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Entenda as principais abordagens, da cirurgia às terapias mais modernas, e os fatores que guiam a decisão médica para o tratamento do câncer.

Receber o resultado de uma biópsia com a palavra "carcinoma" pode gerar um turbilhão de dúvidas e preocupações. A primeira pergunta que surge é, quase sempre, sobre os próximos passos e as chances de cura. Felizmente, a medicina dispõe de um arsenal terapêutico eficaz, e a escolha do tratamento certo é uma decisão cuidadosa, baseada em ciência e individualização.
Carcinoma é o tipo mais comum de câncer. Ele se origina nas células epiteliais, que revestem a superfície do corpo e os órgãos internos. Por isso, pode aparecer em diversos locais, como pele, pulmões, mamas e próstata. Os tipos mais conhecidos são os de pele: o carcinoma basocelular (CBC) e o carcinoma espinocelular (CEC).
O tratamento varia principalmente conforme o estágio do tumor. Um carcinoma in situ, por exemplo, está restrito à camada mais superficial da pele ou do tecido, sendo mais simples de tratar. Já um carcinoma invasivo penetrou em camadas mais profundas, exigindo abordagens diferentes para garantir a remoção completa e evitar sua disseminação.
A remoção cirúrgica é a base do tratamento para a maioria dos carcinomas, especialmente os de pele. O objetivo é retirar todo o tumor com uma margem de segurança de tecido saudável. Conforme dados do Ministério da Saúde, a cirurgia oncológica é o tratamento mais indicado para o câncer de pele.
Este é o procedimento mais comum. O médico utiliza um bisturi para remover o tumor e uma pequena área de pele saudável ao redor. O material é então enviado para análise laboratorial para confirmar que todas as células cancerígenas foram retiradas.
Considerada o padrão-ouro para carcinomas em áreas delicadas como rosto, orelhas e mãos, ou para tumores grandes e recorrentes. Nesta técnica, o cirurgião remove o tumor camada por camada, analisando cada uma ao microscópio em tempo real, até que não reste nenhuma célula maligna. Isso preserva o máximo de tecido saudável possível.
Indicada para lesões pequenas e superficiais, esta técnica envolve a raspagem do tumor com um instrumento chamado cureta. Em seguida, um eletrodo é usado para cauterizar a base da lesão, destruindo as células cancerígenas remanescentes e controlando o sangramento.
Para alguns pacientes ou tipos de lesão, outras abordagens podem ser mais adequadas, seja de forma isolada ou combinada com a cirurgia. A escolha leva em conta a localização, o tamanho do tumor e a saúde geral do paciente.
Quando um carcinoma se espalha para outras partes do corpo (metástase), o tratamento se torna sistêmico, ou seja, age no corpo todo. Nos últimos 15 anos, houve um avanço notável no tratamento de carcinomas avançados, como o de fígado (hepatocelular), com novas terapias-alvo e imunoterapias demonstrando resultados positivos.
Para outros tipos, como o carcinoma de trato biliar, terapias-alvo e imunoterapia também surgem como opções, permitindo tratamentos mais precisos que focam em alterações genéticas específicas do tumor.
As principais estratégias incluem:
Pesquisas em andamento exploram novas abordagens, como as terapias baseadas em microRNAs (miRNAs), que demonstram grande potencial para o tratamento do carcinoma. No entanto, essas terapias ainda estão em fases iniciais de estudo e enfrentam desafios de segurança a serem superados.
A decisão sobre qual tratamento seguir é personalizada e discutida entre a equipe médica e o paciente. Diversos fatores são analisados para criar um plano terapêutico individualizado.
A resposta para essa pergunta é geralmente otimista, principalmente para os carcinomas de pele. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), quando os cânceres de pele são detectados e tratados precocemente, a maioria dos carcinomas cutâneos apresenta altas taxas de cura, que podem ultrapassar os 90%.
O fator mais crucial para um bom prognóstico é o diagnóstico precoce. Por isso, a observação regular da pele e a visita a um dermatologista ao notar qualquer lesão nova, que mude de aparência ou não cicatrize, são atitudes fundamentais.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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