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A inflamação gengival e a periodontite exigem diagnóstico correto. Conheça as causas e os tratamentos indicados
A gengiva inflamada é um sinal de alerta que não deve ser ignorado. O sangramento durante a escovação e o inchaço podem indicar uma infecção na boca. Essa inflamação, chamada de gengivite, é o estágio inicial de uma doença que pode se agravar.
Muitas pessoas procuram soluções rápidas, como o uso de um antibiótico. Contudo, o tratamento de doenças periodontais é complexo. O uso de antibiótico é reservado apenas para quadros graves.
Entenda a seguir o que causa a inflamação na gengiva, quando o medicamento é necessário e como evitar que a inflamação se torne um problema mais sério.
A gengiva inflamada é clinicamente chamada de gengivite, e corresponde ao estágio inicial da doença periodontal. A causa pode ser o acúmulo de placa bacteriana nos dentes devido à má higienização bucal.
A placa é uma película incolor de bactérias que pode endurecer e se transformar em tártaro se for não removida pela escovação. O tártaro irrita a gengiva e causa então a inflamação.
Os sinais de alerta da gengivite incluem:
Se a gengivite não for tratada, ela evolui para a periodontite. A periodontite é mais grave e pode levar à destruição do osso que sustenta os dentes.
Além da má higiene, alguns fatores de risco podem ocasionar ou agravar a inflamação na gengiva:
O controle desses fatores é muito importante no tratamento periodontal. Converse com seu dentista para que ele conheça suas condições de saúde e hábitos diários para um tratamento mais adequado.
O antibiótico não é o principal tratamento para a gengivite ou para a periodontite.
O tratamento essencial é a raspagem e o alisamento radicular. Este é um procedimento feito pelo dentista. Ele remove o tártaro e as bactérias debaixo da gengiva.
O antibiótico sistêmico é usado como tratamento complementar ou em casos específicos, de acordo com o dentista:
O antibiótico atua combatendo as bactérias que ficam mais profundas. Ele complementa o trabalho físico de remoção do tártaro.
Se a periodontite for grave, o dentista pode receitar antibióticos para eliminar as bactérias agressivas. O medicamento pode vir em cápsulas para uso oral ou em gel/solução para ser aplicado na área da gengiva. A escolha depende de quão séria é a infecção e quais são as bactérias envolvidas.
Os tipos de medicamentos mais comuns incluem:
Este medicamento é um "caçador" muito eficiente de bactérias anaeróbias. Estas são microorganismos que sobrevivem sem oxigênio e que causam as infecções mais profundas e destrutivas na gengiva.
Muitas vezes é usado junto com outro remédio para potencializar o efeito.
É um antibiótico de amplo espectro, o que significa que ele ataca uma grande variedade de bactérias. Por isso, é comum ser combinado com o Metronidazol, garantindo que a equipe de bactérias seja combatida, mesmo as mais diferentes.
Em doses baixas, este medicamento é especial porque atua mais como um anti-inflamatório do que como um antibiótico tradicional. Ele ajuda a proteger o tecido da gengiva e do osso, impedindo que certas enzimas destruam essas estruturas.
É uma alternativa para pacientes que são alérgicos à penicilina, que é uma classe de medicamentos da Amoxicilina. Esse medicamento ajuda no tratamento contra as bactérias anaeróbias.
O uso de qualquer antibiótico só pode ser feito com a prescrição e o acompanhamento do dentista. Geralmente, o tratamento dura entre 7 e 14 dias.
O tempo de cura da gengiva depende da gravidade da inflamação e da sua resposta ao tratamento.
Se for apenas uma gengivite leve: a inflamação geralmente melhora em poucos dias. O sintoma de sangramento deve parar após 3 a 7 dias de escovação e uso do fio dental corretos;
Se for periodontite moderada a grave: o processo é mais longo. A melhora de sinais como inchaço e sensibilidade ocorre após a raspagem profissional. O tratamento completo pode incluir a prescrição de antibióticos e acompanhamento contínuo.
Em geral, o dentista reavalia o paciente após 3 semanas da raspagem. Isso serve para verificar se a inflamação cessou e se as bolsas gengivais estão menores.
Soluções caseiras divulgadas nas redes sociais não curam a gengivite. O único tratamento capaz de curar a gengivite é a raspagem da placa e do tártaro e a higiene diária correta.
Antissépticos bucais como os que contém clorexidina são auxiliares. Eles controlam temporariamente as bactérias. O dentista pode prescrevê-los para uso a curto prazo. O uso prolongado pode manchar os dentes e alterar o paladar.
O bicarbonato de sódio também tem sido usado popularmente, mas ele não remove o tártaro e nem resolve a infecção periodontal. Seu uso não substitui a escovação com pasta fluoretada e o uso do fio dental.
Esses métodos são apenas paliativos. Eles não substituem a avaliação e o tratamento profissional.
A higienização bucal correta feita diariamente é a principal forma de prevenir a gengivite e a periodontite:
Adotar esses hábitos de rotina é a forma mais eficaz de manter a saúde gengival. É também a melhor forma de evitar a necessidade de tratamentos mais invasivos, como o uso de antibióticos.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
CONSELHO FEDERAL DE ODONTOLOGIA (CFO). Dia Mundial da Saúde Gengival: cuidados diários na prevenção e preservação da gengiva saudável. Disponível em: https://website.cfo.org.br/dia-mundial-da-saude-gengival-cuidados-diarios-na-prevencao-e-preservacao-da-gengiva-saudavel/. Acesso em: 13 out. 2025.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde Bucal: Doenças da Gengiva. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/saude-bucal. Acesso em: 13 out. 2025.
SECRETARIA DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL. Protocolo de Periodontia. Disponível em: https://www.saude.df.gov.br/documents/37101/87400/Protocolo+de+Periodontia.pdf/0f27bbd7-df2b-a1f2-9e0a-baf2275dc886?t=1659977874029. Acesso em: 13 out. 2025.
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