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Tratamentos para câncer de boca: quais são os disponíveis atualmente?

Entender as abordagens terapêuticas, do diagnóstico à reabilitação, é o primeiro passo para uma jornada de tratamento mais segura e consciente.

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Receber o diagnóstico de uma lesão suspeita na boca pode ser um momento de grande ansiedade. A espera pelos resultados da biópsia e as dúvidas sobre os próximos passos são desafiadoras. Se o diagnóstico for confirmado como câncer de boca, a pergunta imediata de pacientes e familiares é: "E agora, qual é o tratamento?".

O que define o plano de tratamento para o câncer de boca?

Não existe uma fórmula única para tratar o câncer de boca. A estratégia terapêutica é cuidadosamente planejada por uma equipe de especialistas e baseia-se em uma combinação de fatores individuais. A decisão sobre qual caminho seguir leva em conta principalmente o estadiamento do tumor.

O estadiamento descreve o tamanho do tumor, se ele se espalhou para os linfonodos (gânglios) do pescoço e se atingiu outras partes do corpo. 

Além disso, a localização exata da lesão (na língua, assoalho da boca, gengiva) e as condições gerais de saúde do paciente são cruciais para definir a abordagem mais segura e eficaz. O oncologista é o especialista responsável por fazer a investigação. Consulte um médico da Rede Américas.

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Quais são as principais modalidades de tratamento?

As terapias para o câncer de boca podem ser usadas de forma isolada ou combinada, dependendo do objetivo. A meta pode ser curativa, buscando a eliminação completa do tumor, ou paliativa, focada no controle dos sintomas e na melhoria da qualidade de vida em estágios mais avançados.

Cirurgia: a base do tratamento

A remoção cirúrgica do tumor é o tratamento mais comum para o câncer de boca, especialmente em lesões iniciais. O objetivo é remover todo o tecido canceroso com uma margem de segurança de tecido saudável ao redor para reduzir o risco de a doença retornar no local.

Dependendo da extensão, o procedimento pode variar:

  • Excisão simples: para tumores pequenos e superficiais, removendo apenas a lesão e uma pequena margem.
  • Glossectomia: remoção parcial ou total da língua, indicada para tumores localizados neste órgão.
  • Esvaziamento cervical: remoção dos linfonodos do pescoço, realizada quando há suspeita ou confirmação de que o câncer se espalhou para eles.

Em casos de cirurgias mais extensas, a reconstrução é uma parte vital do processo. Cirurgiões plásticos ou de cabeça e pescoço podem utilizar tecidos de outras partes do corpo para restaurar a aparência e a função da área afetada.

Radioterapia

A radioterapia utiliza feixes de radiação de alta energia para destruir as células cancerígenas ou impedir seu crescimento. Pode ser indicada como tratamento principal para tumores pequenos ou em pacientes que não podem passar por cirurgia.

É também frequentemente usada como terapia adjuvante, ou seja, após a cirurgia, para eliminar células cancerígenas remanescentes e diminuir a chance de recidiva. Em casos mais avançados, pode ser combinada com a quimioterapia.

Quimioterapia

Diferente da cirurgia e da radioterapia, que são tratamentos locais, a quimioterapia é um tratamento sistêmico. Utiliza medicamentos, administrados por via oral ou intravenosa, que circulam por todo o corpo para destruir as células do câncer.

Geralmente, não é o tratamento principal para o câncer de boca em estágio inicial. Seu uso é mais comum em combinação com a radioterapia (quimiorradiação) para tumores avançados ou quando o câncer se espalhou para outras partes do corpo (metástase).

A quimioterapia tradicional pode causar efeitos colaterais significativos porque destrói tanto células cancerosas quanto células saudáveis. 

Para mitigar isso, a nanotecnologia surge como uma nova e promissora abordagem, permitindo que os medicamentos sejam entregues diretamente ao tumor, diminuindo os danos aos tecidos sadios. 

Pesquisas recentes indicam que nanovesículas, como os exossomos, podem servir como veículos eficazes para transportar esses medicamentos quimioterápicos diretamente às células do câncer, reduzindo ainda mais os efeitos adversos.

