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Buscar atendimento médico imediato é essencial diante de suspeita de abortamento
De acordo com o Manual MSD, cerca de 10% a 15% da gestações resultam em aborto espontâneo e mais de 80% destes acontecem nos três primeiros meses. Isso mostra que ele é bastante comum, principalmente no início da gestação.
As causas deste tipo de aborto são desconhecidas na maioria das vezes, mas podem acontecer por alguma anomalia no desenvolvivemento do feto ou por problemas de saúde da gestante, como infecções ou uso de substâncias.
O aborto espontâneo é mais propício de acontecer em gestações de alto risco, quando a gravidez oferece risco de saúde para mãe e/ou feto ou bebê. Os sintomas indicativos envolvem principalmente sangramento e cólica.
O aborto espontâneo é caracterizado pela perda do feto antes das 20 semanas de gestação. Ele pode ser precoce, se ocorrer antes das 12 semanas ou pode ser tardio, quando ocorre entre 12 e 20 semanas.
Por ser comum a sua ocorrência no terceiro trimestre, muitas mães optam por comunicar sobre a gestação apenas depois desse tempo, já que é um período de maior risco.
Estudos divulgados no The Lancet mostram que pelo menos uma em cada dez mulheres vai ter a gravidez interrompida por causa de aborto e anualmente ocorrem 23 milhões de abortos espontâneos em todo o mundo.
É normal se perguntar: “como saber se estou abortando no início da gravidez?”, mas é preciso observar alguns sinais e sintomas que podem ser indicativos de que a perda da gravidez está acontecendo: sangramento, cólica e coágulos. O padrão do sangramento é variável, e o sangue pode ser vermelho-vivo ou escuro.
Esses são sinais e sintomas clássicos, aqueles mais comuns. No entanto, existem outros que podem ocorrer e são menos comuns, são mais sutis como a redução no inchaço dos seios, desaparecimentos de enjoos e o desaparecimento espontâneo de sinais e sintomas já observados no início da gestação.
Na maioria dos casos a causa do aborto espontâneo é desconhecida. Quando se tem conhecimento da causa, sabe-se que as doenças genéticas são os fatores mais relevantes. Elas são as principais responsáveis pelos abortos espontâneos entre a 10º e 11º semana de gravidez, entre mulheres menores de 20 anos de idade ou com 35 anos ou mais.
Além desses fatores, miomas, infecções virais, diabetes e doenças autoimunes também podem induzir a perda espontânea da gestação.Traumas como quedas também são um fator importante, assim como o uso de drogas, alcoolismo, tabagismo e estresse crônico.
A idade materna também influencia. A probabilidade de abortamento aumenta significativamente conforme o aumento da idade da gestante. De acordo com artigo publicado no American College of Obstetricians e Gynecologists, mulheres de 20 a 30 anos têm uma probabilidade de 9% a 17%.
Já a probabilidade em mulheres de 35 anos é de 20%, e aumenta expressivamente aos 40 anos, chegando a uma taxa de 40%. Aos 45 anos a possibilidade de ter um aborto espontâneo é ainda maior, chegando a 80%.
O sangramento, por exemplo, é um indicativo forte de que esteja ocorrendo um aborto espontâneo, mas ele também é algo normal de ocorrer no início da gestação.
Em estudo mencionado pelo Manual MSD, realizado com mais de 4.500 mulheres que estavam no início da gestação, o sangramento ocorreu em aproximadamente 25% das gestações no primeiro trimestre. Desse grupo, 13% não resultou em aborto espontâneo.
Dor ou pressão pélvica também são sintomas comuns da gestação que não necessariamente representam aborto espontâneo, já que está havendo o crescimento do útero. Eles também podem ser indicativos de outras condições como a infecção do trato urinário.
Caso haja a desconfiança de que está acontecendo um aborto, com sangramento, cólica ou com redução de sintomas sentidos anteriormente, por exemplo, se faz necessário buscar uma emergência.
Isso é necessário porque para ter certeza de que houve realmente a perda da gestação o médico precisa avaliar. Devem ser realizados procedimentos como a ultrassonografia transvaginal, o exame pélvico e exame de sangue para medir o quantitativo de hCG (gonadotrofina coriônica humana).
Fazer essa medição através do beta-hCG é importante, já que existe um quantitativo de gonadotrofina específico para cada idade gestacional.
Depois de pensar: “como saber se estou abortando no início da gravidez?” e identificar possíveis sintomas de abortamento, buscar uma avaliação médica também é importante porque alguns sintomas de aborto espontâneo são iguais aos de outras complicações menos graves durante a gestação.
Então, entender como saber se estou abortando no início da gravidez envolve atenção aos sinais do corpo, conhecimento sobre os fatores de risco e, principalmente, a busca rápida por orientação médica diante de qualquer suspeita.
Embora sintomas como sangramento e cólicas sejam comuns nesse período, eles não significam necessariamente um aborto espontâneo, por isso a avaliação profissional é indispensável para esclarecer o quadro e garantir a segurança da mãe e do bebê.
É fundamental lembrar que o aborto espontâneo pode acontecer mesmo em gestações saudáveis e que, na maioria dos casos, não está relacionado a algo que a gestante tenha feito ou deixado de fazer.
Por isso, além do acompanhamento médico adequado, oferecer acolhimento emocional à mulher nesse momento é tão importante quanto o cuidado físico.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
MSD MANUAL. Distúrbios do início da gestação: aborto espontâneo [versão profissional]. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/dist%C3%BArbios-do-in%C3%ADcio-da-gesta%C3%A7%C3%A3o/aborto-espont%C3%A2neo. Acesso em: 26 set. 2025.
MSD MANUAL. Aborto espontâneo [versão “Casa / público leigo”]. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/dist%C3%BArbios-do-in%C3%ADcio-da-gesta%C3%A7%C3%A3o/aborto-espont%C3%A2neo. Acesso em: 26 set. 2025.
REVISTA CRESCER. Aborto espontâneo: o que é e como identificar os sinais. Revista Crescer, 2023. Disponível em: https://revistacrescer.globo.com/google/amp/gravidez/saude-bem-estar/noticia/2023/08/aborto-espontaneo-o-que-e-e-como-identificar-os-sinais.ghtml. Acesso em: 26 set. 2025.
AMERICAN COLLEGE OF OBSTETRICIANS AND GYNECOLOGISTS (ACOG). Practice Bulletin – Early Pregnancy Loss, 2018. Disponível em: https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/practice-bulletin/articles/2018/11/early-pregnancy-loss. Acesso em: 26 set. 2025.
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