04/04/2025
Revisado em: 24/04/2025
Condição provoca movimentos involuntários do corpo e pode alterar a consciência e o comportamento
As convulsões são caracterizadas pela contração involuntária dos músculos, que pode afetar todo o corpo ou apenas uma parte, e é acompanhada por uma mudança repentina na consciência. Isso acontece devido à atividade elétrica anormal e descontrolada no cérebro, provocando sintomas como tremores e perda de consciência, os quais podem variar dependendo da região cerebral afetada.
Convulsões são episódios de atividade elétrica excessiva e irregular no cérebro, que provocam movimentos involuntários e descontrolados do corpo, além de alterações na consciência e no comportamento. Elas podem variar em intensidade, desde movimentos discretos até crises graves, que envolvem perda de consciência.
Essas crises acontecem devido a um desequilíbrio temporário nos neurônios, que são as células nervosas do cérebro. Em condições normais, os neurônios transmitem sinais elétricos de maneira coordenada, mas durante uma convulsão, esses sinais se tornam desorganizados e se espalham de forma anormal.
As convulsões podem ter diversas causas, sendo as principais:
Antes de uma convulsão, algumas pessoas podem apresentar sintomas de alerta, conhecidos como aura, que variam de pessoa para pessoa. Podem surgir sensações físicas, como formigamento, dor de cabeça, tontura, náuseas e contrações musculares.
A pessoa pode sentir ansiedade, medo intenso ou mudanças repentinas de humor. Alterações perceptivas, como flashes de luz, distúrbios no olfato ou paladar, também são comuns. Além disso, podem ocorrer movimentos involuntários em determinadas partes do corpo.
Esses sintomas geralmente acontecem minutos antes da convulsão, mas nem todos os indivíduos com convulsões os experimentam. Caso esses sinais se tornem frequentes, é importante procurar orientação médica.
Não. Nem todas as convulsões são consideradas emergências, mas existem situações em que a ajuda médica imediata é fundamental. A duração da convulsão é um fator importante: se ela durar mais de 5 minutos, é essencial procurar atendimento de emergência, pois convulsões prolongadas podem causar danos cerebrais e outras complicações graves.
Além disso, se uma pessoa tiver várias convulsões seguidas sem recuperar a consciência entre elas, também é uma situação crítica que exige socorro imediato. O mesmo vale para casos em que a pessoa não recobre a consciência após a crise, indicando que algo mais sério pode estar acontecendo.
Casos específicos, como convulsões em pessoas com condições de saúde graves (como doenças cardíacas, respiratórias ou gravidez), também demandam atenção urgente. Se houver lesões durante a convulsão, como quedas ou ferimentos na cabeça, ou se a crise ocorrer pela primeira vez, é importante procurar avaliação médica para identificar a causa e evitar possíveis riscos à saúde.
Tratamentos para convulsões: como controlar o problema
O tratamento para convulsões depende de vários fatores, como a causa, a frequência das crises e o estado geral de saúde do paciente. O objetivo é controlar as convulsões e minimizar seu impacto na vida da pessoa.
Geralmente, os medicamentos anticonvulsivantes são a primeira linha de tratamento. Eles regulam a atividade elétrica no cérebro e ajudam a prevenir as crises.
Além do uso de medicação, adotar hábitos saudáveis é importante para controlar as convulsões. Dormir o suficiente, evitar o consumo excessivo de álcool, manter uma alimentação equilibrada e reduzir o estresse podem ajudar no controle das crises.
Quando os medicamentos não são suficientes, outras opções de tratamento podem ser consideradas. A cirurgia cerebral é indicada para casos em que as convulsões se originam de uma área bem definida do cérebro e não respondem ao tratamento medicamentoso.
Além disso, tratamentos como o estimulador do nervo vago (VNS) ou a estimulação cerebral profunda (DBS) podem ser utilizados para ajudar a reduzir a frequência das crises.