Terapia-alvo

A terapia-alvo é uma abordagem mais moderna que usa medicamentos projetados para atacar especificidades das células cancerígenas. Esses fármacos bloqueiam moléculas que são essenciais para o crescimento e a disseminação do tumor, causando menos danos às células saudáveis do que a quimioterapia convencional.

Imunoterapia

A imunoterapia é outra inovação no tratamento do câncer. Ela não ataca o tumor diretamente, mas estimula o próprio sistema imunológico do paciente a reconhecer e combater as células cancerígenas. É uma opção importante, especialmente para casos avançados ou que não responderam a outros tratamentos.

Avanços na pesquisa do câncer de boca, especificamente o carcinoma espinocelular oral, também estão explorando novas maneiras de induzir a morte das células cancerígenas. 

Caminhos como a ferroptose e a necroptose, que são formas programadas de morte celular, estão sendo investigados. Essa abordagem inovadora pode ser crucial para superar a resistência que alguns tumores desenvolvem aos tratamentos quimioterápicos convencionais, abrindo novas frentes para terapias futuras.

Como a abordagem multidisciplinar melhora os resultados?

O tratamento do câncer de boca raramente envolve um único especialista. O sucesso terapêutico e a qualidade de vida do paciente dependem da colaboração de uma equipe multidisciplinar. Cada profissional contribui com sua expertise para um cuidado integral.

A equipe geralmente inclui:

  • Cirurgião de cabeça e pescoço: lidera os procedimentos cirúrgicos.
  • Oncologista clínico: gerencia quimioterapia, terapia-alvo e imunoterapia.
  • Radio-oncologista: planeja e administra a radioterapia.
  • Fonoaudiólogo: essencial para reabilitar a fala e a deglutição.
  • Nutricionista: orienta a alimentação, muitas vezes adaptada, durante e após o tratamento.
  • Psicólogo: oferece suporte emocional para lidar com o diagnóstico e o tratamento.
  • Dentista oncológico: cuida da saúde bucal antes, durante e após as terapias.

E a vida após o tratamento?

Superar o câncer de boca vai além de eliminar o tumor. A reabilitação é uma fase fundamental para recuperar funções que podem ser afetadas pelo tratamento e garantir uma boa qualidade de vida. O suporte nutricional, por exemplo, é vital, pois muitos pacientes enfrentam dificuldade para engolir ou se alimentar.

A fonoaudiologia ajuda a superar problemas de fala e deglutição, enquanto a fisioterapia pode ser necessária para recuperar movimentos do pescoço e ombros. Além disso, o acompanhamento médico regular é indispensável para monitorar a recuperação e detectar precocemente qualquer sinal de que a doença possa ter voltado.

Quais são as chances de cura do câncer de boca?

A chance de cura está diretamente ligada ao diagnóstico precoce. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), órgão do Ministério da Saúde, quando o câncer de boca é diagnosticado em estágio inicial e tratado adequadamente, as chances de cura podem chegar a mais de 80%.

Apesar dos avanços, o câncer de boca é considerado uma doença séria, principalmente porque sua taxa de sobrevivência em cinco anos ainda é baixa. Isso se deve, em muitos casos, ao diagnóstico tardio, que frequentemente leva a tratamentos mais complexos, invasivos e de alto custo.

Por isso, é fundamental estar atento a qualquer ferida na boca que não cicatrize em 15 dias, manchas brancas ou vermelhas, nódulos no pescoço ou rouquidão persistente. A visita regular ao dentista também é uma ferramenta poderosa para a detecção precoce.

Atualmente, o diagnóstico precoce e preciso é crucial, e pesquisas estão explorando métodos não invasivos, como a análise de biomarcadores na saliva. Essa abordagem pode não só melhorar as chances de sobrevida, mas também permitir aos médicos monitorar a resposta do paciente ao tratamento, identificar resistência a medicamentos e avaliar a probabilidade de o tumor retornar.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

Bibliografia

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