Dor no ombro direito: fatores de risco e tratamentos indicados

Em muitos casos, a dor no ombro vem acompanhada de sensação de rigidez, inchaço e limitação de movimentos

Uma dor no ombro direito pode dificultar tarefas simples como pegar algo em uma prateleira ou até vestir uma camisa.

Frequentemente, esse desconforto está relacionado a condições como tendinite ou bursite, ou seja, de inflamações nos tendões ou nas bursas da articulação. E estas, por sua vez, podem ser causadas por uma série de fatores. Continue a leitura para conhecer as possíveis origens dessa dor e como buscar alívio.

Quais são os fatores que causam dor no ombro direito?

A dor no ombro direito pode ser resultado de diversas condições, entre as quais se destacam a tendinite e a bursite. E essas duas condições são consequências de fatores subjacentes que levam à inflamação dos tendões e das bursas, respectivamente. Entres eles, podemos destacar:

Lesões por esforço repetitivo: atividades que envolvem movimentos constantes do ombro, como digitar, pintar ou praticar esportes como natação e tênis, podem levar ao desgaste dos tendões e à inflamação das bursas.
Má postura: sentar-se de maneira inadequada, principalmente por longos períodos, pode ocasionar tensão muscular na região do ombro e do pescoço.
Alterações anatômicas: formações ósseas anômalas, como esporões no acrômio, podem provocar atrito nos tendões e bursas, levando a inflamações.
Doenças autoimunes como artrite reumatoide e doenças crônicas como diabetes podem predispor o indivíduo a inflamações nas estruturas do ombro.

Outras possíveis causas para dor no ombro direito são traumas e quedas. Impactos diretos na região podem causar lesões nos ligamentos, tendões ou até fraturas, afetando o ombro direito.

Além disso, com o passar dos anos, o desgaste natural das articulações pode contribuir para o surgimento de dores, sobretudo em pessoas com predisposição genética.

Grupos mais afetados por dor no ombro direito

Embora a dor no ombro direito possa atingir qualquer pessoa, alguns grupos se mostram mais suscetíveis:

Pessoas que ficam muito tempo em frente ao computador ou que realizam tarefas repetitivas tendem a desenvolver tensão na região do ombro;
Trabalhadores manuais que executam atividades que exigem força física e movimentos bruscos ou que passam boa parte do dia com os ombros levantados;
Atletas de modalidades que exigem movimentos repetitivos dos braços, como tênis, natação e vôlei;
Idosos, já que, com a idade, o desgaste natural das articulações é mais evidente, aumentando a incidência de dores e inflamações;
Sedentários, pois a falta de fortalecimento muscular pode sobrecarregar o ombro em atividades simples.

Sintomas frequentes que acompanham a dor

Os sintomas que acompanham a dor no ombro direito podem variar conforme a causa, mas alguns são comuns:

Sensação de rigidez: muitas pessoas relatam que o ombro fica travado, dificultando movimentos simples do dia a dia.
Inchaço e vermelhidão: em casos de inflamação, a região pode apresentar sinais visíveis de inchaço ou até mesmo mudança de cor.
Limitação de movimento: a dor pode fazer com que seja difícil levantar o braço ou realizar movimentos que antes eram simples.
Fraqueza muscular: sensação de que o ombro “não sustenta” o braço.
Estalidos: ruídos ao movimentar a articulação, que podem sugerir lesões em tendões.
Sensação de formigamento: algumas vezes, a dor pode vir acompanhada de uma sensação de formigamento, indicando que há compressão ou irritação dos nervos na região.
Dor irradiada: em alguns casos, a dor no ombro pode se estender até o braço ou até mesmo para as costas.

Como diagnosticar corretamente a dor no ombro direito

Primeiramente, o médico realiza uma anamnese detalhada, perguntando sobre o início da dor, hábitos diários, histórico de traumas e outras condições de saúde. Durante o exame físico, serão avaliados a amplitude dos movimentos, pontos de sensibilidade e possíveis sinais de inflamação ou lesões.

Exames de imagem como raio-X, ultrassonografia e, em alguns casos, ressonância magnética podem ser solicitados para identificar com precisão a causa da dor. E, em situações que envolvem doenças autoimunes ou inflamações sistêmicas, exames de sangue podem ajudar a confirmar o diagnóstico.

