Ícone
InícioSaúdeTratamentos

Resuma este artigo com IA:

Ícone

Tratamento para hipertireoidismo: conheça as opções e como funcionam

Entender as abordagens disponíveis é o primeiro passo para controlar a condição e restaurar o equilíbrio do seu corpo.

Veja um resumo:
  • O tratamento do hipertireoidismo visa normalizar a produção de hormônios pela tireoide.
  • As principais opções terapêuticas incluem medicamentos antitireoidianos, terapia com iodo radioativo e cirurgia.
  • A escolha do tratamento depende da causa, da gravidade dos sintomas, da idade e das condições de saúde do paciente, exigindo uma avaliação cuidadosa.
  • O controle dos sintomas, como palpitações e tremores, pode ser feito com medicamentos betabloqueadores.
  • Monitorar marcadores como a bilirrubina total pode ser uma estratégia útil no manejo da condição.
  • O acompanhamento com um médico endocrinologista é fundamental durante todo o processo para garantir a segurança e eficácia.
Médico tocando a garganta de paciente

Seu coração parece correr uma maratona sem motivo aparente, as mãos tremem ao segurar uma xícara de café e o sono se tornou um visitante raro. Esses sinais, somados a uma perda de peso inexplicada e uma sensação constante de agitação, podem ser mais do que apenas estresse. Eles podem indicar que sua tireoide está trabalhando em excesso, uma condição conhecida como hipertireoidismo.

O que é o hipertireoidismo e por que tratá-lo?

O hipertireoidismo ocorre quando a glândula tireoide, localizada no pescoço, produz hormônios tireoidianos (T3 e T4) em excesso. Esses hormônios regulam o metabolismo do corpo, ou seja, a velocidade com que as células trabalham. Quando estão elevados, todo o organismo acelera, gerando um grande desgaste.
Deixar o hipertireoidismo sem tratamento pode levar a complicações sérias. Entre elas estão problemas cardíacos, como arritmias e insuficiência cardíaca, além de perda de massa óssea (osteoporose) e, em casos raros e extremos, uma emergência médica chamada crise tireotóxica.

Quais são os sinais de alerta de hipertireoidismo que não devem ser ignorados?

A aceleração do metabolismo afeta múltiplos sistemas do corpo. Fique atento a um conjunto de sintomas que podem indicar a condição:

  • Perda de peso repentina, mesmo com aumento do apetite;
  • Batimentos cardíacos acelerados (taquicardia) ou irregulares (arritmia);
  • Nervosismo, ansiedade e irritabilidade;
  • Tremores finos, principalmente nas mãos;
  • Suor excessivo e intolerância ao calor;
  • Alterações no ciclo menstrual;
  • Fadiga e fraqueza muscular;
  • Dificuldade para dormir.

Como o diagnóstico de hipertireoidismo é confirmado?

O diagnóstico do hipertireoidismo é feito por um médico, geralmente um endocrinologista, com base nos sintomas e na avaliação clínica. A confirmação vem por meio de exames de sangue que medem os níveis dos hormônios tireoidianos (T4 livre) e do hormônio estimulante da tireoide (TSH).
No hipertireoidismo, os níveis de T4 livre costumam estar altos, enquanto o TSH está baixo ou indetectável. Exames de imagem, como a cintilografia da tireoide, podem ser solicitados para identificar a causa do problema, como a Doença de Graves ou a presença de nódulos.

Quais são as principais opções de tratamento para o hipertireoidismo?

O tratamento principal para o hipertireoidismo busca restaurar a função normal da tireoide. Isso pode ser alcançado com medicamentos antitireoidianos, iodo radioativo ou cirurgia, de acordo com as necessidades de cada paciente. O objetivo do tratamento é reduzir a produção excessiva de hormônios tireoidianos e aliviar os sintomas. Existem três abordagens principais, e a escolha será individualizada pelo seu médico.

Medicamentos antitireoidianos: a primeira linha de controle

Os medicamentos antitireoidianos, como o metimazol e a propiltiouracila, atuam bloqueando a capacidade da tireoide de produzir novos hormônios. São geralmente a primeira opção de tratamento, especialmente para casos relacionados à Doença de Graves.
O tratamento medicamentoso é eficaz, mas exige disciplina e acompanhamento regular para ajustar a dosagem e monitorar possíveis efeitos colaterais. Em muitos casos, o uso pode ser temporário, levando à remissão da doença.

Terapia com iodo radioativo (radioiodoterapia): uma solução definitiva

A radioiodoterapia é um tratamento muito comum e eficaz para o hipertireoidismo. Essa terapia age destruindo as células tireoidianas hiperativas para restaurar a função hormonal normal da glândula. Consiste na ingestão de uma pequena dose de iodo radioativo (I-131) em forma de cápsula ou líquido. Como a tireoide utiliza iodo para produzir seus hormônios, ela capta o iodo radioativo, que destrói gradualmente as células.
Esta é uma opção de tratamento frequentemente recomendada para muitos adultos com hipertireoidismo. É crucial que os planos de dosagem e o acompanhamento sejam individualizados para garantir a eficácia do tratamento e minimizar o risco de desenvolver hipotireoidismo. 
O processo reduz ou elimina a produção excessiva de hormônios, e o resultado é definitivo. Na maioria dos casos, o paciente desenvolve hipotireoidismo (baixa função da tireoide), que é facilmente controlado com a reposição hormonal diária.

