Revisado em: 04/12/2025
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A esteatose hepática é comum e pode evoluir silenciosamente; o estilo de vida é o principal fator de risco da doença

A esteatose hepática, conhecida popularmente como gordura no fígado, é uma condição de saúde que atinge cerca de 30% da população brasileira, segundo informações do Jornal da USP.
Silenciosa e progressiva, ela se tornou uma epidemia global. É considerada uma manifestação hepática da síndrome metabólica. A progressão da doença pode levar a complicações graves, como cirrose e câncer hepático.
Por isso, saber como tratar gordura no fígado se torna fundamental para estacionar e regredir a doença. O tratamento passa pela alimentação saudável e a prática regular de exercícios físicos.
A esteatose hepática é um distúrbio caracterizado pelo acúmulo exagerado de gordura (triglicérides) no interior das células do fígado, os hepatócitos. Embora seja normal que o fígado tenha alguma gordura, a condição é diagnosticada quando mais de 5% das células hepáticas são compostas por gordura.
O órgão é vital, sendo responsável por mais de 500 funções importantes para o organismo. Quando está sobrecarregado pelo excesso de gordura por tempo prolongado, pode inflamar e gerar problemas graves.
Dentre eles estão a esteato-hepatite, a fibrose e a cirrose. Em casos extremos pode evoluir para insuficiência hepática e câncer.
A condição é classificada em graus, de acordo com a quantidade de gordura acumulada: grau 1 (leve), grau 2 (moderada) e grau 3 (acentuada). A gravidade não está apenas ligada ao grau de acúmulo, mas também a presença de inflamação e fibrose.
Ela pode ser dividida em dois tipos principais: alcoólica e não alcoólica. Como o próprio nome já diz, a alcoólica é causada pelo consumo exacerbado e prolongado de bebidas alcoólicas. Já o outro não está relacionado ao álcool, mas sim a fatores metabólicos e de estilo de vida.
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A gordura no fígado não alcoólica está intimamente ligada ao estilo de vida e as condições metabólicas. Por isso o excesso de peso, a má alimentação e o sedentarismo são considerados os principais vilões.
A esteatose hepática costuma ser uma manifestação hepática da síndrome metabólica, um conjunto de condições que aumentam o risco de doenças cardiovasculares e diabetes. Dentre as causas e fatores de risco mais comuns estão a obesidade e o sobrepeso, principalmente a gordura abdominal.
Ela pode ser até 60% mais prevalente em pacientes diabéticos. Os níveis elevados de colesterol e triglicérides no sangue também predispõem a gordura no fígado. Assim como a pressão alta, o sedentarismo e a má nutrição.
A perda de peso brusca, a gravidez, as hepatites B e C, fatores genéticos e o uso prolongado de certos medicamentos como o corticoide também deixam o indivíduo mais suscetível.
É importante mencionar que mesmo para quem não tem o tipo alcoólico, o consumo de álcool deve ser evitado. O álcool não deve ser ingerido para evitar sobrecarregar o fígado.
Em sua fase inicial a gordura no fígado costuma ser silenciosa. A ausência de sintomas específicos faz com que o diagnóstico muitas vezes seja realizado por meio de exames de rotina, como a ultrassonografia.
À medida que a doença evolui e o fígado começa a inflamar, alguns sinais podem surgir. Um sinal muito comum é o cansaço excessivo ou exaustão precoce ao fazer exercícios físicos. Além de:
Em estágios mais avançados, que indicam insuficiência hepática, os sintomas se tornam mais graves. O paciente pode apresentar icterícia (pele e olhos amarelados), ascite (acúmulo de líquido no abdômen), confusão mental e hemorragias.
A resposta mais direta para a questão sobre como tratar gordura no fígado é que não existe um medicamento específico para eliminar a gordura sobressalente. O tratamento é determinado pela causa da doença e se baseia na mudança de hábitos e estilo de vida.
A perda de peso é o fator mais importante para a regressão do fígado gorduroso. A perda de 5% a 10% do peso corporal já é capaz de trazer benefícios consideráveis e promover uma melhora do quadro.
Dietas radicais que resultam em emagrecimento rápido são desaconselhadas, pois podem provocar a piora do quadro clínico.
A dieta diz muito sobre como tratar a gordura no fígado. Ela é muito importante para reverter o quadro. É preciso priorizar a ingestão de frutas, legumes e verduras, além de grãos integrais como aveia, quinoa e arroz integral.
As proteínas magras (peixes, carnes brancas, ovos) devem ser preferidas, assim como as gorduras boas (azeite de oliva, abacate, oleaginosas). Os alimentos ricos em colina e betaína também devem fazer parte da reeducação alimentar: beterraba, espinafre e soja.
O consumo de café sem adição de açúcar também pode ser um aliado, ajudando a diminuir a inflamação. Açúcar, gordura saturada e trans (carnes gordurosas, frituras), embutidos e ultraprocessados, bebidas alcoólicas e carboidratos refinados devem ser evitados.
A prática regular de exercícios físicos é indispensável, e deve ser feita em conjunto com a alimentação balanceada. Juntos eles podem levar à regressão da esteatose hepática. A atividade física também ajuda a controlar a síndrome metabólica e a resistência à insulina.
De acordo com o jornal ‘O Globo’, um estudo publicado no periódico Endocrinology, Diabetes e Metabolism trouxe uma descoberta relevante sobre como tratar a gordura no fígado: o magnésio.
Os pesquisadores observaram que o aumento da ingestão desse mineral pode reduzir significativamente os níveis de colesterol. Os níveis de colesterol estão ligados ao acúmulo de gordura.
O magnésio atua regulando o metabolismo de glicose e lipídios. Ele possui um efeito anti-inflamatório, o que contribui para a recuperação do tecido hepático.
O mineral pode ser encontrado em alimentos acessíveis, como vegetais folhosos verdes (espinafres, couve), oleaginosas (nozes, amêndoas), leguminosas (feijões, lentilhas) e grãos integrais.
A esteatose hepática é uma doença que pode regredir com bons hábitos de saúde. A conscientização e o comprometimento com o tratamento são fundamentais.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE – MS. Esteatose hepática. BVSMS, [s.d.]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/esteatose-hepatica/. Acesso em: 02 dez. 2025.
UOL VIVA BEM. Quem são os vilões da gordura no fígado e o que fazer para eliminá-la. UOL, 26 nov. 2025. Disponível em: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2025/11/26/quem-sao-os-viloes-da-gordura-no-figado-e-o-que-fazer-para-elimina-la.htm. Acesso em: 02 dez. 2025.
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TRIBUNA DE MINAS. Estudo aponta mineral eficaz para combater fígado gorduroso e melhorar saúde. Tribuna de Minas, [s.d.]. Disponível em: https://tribunademinas.com.br/colunas/maistendencias/estudo-aponta-mineral-eficaz-para-combater-figado-gorduroso-e-melhorar-saude/. Acesso em: 02 dez. 2025.
O GLOBO. Magnésio: novo estudo mostra que o mineral ajuda a combater o fígado gorduroso; veja em que alimentos consumi-lo. O Globo, 01 dez. 2025. Disponível em: https://oglobo.globo.com/saude/noticia/2025/12/01/magnesio-novo-estudo-mostra-que-o-mineral-ajuda-a-combater-o-figado-gorduroso-veja-em-que-alimentos-consumi-lo.ghtml. Acesso em: 02 dez. 2025.
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