Revisado em: 15/10/2025
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A maioria dos bebês começa a engatinhar entre 7 e 10 meses
O desenvolvimento motor e cognitivo durante o primeiro ano de vida é uma jornada intensa e de muitas descobertas para pais e cuidadores. A conquista da mobilidade, que se inicia com o rolar e o sentar, resulta em uma das etapas mais esperadas: engatinhar. Para muitos pais, a dúvida central é como ajudar o bebê a engatinhar de forma segura, respeitando o ritmo individual da criança.
Engatinhar é um marco importante do desenvolvimento infantil. O ato simboliza o primeiro passo rumo à independência, estimulando habilidades essenciais para o crescimento físico, cognitivo e emocional.
Essa fase fortalece os músculos, melhora a coordenação e desperta a curiosidade natural da criança sobre o ambiente ao redor. Compreender quando esse processo ocorre, como estimulá-lo e quais cuidados tomar é fundamental para garantir que o bebê avance de forma saudável e segura nessa etapa tão especial.
O período em que o bebê inicia o movimento de engatinhar é variável, mas geralmente ocorre entre os 7 e 10 meses de idade. O bebê começa a engatinhar de acordo com seu nível de amadurecimento do desenvolvimento motor.
A partir dos 3 meses o bebê começa a sustentar a cabeça, tendo o controle cervical. Entre os 5 e 6 meses ele começa a sentar, passando a ter o controle do tronco e equilíbrio.
Entre os 7 e 10 meses de idade, o bebê passa a ter o controle de força nos braços e pernas. É necessário que os braços e as pernas estejam fortes o suficiente para sustentar o tronco e elevá-lo do chão.
Nem todos os bebês engatinham antes de andar, podendo pular essa fase por variações fisiológicas. Mas por ser um ato saudável, o engatinhar deve ser encorajado antes do início da marcha.
A chave para saber como ajudar o bebê a engatinhar reside no estímulo constante e no respeito ao tempo da criança. A superestimulação e a pressão excessiva devem ser evitadas, pois podem gerar associações negativas.
É importante respeitar o tempo do bebê, já que ele só irá engatinhar quando a sua musculatura e equilíbrio estiverem maduros para a ação.
Permitir que o bebê passe tempo no chão é um dos principais incentivos. Utilizar tapetes, tatames ou cobertores para criar uma superfície confortável e segura, possibilitando a livre movimentação e o fortalecimento muscular.
Colocar o bebê de bruços, sempre sob supervisão, é outro ponto importante. Bebês com mais de 6 meses podem ficar de 20 a 30 minutos nessa posição, fortalecendo os músculos necessários para engatinhar.
Espelhos e objetos coloridos podem ativar a curiosidade natural da criança, sendo um incentivo a se mover em direção a eles.
Além de criar o ambiente propício, existem exercícios lúdicos que podem fazer parte da rotina para incentivar o movimento e ensinar como ajudar o bebê a engatinhar. São eles:
Falando sobre o primeiro, o ato de engatinhar com o bebê serve como um bom exemplo e encorajamento para o pequeno. Já manter os objetos que despertam o interesse dele longe, vai exigir que ele se desloque de onde está para alcançá-lo.
No cercadinho lúdico, uma área delimitada e confortável como um tapete, a criança deve ser estimulada a se movimentar dentro desse espaço. Conforme o bebê ganha habilidade, é podem ser colocados pequenos obstáculos no caminho, como almofadas, caixas ou travesseiros, transformando o engatinhar em uma brincadeira de superação.
Depois de um tempo que já esteja engatinhando, posicionar brinquedos em locais um pouco mais altos como incentivo a se apoiar e ficar de pé é algo que pode ser feito.
O uso de andadores é contraindicado pela Sociedade Brasileira de Pediatria. O acessório pode atrapalhar o desenvolvimento da musculatura e do equilíbrio, além de aumentar significativamente o risco de acidentes e quedas.
A fase em que o bebê começa a engatinhar marca o início da exploração ativa do ambiente, exigindo atenção redobrada dos pais para prevenir acidentes domésticos. Durante esse momento, ele nunca deve ficar sem a supervisão de um adulto.
É imprescindível proteger quinas de móveis, tomadas e fios soltos. Protetores plásticos ou de silicone são úteis, mas seu uso deve ser temporário e acompanhado de supervisão, já que o bebê pode retirar e levar à boca.
Dentre os cuidados com a segurança do ambiente também está a retirada de pequenos objetos do chão, para prevenir o risco de engasgo.
Para a prevenção de queda, os pais podem instalar grades em escadas e na porta de cômodos perigosos, como cozinhas e quintais, assim como manter o colchão do berço abaixado.
É importante também manter a criança longe de locais com água, pois apenas 5 cm de profundidade são suficientes para um afogamento.
O engatinhar é um meio de locomoção primário e uma etapa que oferece benefícios profundos para o desenvolvimento integral do bebê.
O ato de engatinhar fortalece os músculos da cabeça, pescoço, braços, costas e pernas, sendo a base para habilidades motoras futuras.
Ele ajuda a desenvolver movimentos maiores, essenciais para andar e correr, e fortalece os músculos menores das mãos e dedos (coordenação motora fina), importantes para tarefas como escrever e pegar objetos.
A coordenação olho-mão, com o direcionamento da atenção e execução de tarefas com as mãos, é estimulada ao máximo durante o engatinhar. Esse ato também é um requisito físico fundamental para a criança ganhar confiança e equilíbrio para a próxima fase, o andar.
O movimento de olhar ao longe e, em seguida, voltar para as mãos enquanto engatinha treina a visão de perto e de longe, ajudando a criança a dar sentido ao que vê.
O engatinhar tem um impacto significativo no cérebro do bebê, estimulando o funcionamento dos dois hemisférios cerebrais (direito e esquerdo).
Ele passa a ter uma compreensão espacial maior e crescente quando começa a se deslocar. Começa a entender sua posição no ambiente e a calcular distâncias, habilidades vitais para a resolução de problemas e a autopreservação.
A nova independência conquistada ao engatinhar desenvolve um senso de confiança. O bebê aprende a interagir com o ambiente, a assumir riscos calculados e a tomar decisões sobre qual trajeto seguir ou como superar obstáculos.
É fundamental que os pais e cuidadores observem o desenvolvimento do bebê, mas sem ansiedade. Cada criança tem seu próprio ritmo.
Alguns sinais podem indicar a necessidade de buscar orientação de um profissional, como um pediatra ou neurologista pediátrico. O recomendando é que os pais recorram a um especialista se houver um atraso de mais de dois meses em qualquer uma das etapas do desenvolvimento motor.
Se o bebê não demonstrar interesse em se mover ou engatinhar por volta dos 11 meses, é indicado avaliar o histórico e os outros marcos de desenvolvimento.
O acompanhamento pediátrico regular é a melhor forma de garantir que o desenvolvimento motor do bebê esteja dentro do esperado, oferecendo a tranquilidade de que a criança está crescendo de forma saudável e no seu próprio tempo.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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