Revisado em: 17/11/2025
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A artrite e artrose causam dor, mas têm origens distintas: inflamatória e degenerativa

A diferença entre artrite e artrose pode não ser tão clara, pois ambas as condições afetam as articulações e compartilham sintomas como dor e rigidez. Mas elas se diferenciam nas causas, na forma como agem e no impacto que causam no corpo.
A artrite está ligada a processos inflamatórios, que podem atingir outras partes do corpo além da articulação. Já a artrose promove o desgaste natural das articulações ao longo do tempo. Por isso, a busca pelo diagnóstico preciso com um médico reumatologista é ideal para começar o tratamento específico para a doença que está acometendo o indivíduo.
O termo artrite engloba mais de 100 condições que causam danos e inflamação nas articulações e nos tecidos ao redor. Por ser inflamatória, é considerada uma doença sistêmica. Isso significa dizer que ela não afeta apenas as juntas, mas também pode atingir órgãos como os pulmões e coração.
Esse acometimento é mais significativo na artrite reumatoide. O mecanismo da ação da artrite tem início na membrana sinovial, um tecido que reveste as articulações e é responsável pela produção do líquido sinovial. O líquido lubrifica as articulações.
Quando a membrana é afetada, seja por algum processo autoimune (artrite reumatoide), por infecção (artrite séptica) ou por deposição de cristais (gota), ela inflama, incha e fica quente. Se a inflamação crônica não for controlada, leva à destruição ascendente da cartilagem, podendo chegar ao osso.
Falando especificamente da artrite reumatoide, é uma doença crônica e autoimune, na qual o sistema imunológico ataca a própria articulação. As pessoas entre 30 e 50 anos são as mais atingidas pela doença. A artrite também pode ser do tipo psoriática e reativa.
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A artrose, também conhecida como osteoartrite ou osteoartrose, é caracterizada pelo desgaste da cartilagem da articulação, sendo uma doença mecânica e degenerativa. A cartilagem atua como um amortecedor entre os ossos, impedindo o atrito entre eles.
A osteoartrite desgasta a cartilagem, e os ossos podem entrar em contato direto, causando atrito e dor. Em estágios mais avançados, pode levar a deformação da articulação. Ela costuma ser associada ao processo natural do envelhecimento, sendo mais comum após os 60 anos.
Além da idade avançada, outros fatores de risco são traumas anteriores na articulação, fatores genéticos e sobrecarga da articulação devido à obesidade ou atividades repetitivas. Dentre os sintomas está a dor que piora com o movimento e melhora com o repouso.
Pode haver também rigidez matinal de curta duração (menos de 30 minutos) e limitação das funções da articulação.
A principal diferença entre artrite e artrose é a sua natureza: a artrite é inflamatória, já a atetose é degenerativa. A artrose é um tipo de artrite, mas nem toda artrite é uma artrose.
Fazer o diagnóstico correto é fundamental para determinar o tratamento, que são diferentes entre as doenças. O especialista responsável por fazer a avaliação é o reumatologista.
O médico avalia os sintomas, a duração da rigidez matinal, a presença de inchaço e calor e a amplitude de movimento das articulações. A diferença entre artrite e artrose nesse caso, vai ser definida pela presença da dor inflamatória e da dor mecânica.
Para diagnosticar a artrite a ressonância e a ultrassonografia são recomendadas. Esses exames de imagem avaliam a inflamação da membrana sinovial e como estão os tecidos moles.
Na artrite reumatoide, exames de sangue devem ser solicitados. Eles são usados para detectar marcadores inflamatórios e autoanticorpos indicativos de doenças autoimunes.
O raio-x é utilizado para avaliar o grau de desgaste da cartilagem e a presença do bico de papagaio, característico da artrose. Para esses casos não há exames de sangue específicos para detectá-la. Mas eles podem ser usados para descartar outras causas de dor articular.
O tratamento da artrite e artrose é individualizado e depende da causa, do tipo e da gravidade da doença.
Além de retardar a progressão do desgaste, o foco do tratamento é aliviar a dor e melhorar a função da articulação. Podem ser adotadas medidas não farmacológicas como o fortalecimento muscular e a realização de exercícios de baixo impacto (natação ou hidroterapia).
Elas ajudam a estabilizar a articulação sem sobrecarregar a cartilagem. A perda de peso é importante também, pelo mesmo motivo, principalmente para diminuir a sobrecarga sobre as articulações do joelho e quadril.
Medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios são usados para controlar a dor e a inflamação. Devem ser usados com cautela e por tempo limitado, por causa dos riscos de sintomas gastrointestinais e renais.
Suplementos como colágeno e os proteoglicanos podem ser indicados. Assim como a realização de fisioterapia.
Aqui o objetivo é controlar a inflamação e prevenir o dano articular. Então para inflamação aguda podem ser prescritos anti-inflamatórios e corticoides.
A fisioterapia e a terapia ocupacional são essenciais para manter a mobilidade e a função das articulações.
Para a artrite reumatoide especificamente são indicados imunossupressores. Em casos graves, são receitados medicamentos imunobiológicos, drogas avançadas que agem diretamente no alvo que desencadeia a doença.
A diferença entre artrite e artrose pode ser definida da seguinte maneira: a primeira é uma doença inflamatória que ataca a membrana sinovial, e a segunda é uma doença degenerativa causada pelo desgaste da cartilagem. Ambas exigem atenção.
A artrite em especial, requer um diagnóstico precoce e um tratamento agressivo para evitar a destruição articular e o comprometimento sistêmico.
É preciso ficar atento aos sinais de dor e rigidez das doenças e buscar ajuda médica especializada ao menor sinal de persistência dos sintomas. Com o diagnóstico e o tratamento adequados é possível controlar os sintomas e retardar a progressão delas.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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