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Tratamentos para pré-eclâmpsia: quais são os cuidados essenciais para a gestante?

Descubra as abordagens médicas mais seguras e eficazes para gerenciar a pré-eclâmpsia e proteger a saúde da mãe e do bebê durante a gravidez.

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Quando você está grávida, a saúde se torna uma prioridade ainda maior, e receber um diagnóstico de pré-eclâmpsia pode trazer muitas preocupações. Esta condição é uma complicação séria da gravidez, caracterizada principalmente pelo desenvolvimento de pressão arterial elevada (hipertensão) após a 20ª semana de gestação. 

Além disso, a pré-eclâmpsia pode vir acompanhada de sinais de lesão em outros órgãos, como rins, fígado, ou afetar o sangue e o cérebro.

É importante diferenciar a pré-eclâmpsia da eclâmpsia. A eclâmpsia é a progressão da pré-eclâmpsia, marcada pela ocorrência de convulsões em uma gestante com o quadro, sendo uma emergência médica grave. 

Por isso, a identificação e o manejo precoces da pré-eclâmpsia são vitais para evitar complicações sérias, tanto para a mãe quanto para o bebê.

Como a pré-eclâmpsia se manifesta?

Os sintomas da pré-eclâmpsia podem variar, mas os mais comuns incluem inchaço repentino no rosto e nas mãos, dores de cabeça persistentes, alterações na visão (como visão embaçada ou sensibilidade à luz), e dor na parte superior do abdome, abaixo das costelas.

Apesar desses sinais, a elevação da pressão arterial e a presença de proteína na urina são os indicadores-chave para o diagnóstico. É fundamental que a gestante esteja atenta a qualquer alteração e informe imediatamente seu médico.

Por que é tão importante tratar a pré-eclâmpsia?

O tratamento da pré-eclâmpsia é crucial para prevenir complicações potencialmente fatais. Para a mãe, os riscos incluem eclâmpsia, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência renal e problemas de coagulação. 

Para o bebê, a pré-eclâmpsia pode levar a restrição de crescimento intrauterino, parto prematuro e sofrimento fetal.

O manejo adequado busca estabilizar a condição da mãe, prolongar a gestação com segurança sempre que possível, e garantir o desenvolvimento fetal até um ponto em que o parto seja a melhor opção.

A importância do tratamento precoce é sublinhada por estudos que indicam que o rastreamento no primeiro trimestre de gestação pode reduzir em até 36% o risco de desenvolver pré-eclâmpsia antes das 37 semanas. 

Essa medida preventiva é crucial, especialmente para gestantes com maior risco, reforçando a necessidade de um acompanhamento médico atento desde o início. 

Quais são os principais objetivos do tratamento da pré-eclâmpsia?

O objetivo principal do tratamento da pré-eclâmpsia é estabilizar a pressão arterial da mãe e prevenir a progressão para a eclâmpsia, enquanto se monitora a saúde e o desenvolvimento do bebê. 

A decisão sobre o plano de tratamento é individualizada e considera diversos fatores, como a gravidade da condição e a idade gestacional.

Como o tratamento é definido?

A pré-eclâmpsia pode ser classificada como leve, moderada ou grave, e essa classificação influencia diretamente as decisões médicas. Em casos de pré-eclâmpsia grave, os riscos para a mãe e o bebê são maiores, exigindo uma abordagem mais intensiva e, frequentemente, o internamento hospitalar.

Para o manejo da condição, a idade gestacional do bebê é um fator decisivo. Em gestações mais avançadas, o parto pode ser a melhor e mais segura solução. Já em gestações mais precoces, busca-se um equilíbrio entre prolongar a gravidez para o amadurecimento fetal e garantir a segurança materna.

Quais as abordagens de tratamento para a pré-eclâmpsia?

As estratégias de tratamento da pré-eclâmpsia são diversas e dependem da avaliação médica contínua. Elas podem incluir monitoramento, uso de medicamentos e, em muitos casos, o planejamento do parto.

