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Exames ginecológicos preventivos: sua proteção contra doenças

Consultar o ginecologista regularmente e manter os exames em dia é a melhor forma de cuidar da saúde íntima e detectar precocemente doenças como o câncer do colo do útero.

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Manter uma rotina de exames ginecológicos é uma das atitudes mais importantes para a saúde da mulher. Eles permitem identificar precocemente alterações que, se tratadas a tempo, podem evitar complicações graves, como infecções persistentes, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), infertilidade e até mesmo câncer.

Mesmo sem sintomas, é fundamental realizar consultas periódicas com o ginecologista e seguir o cronograma de exames preventivos de acordo com a idade e o histórico clínico. Afinal, muitas doenças ginecológicas são silenciosas nos estágios iniciais e só aparecem em fases mais avançadas.

Neste artigo, você vai entender quais são os principais exames preventivos, quando eles devem ser realizados e como o acompanhamento ginecológico pode ajudar em todas as fases da vida.

Quais são os principais exames ginecológicos preventivos?

Alguns exames fazem parte da rotina básica de saúde da mulher. Eles ajudam a monitorar o funcionamento do aparelho reprodutor e a detectar possíveis alterações antes que evoluam para quadros mais sérios. 

Veja os principais exames ginecológicos preventivos que as mulheres precisam fazer.

Papanicolau (ou preventivo do colo do útero)

É um dos exames mais conhecidos e importantes para a detecção precoce de lesões precursoras do câncer de colo do útero. 

O Papanicolau coleta células do colo uterino para análise em laboratório e deve ser realizado por todas as mulheres sexualmente ativas, geralmente a partir dos 25 anos. Quando realizado regularmente, pode reduzir em até 80% a mortalidade por esse tipo de câncer.

Exame clínico das mamas

É feito pelo próprio ginecologista durante a consulta, por meio da palpação das mamas e das axilas. 

Esse exame ajuda a detectar nódulos ou alterações suspeitas e deve ser complementado, em algumas faixas etárias, pela mamografia.

Mamografia

É um exame de imagem que identifica alterações nas mamas, como nódulos ou microcalcificações. 

A mamografia é indicada a partir dos 50 anos para todas as mulheres, a cada dois anos, conforme o Ministério da Saúde. Em casos de histórico familiar de câncer de mama, esse rastreio pode começar mais cedo.

Ultrassonografia transvaginal

Embora não seja obrigatória para todas, a ultrassonografia transvaginal pode ser indicada para investigar cólicas intensas, alterações menstruais, miomas, cistos ovarianos e endometriose.

Testes para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)

O rastreio de ISTs como HIV, sífilis, hepatites B e C, clamídia e gonorreia é essencial em determinadas faixas etárias ou diante de comportamentos de risco. Muitas infecções são assintomáticas e só são descobertas em exames de rotina.

Cronograma ideal de exames por faixa etária

O acompanhamento ginecológico deve ser adaptado a cada fase da vida da mulher. 

Veja abaixo uma sugestão de cronograma.

Mulheres dos 13 aos 19 anos

  • Início do acompanhamento ginecológico após a menarca (primeira menstruação)
  • Orientações sobre saúde menstrual, sexualidade e prevenção de ISTs
  • Testes de ISTs, se houver atividade sexual

     

Mulheres dos 20 aos 29 anos

  • Papanicolau a partir dos 25 anos, a cada 3 anos após dois exames anuais normais
  • Exame clínico das mamas anual
  • Testes de ISTs conforme indicação médica

     

Mulheres dos 30 aos 49 anos

  • Papanicolau com regularidade conforme histórico
  • Exame das mamas anual
  • Mamografia a partir dos 40 anos, se houver risco aumentado
  • Ultrassom transvaginal, se houver sintomas ou alterações hormonais

     

Mulheres dos 50 aos 69 anos

  • Mamografia a cada dois anos
  • Papanicolau até os 64 anos, se houver vida sexual ativa
  • Exame clínico das mamas anual
  • Avaliação do climatério e sintomas da menopausa

     

Mulheres acima dos 70 anos

  • Manutenção dos exames conforme orientação médica e condição de saúde
  • Foco em prevenção de osteoporose, incontinência urinária e qualidade de vida

     

Por que manter a rotina mesmo sem sintomas?

Um dos maiores equívocos é acreditar que só é necessário procurar o ginecologista quando há sintomas. Muitas doenças ginecológicas evoluem de forma silenciosa e só são detectadas por meio de exames. 

O câncer do colo do útero, por exemplo, costuma se manifestar apenas em fases avançadas, quando o tratamento é mais difícil.

Além disso, o acompanhamento regular permite avaliar aspectos hormonais, planejar a contracepção ou a gestação com segurança, acompanhar o ciclo menstrual e ajustar tratamentos quando necessário. 

A ginecologia preventiva é uma aliada em todas as fases da vida, desde a adolescência até a pós-menopausa.

Como se preparar para os exames ginecológicos?

Alguns cuidados simples podem ajudar a garantir a precisão dos resultados, especialmente no caso do Papanicolau. 

Veja algumas recomendações:

  • Evite relações sexuais 48 horas antes do exame
  • Não use duchas vaginais, medicamentos ou cremes vaginais nos dias anteriores
  • Se possível, agende fora do período menstrual

     

Já para exames de imagem, como a ultrassonografia, siga as orientações do laboratório ou da clínica. Em caso de dúvidas, o ideal é conversar com o profissional antes da realização do procedimento.

O que fazer quando há alterações nos exames?

Alterações nos exames ginecológicos não significam, necessariamente, um diagnóstico grave. Muitas vezes, os resultados apenas indicam a necessidade de novos exames, de acompanhamento mais próximo ou de pequenos tratamentos, como antibióticos ou antivirais.

O importante é não adiar o retorno ao ginecologista e seguir a conduta médica com responsabilidade. A detecção precoce, mesmo de condições benignas como miomas ou infecções, aumenta a chance de controle e evita agravamentos.

Prevenção é cuidado com o corpo e com a vida

Cuidar da saúde íntima é parte essencial da saúde como um todo. Realizar os exames ginecológicos preventivos com regularidade permite diagnosticar doenças ainda no início e oferece mais tranquilidade para viver bem em todas as fases da vida. Mesmo que não haja sintomas, a prevenção é o caminho mais seguro para evitar problemas no futuro.

Na dúvida, o melhor é sempre conversar com um ginecologista de confiança e manter o acompanhamento em dia.

 

Bibliografia

COE – CENTRO DE ONCOLOGIA E HEMATOLOGIA. Câncer de colo de útero tem cura? COE Rede Carinho, 2024. Disponível em: https://coe.com.br/rede-carinho/blog/cancer-de-colo-de-utero-sao-jose-dos-campos-vale-do-paraiba-litoral-norte-paulista/. Acesso em: 25 jul. 2025.

 PREFEITURA DE SÃO PAULO. Ponto de atenção: mamografia deve ser feita por mulheres de 50 a 69 anos, a cada dois anos. Prefeitura de São Paulo, 2024. Disponível em: https://prefeitura.sp.gov.br/web/saude/w/noticias/308198. Acesso em: 25 jul. 2025.