Resuma este artigo com IA:
Entenda por que essa alteração na secreção vaginal geralmente indica uma infecção e qual o momento certo de buscar avaliação

Notar uma mancha de cor incomum na roupa íntima pode gerar preocupação imediata. O corrimento vaginal é uma função natural e saudável do corpo feminino, mas quando sua cor, cheiro ou consistência se alteram, é um sinal de que algo pode não estar bem.
Primeiramente, é fundamental entender o que é normal. A secreção vaginal fisiológica, ou seja, saudável, costuma ser transparente ou levemente esbranquiçada. Sua consistência pode variar ao longo do ciclo menstrual, tornando-se mais elástica no período fértil, por exemplo.
Esse fluxo é composto por fluidos e células e tem a função de limpar e lubrificar a vagina, protegendo-a contra infecções. Um corrimento normal geralmente não apresenta odor forte nem vem acompanhado de sintomas como coceira ou dor.
Ginecologistas podem acompanhar o tratamento de corrimentos de acordo com o tipo. A Rede Américas possui especialistas renomados atendendo em vários hospitais brasileiros.
Uma secreção de cor verde, verde-amarelada ou acinzentada é um forte indicativo de um processo infeccioso ou inflamatório. O organismo está reagindo a um agente agressor, e a cor resulta da presença de neutrófilos, células de defesa do sistema imunológico.
Corrimentos vaginais anormais são um sintoma comum de inflamação vaginal, conhecida como vaginite. As infecções vaginais mais frequentes que causam corrimento incomum são a candidíase vulvovaginal, a vaginose bacteriana e a tricomoníase.
Corrimentos amarelados ou esverdeados podem indicar a presença de infecções vaginais mistas, ou seja, quando há mais de um tipo de microrganismo causador presente simultaneamente. As causas mais comuns estão listadas abaixo.
Esta é a causa mais comum do corrimento esverdeado. A tricomoníase é uma infecção sexualmente transmissível (IST) provocada pelo protozoário Trichomonas vaginalis.
Esse parasita é um dos principais agentes infecciosos ligados à inflamação vaginal e, quando detectado em grande quantidade, está fortemente associado à condição. Além da cor alterada, o corrimento costuma ser abundante, espumoso (com bolhas) e apresentar um odor forte e desagradável, semelhante ao peixe.
A vaginose bacteriana ocorre devido a um desequilíbrio na flora vaginal, com a proliferação de bactérias como a Gardnerella vaginalis.
Embora o corrimento seja mais classicamente acinzentado, ele pode assumir uma tonalidade esverdeada. O principal sintoma associado é o cheiro de peixe, que se intensifica após a relação sexual ou durante a menstruação.
Outra condição que pode causar corrimento amarelo-esverdeado é a Vaginite Inflamatória Descamativa. Caracteriza-se por um corrimento fino e purulento. Esta infecção pode surgir sozinha ou em conjunto com outras, como vaginose bacteriana ou candidíase, reforçando a ideia de infecções mistas.
Infecções como a clamídia e a gonorreia também podem, em alguns casos, levar a um corrimento purulento de cor amarelada ou esverdeada. Essas condições são sérias e podem levar a complicações graves, como a doença inflamatória pélvica (DIP), se não tratadas corretamente.
A DIP é uma infecção que atinge os órgãos reprodutivos femininos, como útero, trompas e ovários. Geralmente, é uma complicação de ISTs não tratadas. O corrimento esverdeado pode ser um dos sintomas, acompanhado de dor pélvica, febre e dor durante a relação sexual.
Raramente o corrimento esverdeado aparece sozinho. Fique atenta a outros sinais que podem ajudar no diagnóstico médico:
Durante a gestação, qualquer alteração no corrimento deve ser comunicada imediatamente ao obstetra.
Infecções vaginais durante a gravidez, como a tricomoníase e a vaginose bacteriana, estão associadas a riscos aumentados, como parto prematuro e baixo peso do bebê ao nascer. O tratamento é seguro e fundamental para proteger a saúde da mãe e do feto.
A automedicação nunca é uma opção segura. Apenas um ginecologista pode realizar o diagnóstico preciso. Na consulta, o médico fará uma avaliação clínica, que inclui o exame ginecológico especular para observar as características do corrimento e do colo do útero.
Pode ser necessária a coleta de uma amostra da secreção para análise laboratorial. Esse exame identifica o microrganismo causador da infecção, permitindo a indicação do tratamento mais eficaz.
A resposta é simples: sempre que notar um corrimento de cor esverdeada, amarelada ou acinzentada. Não espere o quadro piorar. A avaliação médica é urgente, principalmente se o corrimento vier acompanhado de:
O tratamento correto depende da causa e geralmente envolve o uso de antibióticos ou antiparasitários prescritos pelo médico. Em casos de ISTs, é essencial que o(a) parceiro(a) também seja tratado(a) para evitar a reinfecção.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
KANG, W. T. et al. Qualitative and quantitative detection of multiple sexually transmitted infection pathogens reveals distinct associations with cervicitis and vaginitis. Microbiology Spectrum, 2023. DOI: https://doi.org/10.1128/spectrum.01966-22. Disponível em: https://journals.asm.org/doi/10.1128/spectrum.01966-22. Acesso em: 16 dez. 2025.
LI, H. et al. Mixed vaginitis in the third trimester of pregnancy is associated with adverse pregnancy outcomes: a cross-sectional study. Frontiers in Cellular and Infection Microbiology, 28 mar. 2022. DOI: https://doi.org/10.3389/fcimb.2022.798738. Disponível em: https://www.frontiersin.org/journals/cellular-and-infection-microbiology/articles/10.3389/fcimb.2022.798738/full. Acesso em: 16 dez. 2025.
LI, M. et al. How does gut microbiota affect the vaginitis axis? The mediating role of plasma metabolites. Microbiology Spectrum, 2024. DOI: https://doi.org/10.1128/spectrum.02263-24. Disponível em: https://journals.asm.org/doi/10.1128/spectrum.02263-24. Acesso em: 16 dez. 2025.
LIN, R. et al. Health risk and disease burden of daily hospitalizations for vaginitis due to air pollution: evidence from a heavily-polluted-city in China. BMC Public Health, 29 jul. 2025. DOI: https://doi.org/10.1186/s12889-025-23797-8. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1186/s12889-025-23797-8. Acesso em: 16 dez. 2025.
QI, W. et al. Recent advances in presentation, diagnosis and treatment for mixed vaginitis. Frontiers in Cellular and Infection Microbiology, [S.l.], 02 nov. 2021. DOI: https://doi.org/10.3389/fcimb.2021.759795. Disponível em: https://www.frontiersin.org/journals/cellular-and-infection-microbiology/articles/10.3389/fcimb.2021.759795/full. Acesso em: 16 dez. 2025.
POPULARES EM SAÚDE DA MULHER
Os conteúdos mais buscados sobre Saúde da mulher
O médico prescreveu metronidazol 250 mg e você quer saber para que serve? Explicamos as indicações e cuidados essenciais
Leia maisTestosterona alta em mulheres pode causar acne, queda de cabelo e irregularidade menstrual. Entenda as principais causas e como é feito o diagnóstico
Leia maisAquelas bolinhas incômodas na virilha podem ser foliculite genital. Descubra as causas e veja como tratar e prevenir o problema
Leia mais