Cirurgia (tireoidectomia): quando a remoção é indicada?

A tireoidectomia é a remoção cirúrgica de parte ou de toda a glândula tireoide. Esta opção é indicada em situações específicas, como:

  • Presença de um bócio muito grande que causa desconforto ou dificuldade para engolir;
  • Quando há suspeita de malignidade em um nódulo;
  • Em casos de falha ou contraindicação aos outros tratamentos.

Após a remoção total da glândula, o paciente também precisará de reposição hormonal contínua para o resto da vida.

Como escolher a terapia mais adequada para o meu caso?

O tratamento para o hipertireoidismo exige uma avaliação cuidadosa das opções disponíveis, bem como do risco de efeitos colaterais, como o desenvolvimento de hipotireoidismo. A presença de outras condições de saúde no paciente é um fator importante nessa decisão. 
A decisão sobre o melhor tratamento não é única e deve ser tomada em conjunto com seu endocrinologista. Diversos fatores são considerados, como a causa do hipertireoidismo, sua idade, a gravidade do quadro e seu estilo de vida.

Opção de TratamentoComo funcionaIdeal para quem
Medicamentos AntitireoidianosBloqueiam a produção de hormônios.Pacientes com Doença de Graves, como primeira abordagem ou em preparo para outras terapias.
Iodo RadioativoDestrói as células da tireoide que produzem hormônios.Adultos que buscam uma solução definitiva e não obtiveram remissão com medicamentos.
Cirurgia (Tireoidectomia)Remove fisicamente a glândula tireoide.Pacientes com bócios grandes, nódulos suspeitos ou contraindicação a outras terapias.

É possível controlar os sintomas enquanto o tratamento age?

Sim. Os tratamentos principais podem levar semanas ou meses para normalizar completamente os níveis hormonais. Durante esse período, o médico pode prescrever medicamentos da classe dos betabloqueadores.
Eles não atuam na tireoide, mas ajudam a controlar os sintomas adrenérgicos, como palpitações, tremores e ansiedade, proporcionando alívio e melhorando a qualidade de vida do paciente enquanto a terapia definitiva faz efeito.

O que acontece após o tratamento do hipertireoidismo?

Tanto a radioiodoterapia quanto a cirurgia resultam, na maioria das vezes, em hipotireoidismo. Isso significa que a tireoide deixa de produzir hormônios suficientes. Embora pareça um contrassenso, o hipotireoidismo é uma condição mais simples de manejar.
O tratamento consiste na reposição hormonal com levotiroxina, um comprimido diário que substitui o hormônio que a tireoide não produz mais. Com a dosagem correta, o paciente pode levar uma vida normal e saudável.

Monitoramento e qualidade de vida

Além das abordagens tradicionais, estudos recentes indicam que controlar e monitorar os níveis de bilirrubina total pode ser uma estratégia eficaz para gerenciar o hipertireoidismo. Essa medida pode ajudar a melhorar a qualidade de vida e o resultado geral do tratamento, complementando o acompanhamento médico regular.

Quando devo procurar um médico?

O diagnóstico e o tratamento precoces são a chave para evitar complicações. Procure um clínico geral ou um endocrinologista se você apresentar um conjunto dos sintomas mencionados, especialmente se forem persistentes e sem causa aparente.
A gestão do hipertireoidismo é um processo contínuo que requer um forte elo de confiança entre médico e paciente. Seguir as orientações, comparecer às consultas e realizar os exames de controle são passos essenciais para o sucesso do tratamento.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

BIBLIOGRAFIA:
  • CHEN, S. Q.; GOU, R. Q.; ZHANG, Q. The evolution and hotspots of radioactive iodine therapy in hyperthyroidism: a bibliometric analysis. Nuclear Medicine Communications, dez. 2024. Disponível em: https://journals.lww.com/nuclearmedicinecomm/fulltext/2025/03000/the_evolution_and_hotspots_of_radioactive_iodine.3.aspx. Acesso: 09 set. 2025.
  • GEDDES, R.; AGUIAR, J. Feline comorbidities: balancing hyperthyroidism and concurrent chronic kidney disease. Journal of Feline Medicine and Surgery, abr. 2022. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/1098612X221090390. Acesso: 09 set. 2025.
  • KOSTOPOULOS, G.; EFFRAIMIDIS, G. Epidemiology, prognosis, and challenges in the management of hyperthyroidism-related atrial fibrillation. European Thyroid Journal, Apr. 2024. Disponível em: https://etj.bioscientifica.com/view/journals/etj/13/2/ETJ-23-0254.xml. Acesso: 09 set. 2025.
  • XU, W. et al. Causal validation of the relationship between 35 blood and urine biomarkers and hyperthyroidism: a bidirectional Mendelian randomization study and meta-analysis. Frontiers in Endocrinology, 12 ago. 2024. Disponível em: https://www.frontiersin.org/journals/endocrinology/articles/10.3389/fendo.2024.1430798/full. Acesso: 09 set. 2025.
  • YU, L.; LACORCIA, L.; JOHNSTONE, T. Hyperthyroid cats and their kidneys: a literature review. Australian Veterinary Journal, jun. 2022. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/avj.13179. Acesso: 09 set. 2025.

 

Ícone do WhatsAppÍcone do Facebook