28/07/2025
Revisado em: 28/07/2025
Existem diversas opções de tratamentos para enxaqueca, desde medicamentos específicos até mudanças no estilo de vida.
Dr. Alexandre Bossoni - neurologista
Atualizado em 26/02/2025
A enxaqueca é uma condição debilitante que vai além de uma simples dor de cabeça. Com sintomas intensos e recorrentes, como náuseas, sensibilidade à luz e sons, ela afeta significativamente a qualidade de vida de quem sofre com as crises. E as opções de tratamentos para enxaqueca vão desde medicamentos específicos até mudanças no estilo de vida que ajudam a reduzir a frequência e a gravidade dos episódios.
A enxaqueca é uma condição neurológica caracterizada por dores de cabeça intensas, limitantes, frequentemente descritas como pulsantes ou latejantes, geralmente localizadas em apenas um lado da cabeça, embora possam alternar entre os dois lados. As crises podem ser prolongadas, chegando a durar até 72 horas. As dores tendem a ser pioradas pela exposição à luz, ao barulho, serem acompanhadas de náuseas e/ou vômitos e também serem pioradas pela movimentação do corpo.
Os sintomas da enxaqueca incluem uma dor pulsante e intensa, frequentemente concentrada em um dos lados da cabeça. Entre os sinais mais comuns estão náuseas, vômitos e sensibilidade à luz. Além disso, pessoas com enxaqueca podem apresentar intolerância a cheiros, visão embaçada, pontos cegos e flashes de luz.
Para tratamentos para enxaqueca, é fundamental buscar o acompanhamento de um neurologista. Em casos de dor de cabeça de início súbito, de forte intensidade, completamente diferente de dores anteriores que já tenha experimentado na sua vida, procure imediatamente um pronto-socorro.
O diagnóstico de enxaqueca é feito por meio de uma avaliação médica detalhada, que inclui a análise do histórico clínico e familiar, além do exame físico neurológico. Para descartar outras possíveis condições que apresentem sintomas parecidos, o médico pode solicitar exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, porém em casos muito típicos eles podem não ser necessários.
Os tratamentos para a enxaqueca variam de acordo com a gravidade e frequência das crises, além da preferência e do estilo de vida de cada paciente. Mas o foco é sempre aliviar a dor, reduzir a frequência dos episódios; sempre buscando melhorar a qualidade de vida do paciente. Buscar um tratamento que se adapte melhor ao estilo de vida do indivíduo é muito importante. Nesse sentido, existem duas principais abordagens: o tratamento agudo, que busca aliviar a dor rapidamente, e o tratamento preventivo, que visa diminuir a frequência e a intensidade das crises.
Mudanças no estilo de vida podem ser necessárias. A prática regular de exercícios físicos, alimentação equilibrada e a redução do consumo de álcool podem ser discutidas de modo individualizada, porém sempre ao lado de um tratamento individualizado e conforme as possibilidades de cada indivíduo e de suas preferências.
O suporte psicológico também é recomendado quando se identifica que o manejo do estresse está identificado como inadequado.
A acupuntura também pode ser uma grande aliada no tratamento farmacológico, sendo um tratamento complementar para o controle da enxaqueca. Converse com seu neurologista sobre as possibilidades para melhorar seu tratamento.
A enxaqueca com aura é caracterizada por sintomas neurológicos que precedem ou acompanham a dor de cabeça, como pontos brilhantes, áreas de visão bloqueada, imagens em zigue-zague, formigamento, dormência em um lado do corpo e dificuldade para falar. Esses sinais resultam de alterações na atividade elétrica do cérebro. O tratamento visa aliviar a dor, reduzir a frequência das crises e melhorar a qualidade de vida. Ele inclui duas abordagens complementares: o tratamento agudo, para alívio rápido durante as crises, e o tratamento preventivo, que diminui a intensidade e a frequência dos episódios. Também contribuem para o sucesso do tratamento medidas como praticar regularmente exercícios físicos, manter uma alimentação equilibrada, reduzir o consumo de álcool. Além disso, é importante identificar possíveis gatilhos, com suporte psicológico quando necessário.
Considera-se uma pessoa com enxaqueca crônica aquele indivíduo que tem 15 ou mais dias de dor por mês, por pelo menos 3 meses. O principal motivo que leva à cronificação da enxaqueca é o uso excessivo de medicamentos analgésicos, especialmente sem orientação médica, ou seja, a automedicação, que ocorre sem o devido acompanhamento profissional do médico neurologista. O acompanhamento com médico neurologista e a correta orientação sobre quais medicamentos utilizar, assim como o tratamento correto preventivo da enxaqueca e mudanças no estilo de vida são fundamentais. Tratamentos complementares, como fisioterapia, acupuntura e psicoterapia também contribuem para melhorar os resultados neste tipo de enxaqueca.
A toxina botulínica é uma das opções terapêuticas para o tratamento da enxaqueca quando ela está na sua forma crônica (15 dias ou mais ao mês por pelo menos 3 meses). Ela é aplicada seguindo um protocolo pré-determinado para reduzir a frequência e a intensidade dos episódios. O tratamento consiste na aplicação de pequenas doses da toxina em pontos específicos da cabeça e pescoço, seguindo um protocolo padronizado. O mecanismo de ação envolve a modulação da liberação de neurotransmissores relacionados à dor, resultando em um efeito analgésico prolongado. A aplicação da toxina botulínica deve ser realizada por um médico neurologista treinado, garantindo a correta identificação dos pontos-alvo e minimizando riscos de efeitos adversos, como fraqueza muscular localizada ou dor no local da injeção. O tratamento é bem tolerado, mas sua indicação deve ser criteriosa, considerando o histórico clínico do paciente e a exclusão de outras causas secundárias de cefaleia. O efeito clínico geralmente é percebido após algumas semanas, com reaplicações periódicas a cada 12 semanas para manutenção dos benefícios.
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