O que fazer no manejo da pré-eclâmpsia leve?

No caso da pré-eclâmpsia leve, o tratamento geralmente é feito em ambiente ambulatorial, com monitoramento rigoroso. 

Recomenda-se repouso relativo, o que significa diminuir o ritmo das atividades diárias, mas não necessariamente ficar deitada o tempo todo. A gestante deve medir a pressão arterial regularmente em casa, fazer exames de sangue e urina com frequência e realizar ultrassonografias para acompanhar o crescimento e bem-estar do bebê.

Em alguns casos, o médico pode indicar medicamentos para controlar a pressão. A dieta e o controle do estresse também desempenham um papel importante no manejo desta condição.

Como é o tratamento da pré-eclâmpsia grave?

A pré-eclâmpsia grave requer atenção imediata e, na maioria das vezes, internamento hospitalar. 

O objetivo é monitorar intensivamente a mãe e o bebê. Isso inclui medições frequentes da pressão arterial, exames de sangue e urina para avaliar a função dos órgãos, e monitoramento fetal contínuo para verificar os batimentos cardíacos do bebê e sua movimentação.

Nesses casos, medicamentos intravenosos são administrados para controlar a pressão arterial rapidamente e para prevenir convulsões (sulfato de magnésio). A decisão sobre o parto costuma ser mais urgente em situações de pré-eclâmpsia grave, independentemente da idade gestacional.

Quais medicamentos são usados no tratamento?

Os medicamentos são fundamentais no controle da pré-eclâmpsia. Anti-hipertensivos são prescritos para diminuir a pressão arterial e proteger os órgãos da mãe. 

Exemplos comuns incluem labetalol e nifedipino, que são considerados seguros para uso durante a gravidez. Além disso, o sulfato de magnésio é amplamente utilizado para prevenir e controlar as convulsões em gestantes com pré-eclâmpsia grave ou eclâmpsia.

A dosagem e o tipo de medicamento são sempre definidos pelo médico, com base na avaliação individual da gestante e na resposta ao tratamento.

É importante notar que novas estratégias terapêuticas estão sendo pesquisadas, com o objetivo de restaurar o equilíbrio na formação de vasos sanguíneos (angiogênese) que é alterado na pré-eclâmpsia. 

Essas abordagens futuras buscam tratar a causa subjacente da doença, oferecendo esperança para tratamentos mais eficazes.

O parto é sempre a melhor solução?

Sim, o parto é considerado o tratamento definitivo da pré-eclâmpsia, pois a principal terapia para a condição se baseia na saída da placenta, o que geralmente resolve o quadro. No entanto, o momento do parto é uma decisão complexa e crucial.

Estudos indicam que cerca de 33% dos partos em mulheres com pré-eclâmpsia são desencadeados por razões médicas, como hipertensão grave ou restrição de crescimento fetal. Essa estatística reforça a necessidade de uma avaliação cuidadosa para determinar o momento ideal do parto, visando a segurança da mãe e do bebê.

Em gestações próximas ao termo (a partir de 37 semanas), o parto pode ser induzido ou realizado por cesárea. Em casos de pré-eclâmpsia grave em gestações mais precoces, o parto pode ser antecipado, mesmo que o bebê ainda seja prematuro, para salvar a vida da mãe e do bebê. 

A equipe médica avalia constantemente os riscos e benefícios para tomar a melhor decisão.

Existem cuidados complementares para controlar a pré-eclâmpsia?

Além das intervenções médicas diretas, algumas medidas complementares podem auxiliar no manejo da pré-eclâmpsia e na melhoria da qualidade de vida da gestante. É importante ressaltar que essas medidas não substituem o tratamento médico, mas o complementam.

A alimentação pode ajudar?

