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5 coisas que grávida não pode fazer: cuidados essenciais para gestantes

Alimentação, medicamentos e hábitos exigem atenção redobrada

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A descoberta da gravidez traz consigo muitas dúvidas, e uma delas é o que pode ou não ser feito ao longo desse período

É natural o questionamento sobre o que é seguro e o que deve ser evitado para garantir a saúde e o bem-estar do bebê que está a caminho.

A presidenta da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT) afirma que o processo de gestação modifica o metabolismo da mulher e ela, de fato, precisa de um olhar diferenciado, já que a exposição a certas substâncias pode prejudicar o desenvolvimento embrionário e até resultar em abortamento.

Por isso, conhecer as 5 coisas que grávida não pode fazer é importante para quem deseja viver essa fase com mais segurança e tranquilidade. São cuidados que vão desde a alimentação até hábitos do dia a dia, prevenindo riscos para a mãe e para o bebê. 

Além de saber quais atitudes evitar, de modo a ajudar no fortalecimento da saúde durante a gestação e na redução de complicações que poderiam ser prevenidas com orientações simples e eficazes.

Por que essas restrições são importantes?

Durante a gestação, o corpo da mulher passa por intensas transformações para gestar e nutrir o feto. O que a mãe consome, faz ou a que se expõe pode atravessar a barreira da placenta e impactar diretamente o desenvolvimento do feto

O primeiro trimestre, sobretudo, é um período crítico, pois é quando ocorre a formação de todos os órgãos e sistemas do bebê.

Substâncias tóxicas, microrganismos perigosos e até mesmo certos hábitos podem levar a consequências graves, como malformações, parto prematuro, baixo peso ao nascer e até mesmo o aborto espontâneo

Por isso, é preciso seguir as orientações médicas e adotar um estilo de vida mais cauteloso  e dotado de responsabilidade.

As 5 coisas que grávida não pode fazer

Nem todo hábito combina com esse momento tão delicado para a mulher. Alguns deles oferecem riscos reais para a mãe e para o bebê. Abaixo, estão as principais restrições e os motivos delas fazem diferença nesse período.

As 5 principais restrições que toda gestante deve conhecer estão a seguir:

Consumir bebidas alcoólicas e fumar

Esta é a restrição mais conhecida de todas. Não existe um quantitativo seguro para a ingestão de álcool durante a gravidez. 

O consumo, mesmo que em pequenas doses, pode causar a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), uma condição grave e irreversível que acarreta problemas de desenvolvimento físico e mental no bebê.

O tabagismo, tanto ativo quanto passivo, também é extremamente prejudicial. A exposição à fumaça do cigarro aumenta significativamente os riscos de parto prematuro, baixo peso ao nascer, problemas respiratórios e morte súbita do recém-nascido.

Ingestão de alimentos

A alimentação é um pilar para uma gestação saudável, mas alguns itens devem ser riscados do cardápio para evitar contaminações por bactérias, parasitas e substâncias tóxicas.

Alimentos proibidos

Risco associado

Carnes, peixes e ovos crus ou malpassados

Risco de contaminação por Salmonella, Toxoplasma gondii e Listeria

Leites e queijos não pasteurizados

Risco de Listeriose, que pode causar aborto e parto prematuro

Peixes com alto teor de mercúrio: peixe-relógio, peixe-espada, atum-patudo, marlim e tubarão

O mercúrio é um metal pesado que pode afetar o desenvolvimento neurológico do feto

Embutidos e frios não cozidos

Risco de contaminação por Listeria e Toxoplasma gondii

Automedicação

A automedicação é perigosa em qualquer fase da vida, mas na gravidez o risco é redobrado. 

Muitos medicamentos, incluindo alguns que parecem inofensivos como analgésicos, anti-inflamatórios e até chás e fitoterápicos, podem ser teratogênicos, ou seja, capazes de provocar malformações no feto.

Por isso, nenhum medicamento deve ser utilizado sem a expressa recomendação e acompanhamento do obstetra. Ele deve ser consultado para saber sobre os possíveis riscos da medicação a ser utilizada.

Essa recomendação inclui desde remédios para dor de cabeça até cremes para a pele, que podem conter substâncias absorvidas pelo organismo.

Praticar atividades de alto impacto ou com risco de queda

A prática de exercícios físicos é recomendada e benéfica durante a gestação, mas com moderação e bom senso

Atividades como esportes de contato (futebol, basquete, lutas), atividades com risco de queda (equitação, ciclismo em terrenos acidentados), mergulho e exercícios que exijam deitar de costas por tempo prolongado após o primeiro trimestre devem ser evitados.

