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Vacina bronquiolite: bebê pode tomar? Veja indicações e o que ela protege

Entenda como funcionam as novas estratégias de imunização e quem são os grupos prioritários para proteger os pequenos do VSR

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A chegada do tempo mais frio acende um alerta em pais e cuidadores de bebês. Qualquer espirro ou tosse já gera preocupação com quadros respiratórios, sendo a bronquiolite um dos maiores temores. Felizmente, a ciência avançou e hoje existem estratégias eficazes para proteger os mais vulneráveis.

A principal causa da bronquiolite é o Vírus Sincicial Respiratório, conhecido pela sigla VSR. Ele é extremamente comum, mas pode causar infecções graves em bebês pequenos e crianças com certas condições de saúde. 

A boa notícia é que uma nova forma de proteção já está disponível no Brasil. Essa nova fase de prevenção é um avanço significativo, com produtos licenciados que incluem vacinas para gestantes, anticorpos monoclonais para bebês e até vacinas específicas para idosos.

Você pode entender melhor sobre a vacina e quando o seu bebê pode tomar, ao consultar um médico especialista em Alergia e Imunologia. Consulte um especialista da Rede Américas.

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Existe mesmo uma vacina contra bronquiolite que o bebê pode tomar?

Sim, mas é fundamental entender que a proteção para o bebê pode acontecer de duas maneiras principais. Uma delas não é uma vacina tradicional, mas sim um tipo de imunização que oferece as defesas já prontas para o organismo do pequeno. 

É importante esclarecer que, embora não haja uma vacina ativa aprovada especificamente para bebês, o nirsevimabe (Beyfortus) age como um anticorpo que oferece essa proteção. Ele é recomendado para recém-nascidos e lactentes saudáveis menores de 8 meses durante sua primeira temporada de circulação do Vírus Sincicial Respiratório (VSR).

Vamos entender as diferenças entre as abordagens aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e já em distribuição pelo Ministério da Saúde.

Proteção direta com anticorpo monoclonal

A principal estratégia para proteger diretamente o bebê é a aplicação do nirsevimabe (comercializado como Beyfortus®). Ele não é uma vacina no sentido clássico, que ensina o corpo a produzir suas próprias defesas. Trata-se de um anticorpo monoclonal. Este medicamento preventivo, o nirsevimabe, um anticorpo monoclonal, tem sido implementado em programas de saúde internacionais, como na Espanha, reforçando seu uso focado na proteção dos bebês.

Isso significa que o bebê recebe os anticorpos já prontos para neutralizar o VSR. A aplicação é intramuscular e oferece uma proteção passiva, rápida e eficaz durante os meses de maior circulação do vírus, período em que o bebê está mais vulnerável.

Proteção indireta pela vacinação da gestante

A outra estratégia é vacinar a mãe durante a gravidez. Ao receber a vacina (Abrysvo®), o organismo da gestante produz uma grande quantidade de anticorpos contra o VSR. Esses anticorpos são transferidos para o feto através da placenta.

Dessa forma, o bebê já nasce com um escudo protetor que o defenderá nos primeiros e mais críticos meses de vida. Esta é uma forma segura e eficiente de garantir que o recém-nascido tenha defesas antes mesmo de seu sistema imune estar totalmente maduro.

Quem pode receber a proteção contra o VSR?

As novas recomendações de prevenção contra a bronquiolite apontam para um avanço importante: o medicamento nirsevimabe (um anticorpo monoclonal) é indicado para todos os bebês em sua primeira temporada de exposição ao VSR. Essa recomendação vale independentemente de terem fatores de risco ou serem saudáveis. 

Essa imunização representa um avanço para a prevenção universal, protegendo todos os recém-nascidos e bebês nascidos a termo e saudáveis durante o período de maior circulação do vírus.

As recomendações do Ministério da Saúde e de sociedades médicas, como a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), definem grupos prioritários para receber a imunização. A indicação depende da estratégia (vacina na gestante ou anticorpo no bebê).

Grupo Prioritário

Tipo de Imunização Indicada

Observações

 

Gestantes

Vacina (Abrysvo®)

Para transferência de anticorpos ao feto.

Recém-nascidos e lactentes

Anticorpo Monoclonal (Nirsevimabe)

Para proteção durante a primeira temporada do VSR (geralmente até 12 meses).

Crianças de alto risco (até 2 anos)

Anticorpo Monoclonal (Nirsevimabe)

Inclui prematuros, crianças com doenças pulmonares crônicas ou cardiopatias congênitas graves.

Quando é o momento ideal para a imunização?

O tempo é um fator crucial para garantir a máxima eficácia da proteção contra o VSR. As janelas de aplicação são bem definidas e devem ser seguidas com orientação médica.

  • Para gestantes: a recomendação é que a vacina seja aplicada em dose única entre a 24ª e a 36ª semana de gestação. Isso garante tempo suficiente para a produção e transferência de anticorpos para o bebê.
  • Para bebês: o nirsevimabe deve ser aplicado, idealmente, um pouco antes do início da temporada de maior circulação do VSR, que no Brasil costuma ocorrer entre os meses de outono e inverno. Para recém-nascidos, a aplicação pode ser feita ainda na maternidade.

É fundamental conversar com o obstetra e o pediatra para alinhar o calendário e garantir que a proteção seja administrada no momento mais adequado.

Onde a proteção contra a bronquiolite está disponível?

A incorporação da imunização contra o VSR no Calendário Nacional de Vacinação do SUS foi um marco para a saúde pública. A distribuição para a rede pública já começou, priorizando os grupos de maior risco, como as gestantes.

Assim, a proteção está disponível tanto no setor público quanto no privado:

  • Sistema Único de Saúde (SUS): o Ministério da Saúde adquiriu doses da vacina para gestantes e do anticorpo monoclonal para bebês do grupo de risco, conforme o Programa Nacional de Imunizações (PNI). Verifique a disponibilidade no posto de saúde da sua cidade.
  • Clínicas particulares: o anticorpo monoclonal nirsevimabe (Beyfortus®) também está disponível em clínicas de vacinação privadas para bebês e crianças que se enquadram nas recomendações, mesmo que não estejam nos grupos prioritários do SUS.

Quais outras medidas ajudam a proteger meu bebê da bronquiolite?

A imunização é a ferramenta mais eficaz, mas não é a única. Medidas simples de higiene e cuidado são essenciais para reduzir o risco de infecção pelo VSR e outros vírus respiratórios.

  1. Higienização das mãos: lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel com frequência, especialmente antes de pegar o bebê no colo.
  2. Evitar ambientes fechados e aglomerados: principalmente durante os meses de outono e inverno, prefira passeios em locais abertos e ventilados.
  3. Manter a casa arejada: abra as janelas diariamente para permitir a circulação do ar.
  4. Limitar o contato com pessoas doentes: peça para amigos e familiares com sintomas de resfriado ou gripe que evitem visitar o bebê.
  5. Amamentação: o leite materno é rico em anticorpos e fortalece o sistema imunológico do bebê, ajudando a protegê-lo contra diversas infecções.

Adotar essas práticas, aliadas à nova tecnologia de imunização, cria uma barreira robusta de proteção para a saúde do seu filho. Converse sempre com o pediatra para definir o melhor plano de prevenção.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

Bibliografia

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