Uma alimentação equilibrada é sempre recomendada na gravidez, mas, em casos de pré-eclâmpsia, a atenção à dieta pode ser redobrada. Embora a restrição de sódio não seja um tratamento principal, uma diminuição no consumo de sal pode ajudar a controlar a pressão arterial em alguns casos. 

Priorize alimentos frescos, frutas, vegetais e proteínas magras, evitando ultraprocessados e alimentos ricos em gorduras saturadas.

Sempre consulte seu médico ou um nutricionista para um plano alimentar adequado à sua condição.

Qual a importância do controle do estresse e do peso?

O estresse pode influenciar a pressão arterial, por isso, gerenciar o estresse é uma medida importante. Técnicas de relaxamento, como meditação, ioga adaptada para gestantes, ou simplesmente passar um tempo em atividades prazerosas, podem ser benéficas. 

O controle do peso antes e durante a gestação também é um fator relevante, pois o sobrepeso e a obesidade aumentam o risco de pré-eclâmpsia. Manter um peso saudável e um estilo de vida ativo (com a devida liberação médica) são estratégias preventivas e de apoio ao tratamento.

A pré-eclâmpsia pode ocorrer após o parto?

Sim, é possível que a pré-eclâmpsia se desenvolva ou persista no período pós-parto, condição conhecida como pré-eclâmpsia pós-parto. Isso pode acontecer nas primeiras 48 horas após o parto ou, em casos mais raros, até seis semanas depois. 

Os sintomas são semelhantes aos da pré-eclâmpsia na gestação: pressão arterial elevada, dor de cabeça, alterações visuais e dor abdominal.

Como é o manejo da pré-eclâmpsia pós-parto?

O manejo da pré-eclâmpsia pós-parto foca no controle da pressão arterial com medicamentos anti-hipertensivos, como o labetalol e a nifedipina, que são seguros para as mães que amamentam. 

O monitoramento contínuo da pressão arterial e dos sintomas é essencial. Em alguns casos, o sulfato de magnésio pode ser administrado para prevenir convulsões.

É fundamental que a mulher continue o acompanhamento médico após o parto, especialmente se apresentou pré-eclâmpsia, para garantir que a condição se resolva completamente e para discutir o risco em futuras gestações.

Por que o acompanhamento médico é indispensável?

A pré-eclâmpsia é uma condição séria que exige monitoramento e tratamento contínuos por profissionais de saúde. O acompanhamento médico é a chave para uma gestação segura e para a saúde da mãe e do bebê.

Qual o papel do pré-natal regular na prevenção e manejo?

O pré-natal regular permite que o médico identifique fatores de risco para pré-eclâmpsia e monitore sinais precoces da condição, como o aumento da pressão arterial e a presença de proteína na urina. 

Através de exames de rotina e avaliações clínicas, é possível intervir rapidamente, personalizando o tratamento e minimizando os riscos. Nunca deixe de realizar suas consultas de pré-natal.

Além disso, a introdução de testes biomarcadores, como o PlGF (Fator de Crescimento Placentário), tem sido percebida por pacientes e familiares como um avanço significativo. Esses testes podem aprimorar os resultados de saúde ao permitir uma educação mais aprofundada, melhor coordenação do cuidado e um monitoramento pré-natal mais frequente e direcionado.

Quando procurar o médico imediatamente?

Mesmo com o acompanhamento regular, é crucial saber quando buscar ajuda médica de emergência. 

Procure o seu médico ou um pronto-socorro imediatamente se você apresentar:

  • Dores de cabeça fortes e persistentes que não melhoram com analgésicos;
  • Alterações visuais, como visão turva, pontos de luz ou perda temporária da visão;
  • Dor intensa na parte superior direita do abdome ou na região do estômago;
  • Inchaço súbito e excessivo no rosto, mãos ou pés;
  • Dificuldade para respirar;
  • Diminuição da quantidade de urina.

Esses podem ser sinais de agravamento da pré-eclâmpsia e exigem atenção médica urgente.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista do Ministério da Saúde.

Bibliografia

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