionais, como enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e outros médicos especialistas, para garantir que o tratamento seja coeso e focado na recuperação do paciente.
A dedicação exclusiva desse profissional na UTI é crucial, pois melhora significativamente a recuperação e a segurança dos pacientes em estado crítico, diminuindo complicações graves e o risco de óbito.
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A responsabilidade deste médico é ampla e exige um conhecimento profundo sobre o funcionamento do corpo humano. Suas funções podem ser divididas em três grandes áreas.
A presença desses profissionais nas UTIs impacta diretamente a vida dos pacientes. Estudos indicam que os médicos intensivistas contribuem para uma redução de 84% na mortalidade hospitalar.
“Apesar de a UTI estar relacionada a um local de pacientes graves, hoje, contamos com os avanços tecnológicos e a especialização de médicos nesse tipo de tratamento, em conjunto com outros fatores, que garantem bons resultados. O índice de mortes na UTI, atualmente, é substancialmente menor que em tempos atrás. Por tudo isto, o paciente grave deve estar internado em uma UTI e ser cuidado por um médico intensivista”, informa o médico intensivista da UTI do Hospital São Domingos, Dr. Rodrigo Azevedo.
A principal tarefa do intensivista é vigiar constantemente os sinais vitais e as funções orgânicas do paciente. Isso é feito com o auxílio de monitores que medem pressão arterial, frequência cardíaca, oxigenação do sangue, entre outros parâmetros. Ele interpreta esses dados para antecipar problemas e intervir antes que se agravem, utilizando recursos como ventilação mecânica e medicamentos para estabilizar o quadro.
O estado de um paciente crítico pode mudar em minutos. Por isso, o intensivista precisa ter raciocínio rápido para tomar decisões assertivas sob pressão. Isso inclui escolher o melhor tratamento, ajustar doses de medicamentos, indicar procedimentos e, em casos mais graves, discutir os objetivos do cuidado com a família.
Nenhum profissional trabalha sozinho na UTI. O médico intensivista é o líder da equipe, integrando as informações e as ações de todos os envolvidos. Ele centraliza a comunicação, garantindo que o plano terapêutico seja seguido por todos e que a família receba informações claras e atualizadas.
A atuação do médico intensivista é necessária em qualquer condição que coloque a vida do paciente em risco iminente. Algumas das situações mais comuns que exigem cuidados intensivos são:
A rotina em uma UTI é dinâmica e imprevisível, mas geralmente segue uma estrutura organizada. O dia começa com a passagem de plantão, onde a equipe que está saindo informa detalhadamente o estado de cada paciente para a equipe que está entrando.
Em seguida, o intensivista lidera o "round" multidisciplinar, uma visita leito a leito para discutir cada caso com enfermeiros, fisioterapeutas e outros profissionais. Durante o dia, ele realiza procedimentos, avalia exames, ajusta tratamentos e, fundamentalmente, conversa com as famílias para explicar a evolução do quadro clínico.
A resposta direta é não. Esta é uma dúvida comum, mas as funções são distintas. O cirurgião é o especialista que realiza o procedimento operatório. O médico intensivista, por sua vez, cuida do paciente antes e, principalmente, depois da cirurgia, gerenciando todas as suas funções vitais para garantir uma recuperação segura.
Embora não realize cirurgias, o intensivista é treinado para executar diversos procedimentos invasivos essenciais na UTI, como a intubação orotraqueal (para conectar o paciente ao ventilador mecânico) e a instalação de cateteres venosos centrais.
A comunicação é um pilar do cuidado na UTI. Ter um familiar internado é angustiante, e a equipe está preparada para dar suporte. Para facilitar a troca de informações, algumas dicas são úteis:
O caminho para se tornar um médico intensivista é longo e rigoroso, o que garante a alta qualificação desses profissionais. Após concluir os seis anos da faculdade de medicina, o médico precisa fazer uma residência médica em uma área de pré-requisito, como Clínica Médica, Anestesiologia, Cirurgia Geral ou Infectologia.
Só então ele pode cursar a especialização em Medicina Intensiva, que tem duração de mais dois anos. Esse treinamento aprofundado o prepara para lidar com a complexidade dos cuidados ao paciente crítico.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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