Revisado em: 17/11/2025
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Disidrose causa bolhas e coceira nas mãos em surtos recorrentes

A disidrose nas mãos é um condição dermatológica que se manifesta através do surgimento de pequenas bolhas que causam coceira. Esses membros são os locais de maior incidência, atingindo cerca de 70% a 80% dos pacientes.
Ela não é contagiosa e se caracteriza por surtos recorrentes, com períodos de melhora e piora.
Com o manejo adequado fica mais fácil controlar a inflamação e reduzir a frequência das crises. Além de manter a pele saudável. Por isso é importante compreender os gatilhos, reconhecer os sinais e buscar orientação médica especializada.
A disidrose nas mãos é classificada como um tipo de eczema, uma inflamação da pele. Não tendo como causa direta problemas nas glândulas sudoríparas. Ela se manifesta nas palmas das mãos e nas laterais dos dedos.
A sua característica mais marcante é o aparecimento das vesículas, pequenas bolhas preenchidas com líquido claro. Elas medem de 1 a 2 mm e podem ser comparadas a grãos de sagu ou tapioca, já que se manifestam de forma agrupada.
As bolhas surgem devido a infiltração de suor entre as células da pele. A disfunção possui uma maior incidência em pessoas entre 20 e 40 anos. Costuma ser autolimitada (se restringindo apenas a um local) e a desaparecer espontaneamente entre uma e três semanas após o seu aparecimento.
A disidrose tem uma natureza recorrente. Ela pode se tornar crônica e impactar nas atividades diárias e profissionais. Por isso é importante a busca por um especialista para tratar do problema.
Receba cuidado especializado e individualizado. Marque sua avaliação médica adequada.
Não existe apenas uma causa para a disidrose nas mãos, que é considerada uma condição multifatorial. Fatores genéticos, ambientais e emocionais influenciam no desenvolvimento do problema.
É geralmente associado a um histórico de outras disfunções alérgicas e dermatológicas, como a rinite, a asma e a dermatite atópica. Costuma ser mais comum em pessoas com a sudorese aumentada nas mãos. O calor e a umidade do verão podem agravar o quadro.
O estresse, a ansiedade e a tensão podem desencadear ou intensificar as crises. Assim como o uso de produtos químicos como detergentes, sabões, solventes e cosméticos.
Alguns medicamentos e infecções causadas por fungos podem ser causas ou fatores para realizar um diagnóstico diferencial e descobrir a real condição. Em alguns pacientes, a sensibilidade a metais (níquel e cobalto), presentes em joias, pode ser um gatilho.
Os sintomas da disidrose nas mãos afeta ambos os membros e tem a coceira e as vesículas como as queixas mais comuns.
As bolhas aparecem subitamente e são pequenas. Em alguns casos mais intensos, elas podem se juntar e formar vesículas maiores. Após a fase aguda, elas secam e a área afetada começa a descamar e ressecar.
A pele pode ficar espessa e com fissuras, sobretudo nos casos crônicos. A coceira quase sempre está presente e pode ser muito intensa. As lesões podem ser dolorosas, principalmente se o indivíduo ficar coçando constantemente ou se houver rachaduras ou infecção secundária.
O diagnóstico é clínico, sendo realizado por um médico dermatologista. Ele observa o histórico clínico do paciente, a recorrência dos episódios e faz o exame dermatológico das lesões.
Os sinais clínicos comuns são os primeiros vistos pelo profissional. Como ela é uma disfunção parecida com outras condições de pele, é preciso fazer o diagnóstico diferencial. Pode ser confundida com psoríase, escabiose, impetigo bolhoso e herpes.
Então pode ser solicitado o exame micológico, para afastar a possibilidade de infecções fúngicas. Caso as lesões não respondam ao tratamento ou quando há dúvida diagnóstica, pode ser realizada uma biópsia.
Para identificar os possíveis alérgenos que estão desencadeando as crises é necessário fazer testes alérgicos.
A doença não possui cura, apenas controle. O tratamento da disidrose nas mãos visa controlar os sintomas, reduzir a inflamação, acelerar a cicatrização e prevenir a recorrência das crises.
O dermatologista observa caso a caso e pode prescrever corticosteroides tópicos, que são a primeira opção para a fase aguda. Cremes ou pomadas com corticoides de alta potência reduzem a inflamação e aliviam a coceira.
Também nessa fase podem ser utilizadas compressas frias ou banhos com soluções antissépticas, como permanganato de potássio e água boricada. Eles são indicados para ajudar a secar as vesículas e acalmar a pele.
Com o objetivo de restaurar a barreira de proteção da pele, é recomendado o uso diário de cremes hidratantes específicos, sem perfume ou álcool. Eles devem ser usados principalmente na fase de descamação.
Em casos resistentes, imunossupressores tópicos como o tacrolimo ou pimecrolimo podem ser indicados. Se o paciente tiver crises graves ou extensas, o médico pode prescrever corticoides via oral para controlar a inflamação.
O alívio da coceira intensa e o controle da resposta alérgica são feitos por meio do uso de antialérgicos.
Sendo identificada os fatores que desencadeiam o processo, é possível realizar a prevenção de crises. Veja a seguir:
Vale adotar hábitos simples, mas eficientes no dia a dia. Com esses cuidados, é possível diminuir consideravelmente a frequência e a intensidade das lesões.
A disidrose nas mãos é uma condição dermatológica controlável com o diagnóstico correto e um plano de tratamento rigoroso. A combinação de cuidados diários com a pele, a identificação e prevenção de fatores desencadeantes, e o acompanhamento dermatológico mantêm a condição sob controle.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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