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Dor embaixo da mama direita: causas comuns e sinais de alerta

A dor localizada abaixo da mama direita pode ter causas musculares, digestivas ou até estar relacionada ao ciclo menstrual, mas também merece atenção quando acompanhada de outros sintomas.

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Sentir dor embaixo da mama direita pode causar preocupação por ser uma região próxima aos seios e ao tórax. Essa dor pode ter origem em diferentes partes do corpo, como músculos, costelas e até órgãos internos. Em alguns casos a dor é provocada por alterações hormonais. 

O que pode ser dor na parte de baixo da mama direita?

Na maioria das vezes, esse tipo de dor está associada a causas benignas e temporárias, como tensão muscular, má postura ou lesões leves. Porém, em alguns casos, esse desconforto pode ter origem em condições que merecem atenção, como alterações nos pulmões, fígado, vesícula ou até mesmo no tecido mamário.

É importante observar a circunstância em que a dor aparece. Se surge após esforço físico, movimento repetitivo ou impacto na região, pode estar relacionada ao sistema musculoesquelético. 

Já quando a dor é persistente ou acompanhada de outros sintomas, é fundamental investigar com um profissional de saúde.

Quais sintomas indicam problema mais sério?

Embora muitas vezes a dor na mama não indique algo grave, alguns sinais podem indicar que é necessário buscar avaliação médica. Entre eles:

  • febre associada à dor;
  • náuseas, vômitos ou alteração no apetite;
  • icterícia (amarelamento da pele e olhos);
  • dor que piora ao respirar profundamente;
  • sensação de aperto no peito;
  • presença de caroços na mama ou axila;
  • perda de peso sem motivo aparente.

Esses sinais podem estar associados a infecções, problemas hepáticos, inflamação na vesícula biliar ou alterações mais complexas, como tumores.

Quando há suspeitas de alterações mamárias, como dor, inchaço ou secreção, é importante investigar a presença de nódulos da mama

Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 90% dos casos de câncer de mama com sintomas clínicos apresentam um nódulo sentido ao toque. Nem todo nódulo é cancerígeno, mas é importante que seja avaliado por um especialista. 

Como saber se a dor é muscular ou na mama?

Diferenciar se a dor é de origem muscular ou está relacionada ao tecido mamário pode ser desafiador sem exames, mas alguns indícios ajudam:

  • Dor muscular: geralmente piora com o movimento, pressão na região ou após atividade física. Pode estar relacionada à postura ou ao uso excessivo de algum grupo muscular.
  • Dor mamária: costuma ter relação com o ciclo menstrual ou alterações hormonais. Em alguns casos, pode vir acompanhada de sensibilidade, inchaço ou presença de nódulos. 

Ainda assim, somente uma avaliação médica e, se necessário, exames de imagem, podem confirmar a causa da dor.

Existe relação com o ciclo menstrual?

Um estudo publicado no SciELO Brasil concluiu que a dor na parte debaixo da mama direita pode ter relação com o ciclo menstrual. Essa dor pode estar associada às variações hormonais, como o aumento do estrogênio e da progesterona, que podem causar inchaço e dor nas glândulas mamárias.

Esse tipo de dor costuma ser bilateral (atingindo ambas as mamas), mas pode ser mais intensa de um lado, dependendo da sensibilidade individual. A dor hormonal geralmente diminui após o início da menstruação.

Se a dor persistir mesmo fora do período menstrual, for localizada apenas em uma região específica ou vier acompanhada de alterações na mama, como secreções, vermelhidão ou nódulos, é indicado buscar orientação médica.

Quando é necessário fazer exames de imagem?

Em casos em que a dor na região das mamas persiste, é intensa ou apresenta sinais de alerta, o profissional de saúde pode solicitar exames de imagem para investigação. 

Os mais comuns são:

  • Ultrassonografia da mama ou da parede torácica: para avaliar a presença de cistos, nódulos ou lesões musculares.
  • Mamografia: indicada principalmente para mulheres acima dos 40 anos ou com histórico familiar de câncer de mama.
  • Ultrassonografia abdominal: quando há suspeita de envolvimento de órgãos internos, como fígado ou vesícula.
  • Raio-x ou tomografia do tórax: se houver suspeita de comprometimento pulmonar ou das costelas.

Esses exames auxiliam na exclusão de causas graves e orientam o melhor tratamento. E, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a mamografia é um dos principais métodos para detectar precocemente o câncer de mama

Que tipo de médico procurar para essa dor?

Caso o problema persista ou esteja associado a outros sintomas, o ideal é procurar inicialmente um clínico geral. Esse profissional pode avaliar o quadro e encaminhar para outros especialistas, conforme necessário.

Dependendo da causa suspeita, os médicos que podem ser envolvidos são:

  • Ginecologista ou mastologista, se houver relação com alterações mamárias ou hormonais.
  • Gastroenterologista, caso haja suspeita de problemas no sistema digestivo.
  • Pneumologista, em casos de dor relacionada à respiração ou pulmões.
  • Ortopedista, quando a dor for claramente de origem muscular ou óssea.

Buscar ajuda médica é fundamental para evitar autodiagnóstico e garantir um cuidado adequado à sua saúde.

A dor na mama pode ser apenas passageira, mas também pode ser o sinal de algo mais sério. Por isso, é importante observar os sinais do corpo e buscar orientação quando houver dúvida.

 

 

Bibliografia

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. Câncer de mama. Brasília: INCA, 2025. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/mama. Acesso em: 25 jul. 2025.

NAZÁRIO, Afonso Celso Pinto; REGO, Mychely Fernandes; OLIVEIRA, Vilmar Marques de. Nódulos benignos da mama: uma revisão dos diagnósticos diferenciais e conduta. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 29, n. 4, p. 185-196, 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbgo/a/WNYzrcNtfVfCYWhRnCpT45m/. Acesso em: 25 jul. 2025.

BRASIL. Ministério da Saúde. Câncer de mama: saiba como reconhecer os 5 sinais de alerta. Brasília: Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/prevencao-ao-cancer/cancer-de-mama-saiba-como-reconhecer-os-5-sinais-de-alerta. Acesso em: 25 jul. 2025.