Durante uma crise convulsiva, é essencial agir com calma e seguir algumas orientações para garantir a segurança da pessoa afetada. Abaixo estão os passos de primeiros socorros que devem ser seguidos:
Quando a crise terminar, posicione a pessoa de lado para garantir que as vias aéreas permaneçam abertas e reduzir o risco de aspiração. Dê tempo para a pessoa se recuperar, sem apressá-la a falar ou se mover.
Depois da convulsão, a pessoa pode ficar desorientada e confusa. Permaneça com ela até que esteja totalmente recuperada e segura.
Se as crises recorrentes não forem controladas com medicamentos ou se houver mudanças no padrão das convulsões, como maior frequência ou gravidade, um neurologista deve ser procurado para ajustar o tratamento.
A consulta também é recomendada em casos de fatores de risco como histórico de doenças neurológicas, lesões na cabeça, AVCs ou outras condições que aumentem as chances de convulsões.
Se as convulsões estiverem prejudicando a qualidade de vida, afetando atividades diárias ou gerando preocupações com a segurança, é essencial procurar um especialista.
O diagnóstico correto e o acompanhamento médico são essenciais no tratamento das convulsões, pois ajudam a identificar a causa subjacente e a escolher o tratamento adequado.
Um diagnóstico precoce permite determinar a melhor abordagem terapêutica, enquanto o acompanhamento contínuo garante que o tratamento seja ajustado conforme necessário, especialmente se as convulsões se tornarem mais frequentes ou intensas.
Além disso, o acompanhamento médico contribui para melhorar a qualidade de vida do paciente, oferecendo orientações sobre hábitos saudáveis, como sono adequado e controle do estresse, que podem reduzir a ocorrência de convulsões. Esse processo também garante apoio emocional para o paciente e sua família, facilitando a adesão ao tratamento e o controle a longo prazo das crises.
As convulsões podem ter diversas causas, sendo a epilepsia uma das mais frequentes, caracterizada por episódios recorrentes de atividade elétrica anormal no cérebro.
Outras causas possíveis são lesões na cabeça, como traumatismos cranianos, infecções no sistema nervoso central, como meningite ou encefalite, acidente vascular cerebral, que pode danificar o cérebro, provocando convulsões e ainda desequilíbrios metabólicos, como alterações nos níveis de glicose ou sódio.
Em crianças pequenas, a febre muito alta pode ocasionar convulsões febris, que geralmente não indicam epilepsia.
O consumo de substâncias como drogas ou álcool também pode ser uma causa importante, principalmente em situações de intoxicação ou abstinência.
Os três principais tipos de convulsões são:
Em convulsões generalizadas, pode ocorrer perda de consciência, rigidez muscular seguida de movimentos involuntários, mordida na língua e dificuldade para respirar. Após o episódio, a pessoa pode sentir confusão ou desorientação.
Já nas convulsões focais, os sinais podem envolver movimentos involuntários em uma área específica do corpo, alterações sensoriais (como formigamento) e mudanças no comportamento ou percepção.
Nas convulsões mioclônicas, ocorrem movimentos rápidos e repentinos de músculos, geralmente em uma ou mais partes do corpo.
Quando uma convulsão pode levar à morte?
As convulsões raramente causam morte, mas algumas condições podem aumentar o risco de complicações graves. O status epilepticus é uma emergência médica em que a pessoa tem convulsões prolongadas ou contínuas, o que pode levar a danos cerebrais e até à morte se não tratado rapidamente.
Outro risco é o afogamento ou asfixia, já que a pessoa pode cair na água ou engasgar durante a convulsão, o que pode ser fatal se não houver socorro imediato. Lesões graves também podem ocorrer, como quedas ou batidas, que podem resultar em ferimentos fatais.
Além disso, as convulsões podem afetar a função cardíaca, causando arritmias ou até parada cardíaca, o que, embora raro, pode ser fatal. A monitoração e o tratamento adequados são essenciais para minimizar esses riscos.
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