04/04/2025
Revisado em: 24/04/2025
Diagnóstico é feito por um endocrinologista e requer exames laboratoriais
O hipotireoidismo de Hashimoto é capaz de afetar diversos sistemas do organismo. Ter menos hormônios tireoidianos do que o necessário pode resultar em falta de disposição, esquecimento, dificuldade para evacuar, entre outros problemas.
Tais sintomas podem ser resolvidos com o auxílio de um medicamento, que deve ser prescrito de maneira individualizada ao paciente por um médico endocrinologista.
Os termos hipotireoidismo e tireoidite de Hashimoto são os mais utilizados pela comunidade médica. Então, muita gente pode se perguntar: "Mas o que é hipotireoidismo de Hashimoto?". Trata-se de um termo utilizado pelo público leigo para se referir a uma condição na qual a tireoide produz menos hormônios do que o normal devido a um problema autoimune, chamado tecnicamente de tireoidite de Hashimoto.
O hipotireoidismo pode ser causado por diferentes fatores, sendo a tireoidite de Hashimoto a responsável pela maioria dos casos.
A tireoidite de Hashimoto (também conhecida como tireoidite crônica ou autoimune) é uma doença em que os anticorpos do paciente atacam a glândula tireoide, gerando inflamação, prejudicando as células e, consequentemente, atrapalhando a produção de triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), que são hormônios importantes para o bom funcionamento do organismo.
Ao longo do tempo, a doença progride e a tireoide fica ainda mais danificada, o que geralmente leva ao desenvolvimento de hipotireoidismo. Pacientes com hipotireoidismo apresentam uma menor quantidade de hormônios tireoidianos, que participam de diversos processos no corpo – incluindo metabolismo e crescimento, por exemplo.
O diagnóstico de hipotireoidismo é feito com o auxílio da dosagem de TSH, um exame de sangue cujo intuito é avaliar os níveis do hormônio responsável por controlar a tireoide. Níveis elevados de TSH podem sugerir hipotireoidismo.
Para identificar a tireoidite de Hashimoto, que é a causa mais comum do hipotireoidismo, utiliza-se o exame anti-TIPO, uma dosagem sanguínea capaz de detectar anticorpos que estejam atacando a tireoide.
Os principais sintomas do hipotireoidismo são:
Vale mencionar que hipotireoidismo de Hashimoto costuma ter evolução lenta, podendo demorar anos para se manifestar.
A principal maneira de tratar o hipotireoidismo consiste na reposição hormonal. O medicamento mais comum é a levotiroxina, uma forma sintética do hormônio T4, que é convertida em T3 no organismo, assim substituindo os hormônios que a tireoide não produz em quantidade suficiente.
É fundamental que a dosagem seja individualizada, prescrita de acordo com as particularidades de cada quadro e cada paciente.
Não há cura para a tireoidite de Hashimoto (que é crônica e autoimune). Portanto, o hipotireoidismo de Hashimoto também não pode ser curado em definitivo. Apesar disso, é plenamente possível controlar os sintomas do hipotireoidismo por meio da reposição hormonal e oferecer uma boa qualidade de vida aos pacientes.
De modo geral, pessoas com hipotireoidismo de Hashimoto não precisam seguir uma dieta específica. A orientação mais comum é ter atenção ao iodo: embora seja importante para o bom funcionamento do organismo, ele pode prejudicar a tireoide se for ingerido em excesso. Por isso, é importante ter moderação com o sal de cozinha e alimentos de origem marinha (como peixes, mariscos e algas).
Aos pacientes que desejam orientações mais específicas, recomenda-se procurar um nutricionista ou nutrólogo para que seja elaborado um plano alimentar personalizado.
É recomendável consultar um médico se houver sintomas persistentes como fadiga, ganho de peso sem causa aparente, pele seca, intolerância ao frio e dores musculares. Casos de hipotireoidismo são acompanhados por endocrinologistas, que são especializados em distúrbios hormonais. Esses profissionais estão aptos a avaliar os pacientes individualmente e fechar um diagnóstico, indicando também como deve ser feito o tratamento.
O hipotireoidismo de Hashimoto é capaz de prejudicar várias partes do organismo, pois os hormônios tireoidianos influenciam praticamente o corpo todo. Por isso, pode haver fadiga, constipação intestinal, pele seca, dor muscular, entre outros problemas. Se não for tratado, o hipotireoidismo pode contribuir para o surgimento de complicações como colesterol alto, hipertensão e insuficiência cardíaca.
O hipotireoidismo ocorre quando a tireoide produz menos hormônios tireoidianos do que o normal. Esse quadro pode estar presente desde o nascimento (sendo denominado hipotireoidismo congênito) ou ser desencadeado posteriormente por fatores como tireoidite (inflamação da tireoide), remoção cirúrgica da tireoide, radioterapia e tireoidite de Hashimoto (sendo esta a causa mais frequente). Quando o hipotireoidismo está associado à tireoidite de Hashimoto, pode ser popularmente chamado de hipotireoidismo de Hashimoto.
O principal risco da tireoidite de Hashimoto é resultar no hipotireoidismo. Nessas situações, em que a produção de hormônios tireoidianos é insuficiente, podem surgir problemas como falta de disposição, esquecimento, dificuldade para evacuar, entre outros – daí a importância de tratar pacientes com hipotireoidismo.
Em geral, não se recomenda uma dieta específica a pacientes com tireoidite de Hashimoto. É importante que se mantenha uma alimentação equilibrada e diversificada, baseada em alimentos in natura ou minimamente processados.
Para além disso, é possível que os endocrinologistas peçam atenção ao iodo (que está presente no sal de cozinha e em alimentos de origem marinha), porque, se for consumido em excesso, pode lesionar a tireoide. No entanto, cabe ressaltar que o iodo contribui para o bom funcionamento do organismo e, por esta razão, não é indicado eliminá-lo da dieta, e sim consumi-lo com moderação.
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