22/02/2025
Revisado em: 24/04/2025
O procedimento é realizado quando os rins não funcionam mais e pode ser feito antes que o paciente comece a diálise.
Os rins ficam localizados na região posterior do abdômen e medem, em média, de 10 a 12 centímetros de comprimento. Apesar de pequenos, desempenham funções essenciais, como a remoção de resíduos e do excesso de líquido produzido pelo corpo, reabsorvendo o que deve ser mantido e eliminando o que é indesejável.
Além disso, os rins estimulam o desenvolvimento de glóbulos vermelhos, a produção de vitaminas para a constituição dos ossos e liberação de hormônios que controlam a pressão arterial.
Quando os rins param de funcionar, é necessário recorrer ao procedimento chamado diálise ou, então, ao transplante de rim, cirurgia que os Drs. Alan Castro e Eduardo Gouveia realizam há mais de 20 anos, ao lado de uma equipe muito experiente.
Quando o paciente chega ao estágio de falência renal, o apropriado é que tenha tido acompanhamento com um nefrologista, que tem como objetivo evitar esse estágio ou atrasar o avanço da doença renal crônica.
Se for necessário substituir a função do órgão, o ideal é optar pelo transplante renal preemptivo: consiste no transplante de rim antes que o paciente inicie a diálise.
“O transplante renal é considerado, por diversos estudos clínicos, o melhor tratamento. É o que mais estende a sobrevida do paciente e melhora sua qualidade de vida, quando comparado com a diálise\", diz Dr. Alan.
Portanto, o transplante de rim é uma cirurgia que substitui o órgão doente por outro saudável.
O transplante renal é realizado por meio da doação de um rim saudável, que pode vir de um parente até o quarto grau. A legislação federal permite a doação por cônjuge e amigos, desde que seja por meio de alvará de autorização judicial.
“O importante é que a doação seja feita de forma altruísta, e o potencial doador vivo esteja em perfeito estado de saúde, o que será devidamente avaliado\", aconselha o nefrologista.
Em caso de doador falecido, é necessário que ele, em vida, tenha expressado esse desejo para a família, e que seja cumprido, consentindo a doação de órgãos após a confirmação da morte encefálica. De acordo com o nefrologista, o indicado é que o paciente tenha um doador vivo compatível, maior de 18 anos e em boa saúde.
“O potencial receptor deve ser avaliado previamente pelo urologista para verificar se o funcionamento e a estrutura das vias urinárias estão adequados\", conclui Dr. Alan.
Em caso de transplante de rim intervivos, o rim saudável é retirado junto com parte da artéria, da veia e do ureter. Após a remoção, as estruturas são ligadas ao receptor, e o ureter é interligado à bexiga.
A doença renal crônica pode progredir de maneira assintomática, sendo diagnosticada somente quando o quadro já está em fase avançada. Indica-se o transplante de rim em casos de:
“É importante que as pessoas saibam que, antes de o paciente ser encaminhado para a fila do transplante, há um trabalho completo e multidisciplinar para avaliar se esta é a melhor abordagem para ele. Como todo tratamento de saúde, a indicação para o transplante de rim também é individualizada, respeitando as particularidades físicas e emocionais de cada um”, declara Dr. Alan.
O Dr. Alan explica que, para o doador vivo, os riscos são reduzidos, pois ocorre uma rigorosa avaliação. Após o transplante renal, o doador poderá viver apenas com um rim, desde que mantenha hábitos saudáveis, não aumente o peso e não fume. Para o receptor do órgão, os riscos são de infecção no primeiro ano e doença cardiovascular posteriormente.
Portanto, o transplante de rim intervivos é um procedimento delicado, que necessita de acompanhamento médico contínuo, com foco em manter a qualidade de vida do doador e do receptor.
Após a cirurgia, o paciente que recebe o órgão de um doador vivo fica no hospital em torno de 7 dias. Para quem recebe o rim de um doador falecido, a recuperação é mais delicada, e a internação pode durar entre 10 a 14 dias, podendo variar conforme o caso.
Em ambos os casos, é feita uma supervisão médica rigorosa, a fim de monitorar o progresso e a aceitação do rim no corpo receptor. Também é importante analisar a resposta do organismo doador nos primeiros momentos.
De acordo com o nefrologista Dr. Alan, não há idade máxima para realizar um transplante de rim, desde que o paciente não tenha nenhuma contraindicação clínica. Porém, com o passar dos anos, os riscos aumentam.
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