27/08/2025
Revisado em: 28/08/2025
Identifique os sinais da baixa autoestima e entenda como esse problema pode impactar sua vida pessoal, profissional e emocional.
Nem sempre a falta de autoestima se apresenta de forma explícita. Em muitos casos, ela se disfarça daquela autocrítica constante, de uma dificuldade de se posicionar ou aquela sensação incômoda de não ser “boa o suficiente”, seja no trabalho, nas relações ou até nos próprios pensamentos. Por isso que reconhecer os sintomas da baixa autoestima é o primeiro passo para romper ciclos de autossabotagem e buscar formas mais saudáveis de se enxergar.
É comum associar autoestima apenas à aparência, mas ela vai muito além disso. Ter autoestima é acreditar no próprio valor, se respeitar, confiar em suas decisões e entender que errar não te define. Já a baixa autoestima pode comprometer não só sua relação consigo mesma, mas sua saúde mental, sua produtividade e até sua imunidade.
Autoestima é a forma como você se percebe, se valoriza e se trata. Ela é construída ao longo da vida e pode ser influenciada por experiências na infância, relações afetivas, vivências no ambiente escolar, profissional e social.
Mas ela pode ser abalada por críticas constantes, traumas, relacionamentos abusivos, pressões estéticas, falhas repetidas, rejeições ou pela simples falta de reconhecimento.
Ter uma autoestima saudável não significa se sentir bem o tempo todo, mas sim saber quem você é, mesmo nos dias difíceis.
Os sintomas da baixa autoestima nem sempre aparecem de forma clara. Às vezes, eles se misturam ao cansaço do dia a dia ou são confundidos com traços da personalidade. Mas quando se tornam frequentes e começam a limitar sua vida, merecem atenção.
Veja alguns sinais que podem indicar baixa autoestima e que, muitas vezes, passam despercebidos.
Você se cobra por tudo. Se comete um erro pequeno, se julga duramente. Tem dificuldade de aceitar elogios e, quando os recebe, tende a desmerecê-los ou desconfiar da intenção. A voz interna é mais punitiva do que acolhedora.
A simples ideia de ser observada, avaliada ou exposta causa desconforto. Você evita dar sua opinião, tem medo de falar em público, se sente insegura ao tentar algo novo. Às vezes, prefere “errar calada” do que correr o risco de errar sendo vista.
Você sente que não confia no seu próprio julgamento. Pensa demais, analisa demais, sempre esperando que alguém valide sua escolha. Quando decide, muitas vezes se arrepende, mesmo sem motivo concreto.
É comum se comparar com outras pessoas e quase sempre sair perdendo na comparação. Você acredita que os outros são mais bonitos, mais competentes, mais bem resolvidos. E isso mina sua confiança, mesmo sem provas reais.
A baixa autoestima pode levar ao afastamento. Você evita encontrar amigos, sente que está “chata” ou que não tem assunto. Prefere não sair para não se sentir deslocada. Isso cria um ciclo de solidão que só reforça a sensação de inadequação.
Aceitar migalhas emocionais, permanecer em relações que machucam ou sempre se colocar em segundo plano também são sintomas comuns. Quem tem baixa autoestima, muitas vezes, sente que precisa “merecer” o carinho e a atenção do outro e, por isso, tolera o que não deveria.
Negligenciar sua saúde, deixar de lado hábitos que te fazem bem, não se alimentar direito, dormir mal, não olhar para si com gentileza, tudo isso pode estar ligado a uma ideia inconsciente de que “você não merece”. E isso pesa.
Se você se identificou com alguns desses sinais e sente que eles estão afetando sua vida pessoal, emocional ou profissional, é hora de buscar apoio. A baixa autoestima pode estar associada a quadros de ansiedade, depressão, transtornos alimentares ou burnout.
A psicoterapia é uma ferramenta importante nesse processo. Com o acompanhamento de um profissional, é possível entender a origem dessas crenças negativas, reformular padrões de pensamento e construir uma nova forma de se ver.
É possível, mas você não precisa ter frases prontas no espelho ou listas de qualidades copiadas da internet. Trabalhar a autoestima exige presença, atenção, prática e gentileza com a própria história.
Algumas estratégias que podem funcionar:
O primeiro passo é aprender a reconhecer os sintomas da baixa autoestima, mas é importante também acolher esse processo com paciência e buscar apoio, quando for necessário. Você não precisa dar conta de tudo sozinha, nem resolver tudo de uma vez.
Muitas mulheres crescem ouvindo que “é só uma fase”, que “tá assim porque quer” ou que “falta ocupar a mente”. Mas não é tão simples. A forma como você se enxerga impacta sua saúde mental, sua sexualidade, sua carreira, seus relacionamentos, simplesmente tudo.
Por isso, se você reconheceu os sintomas da baixa autoestima em si mesma, saiba que não está sozinha. Nem errada. Nem fraca.
Você está em um ponto de virada, aquele momento em que começa a perceber que merece mais. Mudar leva tempo. Mas começa com o simples gesto de se ouvir.
E isso, você já está fazendo.
Referências bibliográficas
SANTOS, T. M. et al. Autoestima de mulheres no período gestacional: estudo transversal. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 74, n. 2, e20200234, 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reben/a/cBBxGFqD6Q7LTnXVv6ZJVNv/?format=pdf&lang=pt . Acesso em: 25 ago. 2025.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL (SBIE). Baixa autoestima: 14 sintomas de que você está praticando o desamor. SBIE, 2022. Disponível em: https://www.sbie.com.br/baixa-autoestima-14-sintomas-de-que-voce-esta-praticando-o-desamor/ . Acesso em: 25 ago. 2025.
NAV DASA. Sintomas de depressão: conheça os sinais e como identificar. NAV.Dasa – Blog, 2023. Disponível em: https://nav.dasa.com.br/blog/sintomas-de-depressao . Acesso em: 25 ago. 2025.
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