14/08/2025
Revisado em: 14/08/2025
Consultar o ginecologista regularmente e manter os exames em dia é a melhor forma de cuidar da saúde íntima e detectar precocemente doenças como o câncer do colo do útero.
Manter uma rotina de exames ginecológicos é uma das atitudes mais importantes para a saúde da mulher. Eles permitem identificar precocemente alterações que, se tratadas a tempo, podem evitar complicações graves, como infecções persistentes, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), infertilidade e até mesmo câncer.
Mesmo sem sintomas, é fundamental realizar consultas periódicas com o ginecologista e seguir o cronograma de exames preventivos de acordo com a idade e o histórico clínico. Afinal, muitas doenças ginecológicas são silenciosas nos estágios iniciais e só aparecem em fases mais avançadas.
Neste artigo, você vai entender quais são os principais exames preventivos, quando eles devem ser realizados e como o acompanhamento ginecológico pode ajudar em todas as fases da vida.
Alguns exames fazem parte da rotina básica de saúde da mulher. Eles ajudam a monitorar o funcionamento do aparelho reprodutor e a detectar possíveis alterações antes que evoluam para quadros mais sérios.
Veja os principais exames ginecológicos preventivos que as mulheres precisam fazer.
É um dos exames mais conhecidos e importantes para a detecção precoce de lesões precursoras do câncer de colo do útero.
O Papanicolau coleta células do colo uterino para análise em laboratório e deve ser realizado por todas as mulheres sexualmente ativas, geralmente a partir dos 25 anos. Quando realizado regularmente, pode reduzir em até 80% a mortalidade por esse tipo de câncer.
É feito pelo próprio ginecologista durante a consulta, por meio da palpação das mamas e das axilas.
Esse exame ajuda a detectar nódulos ou alterações suspeitas e deve ser complementado, em algumas faixas etárias, pela mamografia.
É um exame de imagem que identifica alterações nas mamas, como nódulos ou microcalcificações.
A mamografia é indicada a partir dos 50 anos para todas as mulheres, a cada dois anos, conforme o Ministério da Saúde. Em casos de histórico familiar de câncer de mama, esse rastreio pode começar mais cedo.
Embora não seja obrigatória para todas, a ultrassonografia transvaginal pode ser indicada para investigar cólicas intensas, alterações menstruais, miomas, cistos ovarianos e endometriose.
O rastreio de ISTs como HIV, sífilis, hepatites B e C, clamídia e gonorreia é essencial em determinadas faixas etárias ou diante de comportamentos de risco. Muitas infecções são assintomáticas e só são descobertas em exames de rotina.
O acompanhamento ginecológico deve ser adaptado a cada fase da vida da mulher.
Veja abaixo uma sugestão de cronograma.
Um dos maiores equívocos é acreditar que só é necessário procurar o ginecologista quando há sintomas. Muitas doenças ginecológicas evoluem de forma silenciosa e só são detectadas por meio de exames.
O câncer do colo do útero, por exemplo, costuma se manifestar apenas em fases avançadas, quando o tratamento é mais difícil.
Além disso, o acompanhamento regular permite avaliar aspectos hormonais, planejar a contracepção ou a gestação com segurança, acompanhar o ciclo menstrual e ajustar tratamentos quando necessário.
A ginecologia preventiva é uma aliada em todas as fases da vida, desde a adolescência até a pós-menopausa.
Alguns cuidados simples podem ajudar a garantir a precisão dos resultados, especialmente no caso do Papanicolau.
Veja algumas recomendações:
Já para exames de imagem, como a ultrassonografia, siga as orientações do laboratório ou da clínica. Em caso de dúvidas, o ideal é conversar com o profissional antes da realização do procedimento.
Alterações nos exames ginecológicos não significam, necessariamente, um diagnóstico grave. Muitas vezes, os resultados apenas indicam a necessidade de novos exames, de acompanhamento mais próximo ou de pequenos tratamentos, como antibióticos ou antivirais.
O importante é não adiar o retorno ao ginecologista e seguir a conduta médica com responsabilidade. A detecção precoce, mesmo de condições benignas como miomas ou infecções, aumenta a chance de controle e evita agravamentos.
Cuidar da saúde íntima é parte essencial da saúde como um todo. Realizar os exames ginecológicos preventivos com regularidade permite diagnosticar doenças ainda no início e oferece mais tranquilidade para viver bem em todas as fases da vida. Mesmo que não haja sintomas, a prevenção é o caminho mais seguro para evitar problemas no futuro.
Na dúvida, o melhor é sempre conversar com um ginecologista de confiança e manter o acompanhamento em dia.
Bibliografia
COE – CENTRO DE ONCOLOGIA E HEMATOLOGIA. Câncer de colo de útero tem cura? COE Rede Carinho, 2024. Disponível em: https://coe.com.br/rede-carinho/blog/cancer-de-colo-de-utero-sao-jose-dos-campos-vale-do-paraiba-litoral-norte-paulista/. Acesso em: 25 jul. 2025.
PREFEITURA DE SÃO PAULO. Ponto de atenção: mamografia deve ser feita por mulheres de 50 a 69 anos, a cada dois anos. Prefeitura de São Paulo, 2024. Disponível em: https://prefeitura.sp.gov.br/web/saude/w/noticias/308198. Acesso em: 25 jul. 2025.
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