25/08/2025
Revisado em: 25/08/2025
Descobrir a gravidez sem os enjoos e o cansaço que todos comentam pode gerar dúvidas; entenda por que cada gestação é única e quando a ausência de sintomas é perfeitamente normal.
A cena é clássica: o teste de gravidez dá positivo e, junto com a emoção, vem a expectativa por tudo o que está por vir. Você compartilha a notícia e ouve uma avalanche de relatos sobre enjoos matinais, cansaço extremo e desejos incontroláveis. Mas os dias passam e, ao se olhar no espelho, a pergunta surge: "estou grávida e não sinto nada, isso é normal?".
A ausência de sintomas na gravidez está ligada à forma única como cada corpo reage às mudanças hormonais. Os sinais clássicos, como náuseas, sonolência e sensibilidade nos seios, são consequência da elevação do hormônio hCG (gonadotrofina coriônica humana), que se intensifica no primeiro trimestre.
Mas nem todas as mulheres sentem isso da mesma forma. Em algumas, o aumento do hCG acontece mais devagar e o corpo se adapta melhor, o que suaviza ou até elimina os desconfortos. Outras até apresentam sinais leves, mas acabam confundindo com situações comuns, como uma noite mal dormida, uma refeição mais pesada ou cansaço da rotina.
Fatores individuais também pesam. O metabolismo, o nível de sensibilidade hormonal, o estilo de vida, a genética e até o controle do estresse influenciam a intensidade dos sintomas. Por isso, não sentir nada não significa que há algo errado: é apenas uma variação normal da forma como o organismo reage à gestação.
O ponto central é que cada gravidez é única. O que realmente importa é acompanhar a evolução com exames e consultas médicas, já que eles são a garantia de que mãe e bebê estão bem, independente da presença de sintomas.
Essa é uma das maiores fontes de ansiedade e também um mito que precisa ser desconstruído. A intensidade dos sintomas não tem nenhuma relação direta com a saúde ou a “força” da gestação. Uma gravidez cheia de enjoos não é mais saudável do que uma sem enjoos, e vice-versa.
O que acontece é que os sintomas são apenas reações individuais do corpo às mudanças hormonais. Cada organismo reage de uma forma, algumas mulheres sentem desconfortos muito fortes, enquanto outras passam praticamente sem perceber. Isso não significa que o bebê esteja mais ou menos protegido, e sim que o corpo da mãe está reagindo de maneira diferente.
A saúde da gestação é avaliada com base em critérios médicos objetivos, como os níveis hormonais medidos em exames de sangue e os achados do ultrassom. É o ultrassom que confirma a presença do saco gestacional, os batimentos cardíacos do embrião e o seu desenvolvimento adequado ao longo das semanas.
Vale lembrar que fatores externos também influenciam na forma como os sintomas aparecem, como a alimentação, o descanso, o estresse e até a genética. Mas nenhum desses fatores determina a qualidade da gestação de maneira isolada.
Em resumo: sentir muito mal-estar ou não sentir quase nada não é um termômetro da saúde do bebê. O que realmente importa é o acompanhamento médico, porque só os exames conseguem mostrar como a gestação está evoluindo.
A principal orientação é: confie nos seus exames e no seu médico, e não nas comparações. Se o seu teste de gravidez deu positivo e o ultrassom confirmou que a gestação está evoluindo bem, a ausência de sintomas não é um problema, mas sim uma sorte.
Aproveite essa fase para se cuidar, manter uma alimentação saudável e, principalmente, curtir a notícia sem a angústia de "não se sentir grávida". A sua jornada é única. A parceria com a equipe de pré-natal e a realização dos exames no tempo certo são as atitudes que garantem a segurança e a tranquilidade que você precisa.
Referências bibliográficas:
MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasil). Atenção ao pré-natal de baixo risco. Cadernos de Atenção Básica, n. 32. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2012. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf. Acesso em: 20 ago. 2025.
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