04/04/2025
Revisado em: 24/04/2025
Condição é acompanhada por médicos ginecologistas
A endometriose profunda é uma das principais doenças associadas ao aparelho reprodutivo feminino. Ela pode causar cólicas intensas e até incapacitantes, além de outros sintomas que atrapalham o dia a dia.
Por isso, é importante buscar atendimento médico para que se obtenha um tratamento individualizado, capaz de oferecer uma melhor qualidade de vida às pacientes.
A endometriose é uma doença crônica caracterizada pela presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina (ou seja, fora do interior do útero), que gera inflamação nas áreas acometidas.
A endometriose profunda ocorre quando há lesões mais profundas do que 5 milímetros no peritônio (membrana que reveste o interior do abdômen e protege vários órgãos, incluindo aqueles dos sistemas digestório, urinário e reprodutivo). Muitas vezes, esse tipo de endometriose atinge estruturas como intestino e bexiga.
Sintomas endometriose profunda: como identificar a doença
Os sintomas da endometriose profunda podem variar de acordo com o local afetado pela doença. Mas, em geral, as manifestações mais comuns são:
Também pode haver:
Tais sintomas podem estar presentes em outras condições de saúde. Por este motivo, é fundamental consultar um médico ginecologista para obter o diagnóstico correto. Diante da suspeita de endometriose, além de realizar um exame ginecológico, o profissional costuma solicitar exames de imagem complementares, como ultrassom transvaginal com preparo intestinal e ressonância magnética de abdômen e pelve com preparo intestinal.
Entre os tratamentos disponíveis para endometriose profunda, estão medicamentos, adaptações no estilo de vida, terapias e intervenções cirúrgicas.
A abordagem medicamentosa consiste na administração contínua de progesterona isolada ou de anticoncepcionais que combinem progesterona e estrogênio. Essa é uma das principais estratégias terapêuticas, pois a endometriose é estimulada pelo ciclo hormonal da menstruação. E, além dos medicamentos hormonais, podem ser indicados analgésicos.
No âmbito do estilo de vida, é importante aderir a hábitos saudáveis, como praticar atividades físicas com regularidade e ter uma alimentação equilibrada. Quanto às terapias, recomenda-se a realização de fisioterapia pélvica, para fortalecer os músculos do assoalho pélvico e amenizar a dor, e psicoterapia, para cuidar da saúde mental.
Por fim, as intervenções cirúrgicas podem ser indicadas se as abordagens anteriores não surtirem o efeito esperado. O intuito é remover os focos de endometriose para, assim, controlar os sintomas.
A endometriose profunda pode levar a problemas como dores crônicas, distúrbios intestinais, disfunções urinárias e infertilidade. No entanto, nem todas as pacientes apresentam tais complicações: existem diversos graus da doença, que variam conforme a localização, a extensão e a intensidade do problema. De forma geral, um quadro de endometriose profunda pode ser considerado grave quando compromete o funcionamento de algum órgão acometido.
Mulher com endometriose profunda pode engravidar? Entenda as chances
Sim, é possível que mulheres com endometriose profunda engravidem. Porém, a doença pode afetar a fertilidade, porque a presença de inflamação e de aderências é capaz de atrapalhar processos como o encontro do espermatozoide com o óvulo e a implantação do embrião no útero, dificultando a concepção.
Apesar disso, há pacientes que engravidam espontaneamente após o controle da endometriose e há aquelas que obtêm sucesso com tratamentos de reprodução assistida.
A cirurgia pode ser indicada quando há comprometimento da função de um órgão ou quando abordagens mais conservadoras (como medicamentos, terapias e adaptações no estilo de vida) não são capazes de controlar os sintomas da endometriose profunda. A intervenção pode ser feita de maneira minimamente invasiva – por laparoscopia ou cirurgia robótica – e visa remover os focos de endometriose.
A endometriose profunda é uma condição benigna, não havendo evidências consistentes de que as lesões dessa doença se transformem em tumores malignos. Atualmente, os estudos científicos indicam que mulheres com endometriose podem ter um risco um pouco maior para câncer de ovário – mas, mesmo assim, essa não é uma complicação frequente entre as pacientes.
O tratamento mais adequado para endometriose profunda depende das características do quadro e das particularidades de cada paciente – a exemplo da idade e dos planos para engravidar. O ideal é consultar um ginecologista que tenha experiência com casos de endometriose para que este profissional possa fazer uma avaliação individual de cada pessoa e, assim, fornecer orientações específicas sobre medicamentos, terapias, estilo de vida e, se necessário, cirurgia.
A endometriose profunda pode levar a problemas como dores crônicas, disfunções urinárias, distúrbios intestinais e infertilidade. No entanto, nem todas as pacientes apresentam tais complicações. Isso depende da localização, da extensão e da intensidade da doença.
A endometriose pode ser considerada grave quando compromete o funcionamento de algum órgão atingido – como intestino e bexiga.
Não há cura para endometriose profunda. No entanto, as abordagens terapêuticas disponíveis (medicamentos, adaptações no estilo de vida, terapias e intervenções cirúrgicas), quando bem aplicadas, são capazes de oferecer melhor qualidade de vida às pacientes.
Não necessariamente. Essa é uma indicação feita a partir da localização, da extensão e da gravidade da doença. A cirurgia pode ser recomendada quando há comprometimento da função de um órgão ou quando abordagens mais conservadoras não são capazes de controlar os sintomas da endometriose profunda.
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