Para gestantes que desejam continuar a se exercitar, podem optar por atividades mais seguras como caminhada, natação, hidroginástica, ioga e pilates para gestantes, sempre lembrando de seguir orientação de um profissional.

Exposição a ambientes ou produtos insalubres

A exposição a certos agentes químicos, físicos e biológicos no ambiente de trabalho ou em casa pode ser muito perigosa para a gestante. 

A legislação brasileira, inclusive, prevê o afastamento de gestantes de atividades consideradas insalubres. 

Veja a seguir exposições a serem evitadas:

Falando especificamente do contato com as fezes dos gatos, o cuidado se deve por causa da transmissão de toxoplasmose, que pode gerar graves consequências para o feto, como as malformações. 

Por outro lado, os gatos que vivem em casa e comem ração dificilmente se contaminam pela doença, já que para isso precisam se alimentar de ratos ou pássaros que tenham cistos do toxoplasma no músculo.

Possíveis consequências se ignorar essas restrições

As restrições que as gestantes podem ter não devem ser ignoradas. Isso porque as consequências para o bebê podem ser permanentes, como as malformações congênitas, causadas por alguns medicamentos, álcool e exposição a produtos químicos.

 

Fumar e consumir álcool durante a gestação também pode resultar em parto prematuro baixo peso ao nascer, ou ainda em aborto espontâneo. Esse tipo de abortamento pode ser causado ainda pela infecção por toxoplasmose.

Já a exposição ao mercúrio afeta o cérebro do feto, podendo gerar problemas neurológicos e de desenvolvimento. A alimentação inadequada pode gerar ou agravar problemas como diabetes gestacional e pré-eclâmpsia.

Recomendações seguras para gestantes

Para manter uma gravidez saudável e segura existe uma série de recomendações que podem ser adotadas.

Viagem de avião

Optar pelo assento da ponta, aquele ao lado do corredor é interessante, pois facilita as idas ao banheiro. Nesse sentido, é bom evitar o consumo de bebidas diuréticas (que estimulam o ato de fazer xixi), assim como evitar alimentos que propiciem a produção de gases.

Já para evitar o inchaço, sobretudo em viagens longas, é preciso fazer pequenas caminhadas dentro do avião. O consumo de frutas e proteínas é incentivado.

Além dessas recomendações, a gestante deve conversar com o seu médico sobre a viagem, para serem analisados possíveis riscos e orientadas ações que a tornem mais segura.

Exercícios

De maneira geral, aqueles que se enquadram como os melhores para serem praticados durante a gravidez são:

  • Caminhada
  • Pilates
  • Hidroginástica
  • Alongamento
  • Musculação leve

A prática de exercício na gravidez deve ser avaliada por um profissional, que fará as recomendações necessárias. No início da gestação, por exemplo, não são recomendados exercícios de alto impacto.

Existem também muitas outras práticas seguras e saudáveis que contribuem para o bem-estar da mãe e do bebê:

  • Fazer o pré-natal rigorosamente: seguir todas as consultas e exames recomendados pelo médico
  • Alimentação balanceada: rica em frutas, legumes, verduras, proteínas magras e grãos integrais
  • Beber bastante água ao longo do dia
  • Cuidado com a sua saúde mental: buscar apoio emocional, descansar e evitar o estresse
  • Evitar o hábito de fumar e também a exposição à fumaça alheia
  • Usar somente remédios e suplementos indicados e liberados pelo médico

Quando procurar ajuda médica?

É fundamental que a gestante procure seu médico ou um serviço de emergência sempre que notar algo fora do comum. 

Alguns sinais de alerta incluem:

  • Sangramento vaginal
  • Dor abdominal intensa ou cólicas fortes
  • Perda de líquido pela vagina
  • Febre
  • Inchaço repentino no rosto, mãos ou pés
  • Dor de cabeça forte e persistente
  • Diminuição dos movimentos do bebê

Os sinais de alerta não devem ser ignorados, já que o melhor desfecho para a mãe e o feto virá da avaliação e condução médica adequadas.

A gestação é um período marcado por descobertas, mudanças e muitos cuidados especiais. Conhecer as 5 coisas que grávida não pode fazer é um passo essencial que visa garantir não apenas a saúde da mãe, mas também o desenvolvimento seguro e saudável do bebê.

Evitar hábitos de risco, ter atenção com a alimentação, não se automedicar, praticar apenas atividades adequadas e reduzir a exposição a ambientes insalubres são medidas simples, mas de grande impacto na prevenção de complicações.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

Bibliografia

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