Tratamentos conservadores para dor no ombro direito

Na maioria dos casos, condutas mais conservadoras trazem bons resultados. Estamos nos referindo ao “pacote" descanso, gelo, fisioterapia e medicação. Entenda a seguir como essas medidas impactam no alívio das dores.

Repouso e gelo: reduzir atividades que sobrecarregam o ombro e aplicar compressas frias ajuda a controlar a inflamação.
Fisioterapia: exercícios de fortalecimento e alongamento melhoram a mobilidade e aliviam a tensão.
Medicamentos: anti-inflamatórios e analgésicos podem ser prescritos para controle da dor.

Quando a cirurgia é necessária para dor no ombro direito?

Embora os tratamentos conservadores sejam eficazes na maioria dos casos, há situações em que a cirurgia se torna necessária. Confira a seguir alguns exemplos.

Ruptura completa de tendões, comum no manguito rotador;
Fraturas complexas que não se consolidam com imobilização;
Artrose avançada, ou seja, quando a articulação está severamente desgastada.

Além disso, se a dor no ombro direito não melhorar com terapias conservadoras e começar a interferir significativamente na qualidade de vida, a cirurgia pode ser avaliada pelo médico. Cada caso é avaliado individualmente, e a decisão pela cirurgia envolve uma análise detalhada dos riscos e benefícios.

Prevenção de lesões no ombro direito

Em muitos casos, evitar a dor no ombro direito envolve mudanças simples no dia a dia:

Pratique exercícios de fortalecimento com foco nos músculos do ombro e das costas.
Mantenha uma postura adequada. Para isso, ajuste a altura da cadeira e do computador no trabalho, além de prestar atenção extra em movimentos com carga e/ou bruscos que fizeram longo do dia.
Faça pausas durante atividades repetitivas, especialmente se trabalhar com o braço elevado.
Tenha a orientação de um profissional de educação física para praticar esportes - ele vai ensinar como fazer cada movimento de forma correta e monitorar sua evolução.

Dor no ombro direito: cuidados essenciais na recuperação

A recuperação da dor no ombro direito exige cuidados contínuos e um acompanhamento adequado. Durante esse período, é importante:

Seguir as orientações médicas;
Dedicar-se aos exercícios e às sessões de reabilitação;
Evitar atividades que possam causar novas lesões ou agravar a condição;
Monitorar os sintomas.

Caso a dor persista ou se intensifique, é fundamental retornar ao médico para uma reavaliação e possíveis ajustes no tratamento.

Perguntas frequentes

Quando a dor no ombro direito é preocupante?

A dor no ombro direito pode ser considerada preocupante quando persiste por um período prolongado sem sinais de melhora; está associada a um inchaço significativo, vermelhidão ou dificuldade extrema para movimentar o braço; é resultado de um trauma forte, como uma queda ou acidente ou é acompanhada de sintomas como febre ou mal-estar geral. Nesses casos, o mais indicado é buscar orientação médica.

Como aliviar dor no ombro direito?

Para aliviar a dor no ombro direito, o paciente pode aplicar gelo (para reduzir a inflamação), fazer uso de anti-inflamatórios e analgésicos (sempre com orientação médica), investir em fisioterapia - com a orientação de um fisioterapeuto, claro - e dar um tempo para o ombro se recuperar, evitando atividades que possam agravar a lesão.

Como saber se o nervo do ombro está inflamado?

A inflamação dos nervos na região do ombro pode se manifestar com sintomas como formigamento, dormência e uma sensação de “choque” ao mover o braço. Se esses sinais estiverem presentes, é essencial procurar um médico, que pode solicitar exames específicos, como a eletromiografia, para confirmar o diagnóstico e orientar o tratamento adequado.

Quais doenças causam dores no ombro?

Além das lesões e traumas, diversas doenças podem levar à dor no ombro. Algumas das mais frequentes são artrite reumatoide, osteoartrite, tendinite, bursite e lesões do manguito rotador. Cada uma exige um tratamento personalizado, reforçando a importância de buscar um especialista diante de sintomas persistentes.